Já havia visto estas Mensagens Poéticas do Ademar, com um de meus poemas, em meu endereço do Yahoo, para onde o caro amigo potiguar as envia..
Adorei reler trova Vasques Filho-quando eu era jovenzinha, ele me mandou uma carta, de Fortaleza para Juiz de Fora, "de homem para homem", a respeito de um artigo meu sobre minissaia. Não sabia que eu era uma jovem .Meu pai e eu achamos graça e respondi-lhe numa folha de papel cor-de-rosa, explicando. Ele e eu passamos a trocar cartas literárias longuíssimas, trocando poemas e desenhos, ele enviava sonetos maravilhosos dentro de cartões com suas aquarelas, eu o publicava em minha página literária da Gazeta Comercial , em Juiz de Fora/MG, nos Anos Sessenta.
Conto isso em alguns lugares – e depois de sua morte, o filho mandou-me seu livro póstumo, porque encontrou, na Internet, minhas referências à essa amizade, entre um Desembargador e uma jovem de menos de vinte anos. Ele foi um grande incentivador de minha carreira literária: versou para o espanhol e mandou poemas meus para a revista Tamaulipas, no México, indicou-me para Delegada Ad Honoren do Instituto de Cultura America (ICA), cujo Presidente, o Barão Elias Domit, que passou a também manter correspondência artístico-literária comigo, foi-me renomeando para cargos outros e eles também colocaram-me na ARIEL (Associação de Livres Pensadores). Um país representava o outro, de forma que eu representava o Uruguai, Portugal.
Os agentes da nossa Ditadura , com sua censura mão de ferro, abria meus envelopes, pois eu , pelos Correios-não havia Internet, lembrem -se- intercambiava por toda a América Latina, em especial onde havia representantes e delegados .Chegavam a rasgar pedaços de minha correspondência cultural. Eu nem desconfiava disso.
O Barão de Domit, irritado, porque queria nomear-me Secretaria geral – algo assim - ameaçava-me brandamente, mas algo irritado, porque a "Srta de Araújo", eu, mandava envelopes sem data e abertos, rasgados ou rasurados. Claro, eu era uma jovem caprichosa, que estudara em colégio de freiras e jamais faria algo assim com missivas e manuscritos. Um dia, ele escreveu algo como -"a menos que haja censura em seu País". Tenho a correspondência, em grande parte, preservada e lia-a para o Poeta Claudio Márcio Barbosa, que me visitava para cuidarmos de detalhes do Paz e Poesia, nosso grupo. Ainda espero publicar em livro, esse testemunho de como era ser censurado, na Imprensa, o que contei na PUC de Betim -MG (Poesia em Cores Vivas) junto aos poetas Wagner Torres e Rogério Salgado, dialogando com professores e estudantes, a convite da aluna de Letras e Poeta Luciana Tannus, que organizara o evento (adoramos, Wagner Torres saiu murmurando "Memorável, Memorável!") , também na PUC Coração Eucarístico em Belo Horizonte (Nona Semana de Comunicação, Vestígios – com Wagner Torres, meu primeiro editor , representante dos Direitos Humanos , muitos alunos e alguns de militares) e também já escrevi rememórias a respeito de meu tempo de repórter (há um e-book chamado "Nas Velas do Tempo" – Memórias de uma repórter na Ditadura (*) , na verdade, um capítulo de livro ainda inédito.
Na redação da Gazeta Comercial, o editor chefe, Paulo Lenz, repassava-me magníficos exemplares da revista Américas, da OEA, já em papel couchê e colorida.
Eu as intercambiava, quando ganhava duplicatas , recebia material em espanhol. Na verdade, talvez fosse esse o crime maior, que lhes dava direito, aos cerceadores da liberdade de ser, de abrir meus envelopes e censurar minhas informações meramente culturais.
Quando iniciei a correspondência epistolar com Vasques Filho, enviei-lhe uma trova que dizia:
Sobe o morro o caixãozinho
levando o recém nascido:
morreu sem nenhum carinho
– volta ao céu sem ter vivido ...
