quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Walflan de Queiroz (1930 – 1995)


Francisco Walflan Furtado de Queiroz nasceu em São Miguel, uma pequena cidade situada na Serra do Camará, no Rio Grande do Norte, a 31 de maio de 1930, filho de Raimunda Furtado de Queiroz e do farmacêutico Letício Fernandes de Queiroz. Pouco se sabe sobre a sua infância, mas a sua família tinha recursos suficientes, o que lhe propiciou uma sólida educação.

O poeta Walflan de Queiroz foi contemporâneo da geração pós-45 e, portanto, integrava um extraordinário grupo de artistas e poetas talentosos em Natal, tais como Newton Navarro, Zila Mamede, Sanderson Negreiros, Deífilo Gurgel, Luis Carlos Guimarães, Berilo Wanderley, Dorian Gray, Celso de Silveira e Myriam Coeli, entre outros que vão surgindo ao longo dos anos, como, por exemplo, um poeta igualmente expressivo dessa geração, refiro-me a Miguel Cirilo, figura refratária à mídia local, mas que apareceu sob os auspícios de uma grande revelação poética como o livros Os elementos do caos, publicado na década de 60.

De 1960 a 1977, ou seja, durante praticamente duas décadas, Walflan de Queiroz publicou oito livros de poesias. No final dos anos 70, com o agravamento de sua esquizofrenia, o poeta passou a freqüentar as clínicas para o tratamento adequado do seu estado mental.

Os poemas de O testamento de Jó constituem-se em sua maioria num convite e, ao mesmo tempo, num desafio que nos afasta para longe de nossas experiências corriqueiras da vida cotidiana e nos conduz paulatinamente ao mundo bíblico, mítico e lírico.

Esta leitura do livro O testamento de Jó (1965), do poeta Walflan de Queiroz (1930-1995), realizada por João Antônio Bezerra Neto, dá nova visibilidade a uma escrita que emerge das sombras para compor o quadro ainda incompleto da história da literatura brasileira que aconteceu no Rio Grande do Norte na segunda metade do século XX.”
Humberto Hermenegildo de Araújo

Fonte:
Antonio Miranda

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