Se o que nós poetas fazemos
Não serve para nada,
O que estamos querendo afinal?
Há sentido em assistir de algum lugar,
Quem sabe do fundo da alma,
Aos nossos vizinhos,
Nossos amigos,
Nossos patrões,
Nossos empregados,
Nossos homens e mulheres,
Nossos políticos,
Nossos juízes,
Nossos empresários,
Excluídos os demais,
Ora, são eles:
Os desvalidos,
Os menores abandonados,
Os viciados de toda ordem,
Os moribundos nos hospitais,
Enfim, os que acabam na sarjeta;
Bem, excluídos todos estes,
Há sentido em assistir aqueles outros,
Às carreiras atrás dos dinheiros,
Dos sinais discretos dos bons negócios,
Do marketing coletivo que divide corações?
Nestas circunstâncias, penso que não sou poeta,
Mas talvez um filósofo errante, de cetro e capuz,
Caminhando num deserto onde não há voz,
Exceto a visão do vale dos ossos secos.
Por isso, Senhor, tenha misericórdia de nós, os poetas,
Porém, não julgues com rigor os que somente ouviram
E sonharam com algum prêmio além da tua graça!
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Não serve para nada,
O que estamos querendo afinal?
Há sentido em assistir de algum lugar,
Quem sabe do fundo da alma,
Aos nossos vizinhos,
Nossos amigos,
Nossos patrões,
Nossos empregados,
Nossos homens e mulheres,
Nossos políticos,
Nossos juízes,
Nossos empresários,
Excluídos os demais,
Ora, são eles:
Os desvalidos,
Os menores abandonados,
Os viciados de toda ordem,
Os moribundos nos hospitais,
Enfim, os que acabam na sarjeta;
Bem, excluídos todos estes,
Há sentido em assistir aqueles outros,
Às carreiras atrás dos dinheiros,
Dos sinais discretos dos bons negócios,
Do marketing coletivo que divide corações?
Nestas circunstâncias, penso que não sou poeta,
Mas talvez um filósofo errante, de cetro e capuz,
Caminhando num deserto onde não há voz,
Exceto a visão do vale dos ossos secos.
Por isso, Senhor, tenha misericórdia de nós, os poetas,
Porém, não julgues com rigor os que somente ouviram
E sonharam com algum prêmio além da tua graça!
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Fonte:
Poesia enviada pelo autor
Poesia enviada pelo autor
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