Ele emocionou-se e contou-me que vivera em Juiz de Fora, e que ao ler a trovinha, lembrava-se do Morro da Glória - um outeiro que levava à bela Igreja da Glória - onde minha mana e eu nos casamos e batizamos as crianças (eu, o primogênito Cleanton Alessandro , nos Anos 70 pois o segundo, Gabriel, foi à pia batismal em S.Luiz, Maranhão, onde morei nos anos 80), pois o Cemitério da Glória era ao lado da igreja. Cito que foi com uma pintura desse cemitério, que o grande Carlos Bracher, na juventude, ganhou um prêmio de Viagem ao estrangeiro, indo estudar em Paris.
Também após a linha férrea perto da Fábrica de tecidos Industrial Mineira, ficava, do lado oposto, o Colégio Santa Catarina, onde estudei e escrevi poemas em plena aula de aritmética, aos dez anos e irritando a professora da matéria...
Por esse tempo, Luiz Otávio, o Príncipe dos Trovadores Brasileiros, com quem eu também mantinha correspondência, passava, com Aparício Fernandes, pelas cidades brasileiras, localizando trovadores, para a UBT. Aparício depois, datilografava as trovas, mandava-nos a cópia para aprovarmos e as lia em programa de rádio, no Rio de Janeiro – ele morava em Santa Tereza, onde nos anos 70, fui visitá-lo com meu primeiro marido, o trovador Messias da Rocha. Aparício Fernandes era um entusiasta das "Pequenas Notáveis", conforme sempre as chamei – o que agora repetem muito - e as reunia para antologias gigantescas, "Trovadores do Brasil", por exemplo. Ou "O Rei dos Reis". Estou nelas, com muito orgulho . Luiz Otávio, em nossa casa do bairro Mariano Procópio pediu-me, depois de falar com meu pai, que assumisse a presidência da UBT em Juiz de Fora. Perplexo, papai lhe disse minha pouca idade e eu indaguei "por que eu ?". Ele disse que as UBTs e os Grêmios trovadorescos estavam em contendas e ciúmes, e que verificara que eu me dava bem com todos os trovadores, publicava-os indistintamente, independentemente das facções. Ele buscava a Paz pela Trova. Um pioneiro. Fosse hoje, pela Internet, tudo seria diferente, mas menos humano e próximo, creio...E foi assim, que moça ainda, convivi em meio ao renomado grupo de trovadores de Juiz de Fora. Éramos todos do NUME_(Núcleo Mineiro de Escritores), aonde eu ia todos os dias, depois de trabalhar na redação da Gazeta Comercial , ministrar aulas, etc. Fui jurada de um concurso internacional com tema "cego" e foram vencedores, a poeta-trovadora portuguesa Maria Helena (com J.G.de Araújo Lopes, escreveu "Concerto a Quatro Mãos") e Ludgero Nogueira, trovador deficiente visual .E o concurso teve a maior lisura...Interessante é que sempre tive o maior respeito dos poetas adultos, talvez porque muitas vezes, comparecesse assessorada por mamãe, que papai era de criação "à antiga": "moça direita não anda sozinha à noite", decretava. Mas minha mãe era uma companhia adorável e eu não me importava em que estivesse comigo nesses encontros.
Também me recordo de José Carlos de Lery Guimarães, o grande trovador de Juiz de Fora, que tinha um programa de rádio chamado Contraponto, na Rádio Industrial, que num concurso de ilustrações ditava algumas trovas por dia e repetia as anteriores – até completar cem, o que nos fez decorá-las. Fiz dois cadernos com as trovas e seus autores, manuscritos e meus desenhos a bico de pena (sim , não havia Internet!) .A entrega das premiações foi no Vice-Consulado de Portugal, onde mais tarde fui aluna de Cleonice Rainho, em seu curso de Literatura Portuguesa – maravilhando-me com as centenas de livros doados por Portugal, que nos chegaram da fundação Calouste Goubenkiam – montanhas de livros, a maioria antigos, com páginas de papel-jornal ainda: lembro-me sentada ao chão e manuseando tudo, Cleonice rindo e logo emprestou-me um livro de Camilo Castelo Branco.
No dia da entrega de prêmios, eu, que era muito tímida, pedi a meu mano Luiz Máximo Pessoa de Araújo, que fosse representar-me. Chamaram meu nome e lá se foi ele, recebendo palmas - o que ele contou aos poetas presentes, inclusive talentosos irmãos Macedo (Ademar e Francisco) , em Natal, no ano de 2010, quando fui conhecer os confrades e confreiras da SPVA-RN (Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN), por ocasião do I Encontro de Escritores de Língua Portuguesa. A capital do RN faz parte da UCCLA (União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa) .E houve um belo evento, onde extremamente comovida, recebi placa "pela contribuição à Língua Portuguesa" – uma ação da capitania das Artes da prefeitura com a cita UCCLA.
Depois de terminado o evento, os irmãos Macedo com Deth Haak (que armara esse dia maravilhosos com a Vereadora Socorro, de lá), Vilmaci Viana e Zelma Furtado Medeiros acompanharam-me à minha terra natal, São José de Mipibu, onde a Câmara Municipal recebeu-me a portas abertas. Onde ouvi emocionada, poetas e seus sotaques, estilos, fraternidade, dando-me as boas vindas .E confraternizei com minha família, que mora em Natal– e que eu não via há tempos.
Ao retornar a Belo Horizonte, onde moro, abri um blog chamado Árvore entre Raízes, onde narrei tudo, minha rememórias e inúmeras fotos. O blog simplesmente, desapareceu e por mais que eu reclamasse, jamais o devolveram.
Foi então que rememorei a terrível censura à época da Ditadura. Sob que censura, em tempos de Internet eu estou? Desde quando falar de Cultura , de lembranças, é crime? Já perdi outros blogs, descobri a ação de hackers, em um caso, mas na maioria das vezes, é apenas a ação individual de pessoas que não suportam o trabalho alheio, brincam de prejudicar, sem lembrar que a verdadeira riqueza está dentro de nós, que criamos sem copiar ou plagiar nada, apenas garimpando nossas próprias reservas de vivências...E essa , não se pode desmanchar...
Por que escevi tanto? Lembranças são semeaduras. Eis a messe imediata, com meu agradecimento pela publicação de meu poema pelo Ademar e indiretamente, por Singrando Horizontes...
Clevane Pessoa de Araujo Lopes
Sábado,11 de fevereiro de 2012
Fontes:
Texto enviado pela autora.
Imagem obtida em http://poesiaemtodaparte.blogspot.com
Adorei reler trova Vasques Filho-quando eu era jovenzinha, ele me mandou uma carta, de Fortaleza para Juiz de Fora, "de homem para homem", a respeito de um artigo meu sobre minissaia. Não sabia que eu era uma jovem .Meu pai e eu achamos graça e respondi-lhe numa folha de papel cor-de-rosa, explicando. Ele e eu passamos a trocar cartas literárias longuíssimas, trocando poemas e desenhos, ele enviava sonetos maravilhosos dentro de cartões com suas aquarelas, eu o publicava em minha página literária da Gazeta Comercial , em Juiz de Fora/MG, nos Anos Sessenta.
Conto isso em alguns lugares – e depois de sua morte, o filho mandou-me seu livro póstumo, porque encontrou, na Internet, minhas referências à essa amizade, entre um Desembargador e uma jovem de menos de vinte anos. Ele foi um grande incentivador de minha carreira literária: versou para o espanhol e mandou poemas meus para a revista Tamaulipas, no México, indicou-me para Delegada Ad Honoren do Instituto de Cultura America (ICA), cujo Presidente, o Barão Elias Domit, que passou a também manter correspondência artístico-literária comigo, foi-me renomeando para cargos outros e eles também colocaram-me na ARIEL (Associação de Livres Pensadores). Um país representava o outro, de forma que eu representava o Uruguai, Portugal.
Os agentes da nossa Ditadura , com sua censura mão de ferro, abria meus envelopes, pois eu , pelos Correios-não havia Internet, lembrem -se- intercambiava por toda a América Latina, em especial onde havia representantes e delegados .Chegavam a rasgar pedaços de minha correspondência cultural. Eu nem desconfiava disso.
O Barão de Domit, irritado, porque queria nomear-me Secretaria geral – algo assim - ameaçava-me brandamente, mas algo irritado, porque a "Srta de Araújo", eu, mandava envelopes sem data e abertos, rasgados ou rasurados. Claro, eu era uma jovem caprichosa, que estudara em colégio de freiras e jamais faria algo assim com missivas e manuscritos. Um dia, ele escreveu algo como -"a menos que haja censura em seu País". Tenho a correspondência, em grande parte, preservada e lia-a para o Poeta Claudio Márcio Barbosa, que me visitava para cuidarmos de detalhes do Paz e Poesia, nosso grupo. Ainda espero publicar em livro, esse testemunho de como era ser censurado, na Imprensa, o que contei na PUC de Betim -MG (Poesia em Cores Vivas) junto aos poetas Wagner Torres e Rogério Salgado, dialogando com professores e estudantes, a convite da aluna de Letras e Poeta Luciana Tannus, que organizara o evento (adoramos, Wagner Torres saiu murmurando "Memorável, Memorável!") , também na PUC Coração Eucarístico em Belo Horizonte (Nona Semana de Comunicação, Vestígios – com Wagner Torres, meu primeiro editor , representante dos Direitos Humanos , muitos alunos e alguns de militares) e também já escrevi rememórias a respeito de meu tempo de repórter (há um e-book chamado "Nas Velas do Tempo" – Memórias de uma repórter na Ditadura (*) , na verdade, um capítulo de livro ainda inédito.
Na redação da Gazeta Comercial, o editor chefe, Paulo Lenz, repassava-me magníficos exemplares da revista Américas, da OEA, já em papel couchê e colorida.
Eu as intercambiava, quando ganhava duplicatas , recebia material em espanhol. Na verdade, talvez fosse esse o crime maior, que lhes dava direito, aos cerceadores da liberdade de ser, de abrir meus envelopes e censurar minhas informações meramente culturais.
Quando iniciei a correspondência epistolar com Vasques Filho, enviei-lhe uma trova que dizia:
Sobe o morro o caixãozinho
levando o recém nascido:
morreu sem nenhum carinho
– volta ao céu sem ter vivido ...
Ele emocionou-se e contou-me que vivera em Juiz de Fora, e que ao ler a trovinha, lembrava-se do Morro da Glória - um outeiro que levava à bela Igreja da Glória - onde minha mana e eu nos casamos e batizamos as crianças (eu, o primogênito Cleanton Alessandro , nos Anos 70 pois o segundo, Gabriel, foi à pia batismal em S.Luiz, Maranhão, onde morei nos anos 80), pois o Cemitério da Glória era ao lado da igreja. Cito que foi com uma pintura desse cemitério, que o grande Carlos Bracher, na juventude, ganhou um prêmio de Viagem ao estrangeiro, indo estudar em Paris.
Também após a linha férrea perto da Fábrica de tecidos Industrial Mineira, ficava, do lado oposto, o Colégio Santa Catarina, onde estudei e escrevi poemas em plena aula de aritmética, aos dez anos e irritando a professora da matéria...
Por esse tempo, Luiz Otávio, o Príncipe dos Trovadores Brasileiros, com quem eu também mantinha correspondência, passava, com Aparício Fernandes, pelas cidades brasileiras, localizando trovadores, para a UBT. Aparício depois, datilografava as trovas, mandava-nos a cópia para aprovarmos e as lia em programa de rádio, no Rio de Janeiro – ele morava em Santa Tereza, onde nos anos 70, fui visitá-lo com meu primeiro marido, o trovador Messias da Rocha. Aparício Fernandes era um entusiasta das "Pequenas Notáveis", conforme sempre as chamei – o que agora repetem muito - e as reunia para antologias gigantescas, "Trovadores do Brasil", por exemplo. Ou "O Rei dos Reis". Estou nelas, com muito orgulho . Luiz Otávio, em nossa casa do bairro Mariano Procópio pediu-me, depois de falar com meu pai, que assumisse a presidência da UBT em Juiz de Fora. Perplexo, papai lhe disse minha pouca idade e eu indaguei "por que eu ?". Ele disse que as UBTs e os Grêmios trovadorescos estavam em contendas e ciúmes, e que verificara que eu me dava bem com todos os trovadores, publicava-os indistintamente, independentemente das facções. Ele buscava a Paz pela Trova. Um pioneiro. Fosse hoje, pela Internet, tudo seria diferente, mas menos humano e próximo, creio...E foi assim, que moça ainda, convivi em meio ao renomado grupo de trovadores de Juiz de Fora. Éramos todos do NUME_(Núcleo Mineiro de Escritores), aonde eu ia todos os dias, depois de trabalhar na redação da Gazeta Comercial , ministrar aulas, etc. Fui jurada de um concurso internacional com tema "cego" e foram vencedores, a poeta-trovadora portuguesa Maria Helena (com J.G.de Araújo Lopes, escreveu "Concerto a Quatro Mãos") e Ludgero Nogueira, trovador deficiente visual .E o concurso teve a maior lisura...Interessante é que sempre tive o maior respeito dos poetas adultos, talvez porque muitas vezes, comparecesse assessorada por mamãe, que papai era de criação "à antiga": "moça direita não anda sozinha à noite", decretava. Mas minha mãe era uma companhia adorável e eu não me importava em que estivesse comigo nesses encontros.
Também me recordo de José Carlos de Lery Guimarães, o grande trovador de Juiz de Fora, que tinha um programa de rádio chamado Contraponto, na Rádio Industrial, que num concurso de ilustrações ditava algumas trovas por dia e repetia as anteriores – até completar cem, o que nos fez decorá-las. Fiz dois cadernos com as trovas e seus autores, manuscritos e meus desenhos a bico de pena (sim , não havia Internet!) .A entrega das premiações foi no Vice-Consulado de Portugal, onde mais tarde fui aluna de Cleonice Rainho, em seu curso de Literatura Portuguesa – maravilhando-me com as centenas de livros doados por Portugal, que nos chegaram da fundação Calouste Goubenkiam – montanhas de livros, a maioria antigos, com páginas de papel-jornal ainda: lembro-me sentada ao chão e manuseando tudo, Cleonice rindo e logo emprestou-me um livro de Camilo Castelo Branco.
No dia da entrega de prêmios, eu, que era muito tímida, pedi a meu mano Luiz Máximo Pessoa de Araújo, que fosse representar-me. Chamaram meu nome e lá se foi ele, recebendo palmas - o que ele contou aos poetas presentes, inclusive talentosos irmãos Macedo (Ademar e Francisco) , em Natal, no ano de 2010, quando fui conhecer os confrades e confreiras da SPVA-RN (Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN), por ocasião do I Encontro de Escritores de Língua Portuguesa. A capital do RN faz parte da UCCLA (União de Cidades Capitais de Língua Portuguesa) .E houve um belo evento, onde extremamente comovida, recebi placa "pela contribuição à Língua Portuguesa" – uma ação da capitania das Artes da prefeitura com a cita UCCLA.
Depois de terminado o evento, os irmãos Macedo com Deth Haak (que armara esse dia maravilhosos com a Vereadora Socorro, de lá), Vilmaci Viana e Zelma Furtado Medeiros acompanharam-me à minha terra natal, São José de Mipibu, onde a Câmara Municipal recebeu-me a portas abertas. Onde ouvi emocionada, poetas e seus sotaques, estilos, fraternidade, dando-me as boas vindas .E confraternizei com minha família, que mora em Natal– e que eu não via há tempos.
Ao retornar a Belo Horizonte, onde moro, abri um blog chamado Árvore entre Raízes, onde narrei tudo, minha rememórias e inúmeras fotos. O blog simplesmente, desapareceu e por mais que eu reclamasse, jamais o devolveram.
Foi então que rememorei a terrível censura à época da Ditadura. Sob que censura, em tempos de Internet eu estou? Desde quando falar de Cultura , de lembranças, é crime? Já perdi outros blogs, descobri a ação de hackers, em um caso, mas na maioria das vezes, é apenas a ação individual de pessoas que não suportam o trabalho alheio, brincam de prejudicar, sem lembrar que a verdadeira riqueza está dentro de nós, que criamos sem copiar ou plagiar nada, apenas garimpando nossas próprias reservas de vivências...E essa , não se pode desmanchar...
Por que escevi tanto? Lembranças são semeaduras. Eis a messe imediata, com meu agradecimento pela publicação de meu poema pelo Ademar e indiretamente, por Singrando Horizontes...
Clevane Pessoa de Araujo Lopes
Sábado,11 de fevereiro de 2012
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Texto enviado pela autora.
Imagem obtida em http://poesiaemtodaparte.blogspot.com
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