quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Índio na Literatura Brasileira (Estante de Livros) 7


ROCHA, Antonio. Fura-nuvens na Amazônia.

Narra a aventura de Luizinho, Loca e Tramela, numa grande viagem pelo Brasil, visitando vários estados, até chegarem à Amazônia, onde convivem com os índios Munduruku, seguindo viagem até se embrenharem pela ilha de Marajó, onde vivem a mais extraordinária das aventuras. Quem foi capaz de construir um avião de caixote, vassoura e escada coberta por pedaços de pano – um avião que voa de verdade, com seu motor-segredo – também é capaz de enfrentar os mistérios de um disco-voador e da grande cobra de boiúna, devoradora de gente. São terríveis mistérios que Luisinho, Loca e Tramela irão enfrentar e decifrar.

ROSA NETO, Ernesto. Geometria na Amazônia.

Trata da aplicação prática dos conceitos de geometria, por meio de construções geométricas. Tudo começa quando André, sua irmã, Isabela, e o comandante Wander são envolvidos numa aventura na Amazônia, após a queda do monomotor em que viajam. Perdidos na floresta, são capturados por estranhos índios e levados como escravos para as
minas, onde índios de diversas etnias estão submetidos à escravidão. Isabela é levada separadamente do irmão, sem que este saiba de seu paradeiro. Aliados aos outros escravos, André e Wander fogem para a aldeia dos Iaumuara. A convivência com este povo acaba por ser um grande aprendizado a respeito de geometria, aplicada à sobrevivência na selva e à construção de um balão, que os levará de volta para casa, após o reencontro com Isabela, resgatada dos Astepec por Aukê, chefe Iaumuara.

SALDANHA, Paula. Um sonho na Amazônia.

Relata a experiência de migrantes vindos do Sul do país para a Amazônia, na pontinha de Rondônia, quase no limite com o Acre. No início, tudo se passa como num sonho. Depois vêm as dificuldades, a falta de dinheiro, de comida e de saúde. A experiência de colonos no Sul não se aplica às terras fracas, protegidas pela floresta tropical densa. As lavouras fracassam. Mas a luta por um ideal acaba se transformando num lindo projeto agrícola, o Projeto Reca.

SALES, Herberto. O mistério das sete estrelas.

Conta a história de sete indiazinhas Makuxi que estão sendo preparadas para as suas funções de mulheres adultas. A vida na mata e seus aprendizados transcorrem normalmente, até que, um dia, tem início uma grande seca. O rio seca e a comida começa a acabar na roça e na mata. Mas, numa certa noite, as sete indiazinhas, de mãos dadas, começam a cantar e dançar, para agradar Ueré, a estrela, pedindo que esta as auxilie. Assim, as sete de mãozinhas dadas vão subindo para o céu, ficando perto de Ueré. Recebem, dos Makuxi, o nome Tamecã, e de “outras gentes”, Sete-Estrelo.

SALOMÉ, Vovó. Rói-Rói,o último índio Pé Verde.

Aborda a questão da preservação da natureza, por meio da história de Rói-Rói, o último índio Pé-Verde, vítima da ambição dos homens brancos, que dizimam seu povo em busca de pedras verdes. Rói-Rói fica só, vagando pela floresta sem sua gente, até que encontra uma família das terras secas que o acolhe. Para ajudar sua nova família, Rói-Rói põe em risco o segredo dos Pé-Verde, mas não o revela nem quando os homens brancos o prendem. Quando recupera a liberdade, Rói-Rói, por meio de um sonho com seus antepassados, descobre que sua missão é replantar o mundo outra vez.

SANTOS, Durvalina. Como apareceu a noite.

Mostra como os índios, em sua cultura, explicam o aparecimento da noite, quando rios cantam, pássaros piam, bichos berram, insetos zumbem, criando um ambiente cheio de mistério e magia, complementado pela lua e pelas estrelas, a dançar sua eterna trajetória no céu.

SANTOS, Joel Rufino dos. O curumim que virou gigante.

Conta a história de um menino indígena, chamado Tarumã, que sonha em ter uma irmã. Ele fica imaginando como ela poderia ser, e começa a agir como se ela existisse. A meninada acredita nele e escolhe presentes para ela. Porém, quando os meninos chegam em sua casa, Tarumã avisa que vai chamá-la e não volta mais. No próximo dia, ele diz que sua irmã foi carregada por um monte de formigas. Mas ninguém acredita. Envergonhado, sai pelo mundo e deita-se na beira do mar. Vira um gigante – seus pés são o Corcovado, seu corpo as montanhas e, em seu rosto, uma estrela, que é a sua irmã.

SANTOS, Joel Rufino dos. Cururu virou pajé.

Narra a história de Baíra, um corajoso índio Kaiowá, que está disposto a roubar o fogo, o qual é guardado pelo urubu-rei, para que seu povo cozinhe os alimentos.

SANTOS, Joel Rufino dos. O Saci e o Curupira.

Narra a divertida história de um casal que faz acordo com o Saci e o Curupira para conseguir alimento.

SCLIAR, Moacyr. Câmera na mão, o Guarani no coração.

Relata aventura de um grupo de adolescentes que participa de um concurso de vídeo, filmando O Guarani, de José de Alencar. Para isso, estudam a obra e a comparam com nossa atualidade.

SIERRA, Ione Maria Artigas de. (Coord.). Contos,mitos e lendas para crianças da América Latina.

Apresenta mitos, lendas e contos populares característicos dos países latino-americanos, para crianças. Cada história contém um pequeno glossário de palavras não conhecidas apresentadas no texto.

SILVA, Aracy Lopes da; RODRIGUES, Maria Carolina Young. Histórias de verdade.

Narra a experiência de Pedro e sua mãe, que vão viver entre os índios, com o objetivo de ensiná-los a cantar, a escrever, a ler, e, em troca, querem aprender com eles sobre sua cultura e o seu jeito de viver.

SILVEIRA, Marcelo Renato da. Taigoara, quer dizer: árvore que floresce.

Mostra as conseqüências devastadoras dos primeiros contatos de índios com não-índios. Taigoara é o principal personagem desta narrativa, um menino indígena que vive feliz e livre em sua aldeia, até o dia em que chegam “os esquisitos homens brancos”, violentando e destruindo a vida de Taigoara e de seu povo.

SOUSA, Maurício de. Manual do índio Papa-Capim.

Conta um pouco da história dos povos indígenas e sua maneira de viver. Fala sobre os índios do Brasil e de povos indígenas de outros lugares, como os Navajos, da América do Norte, os Esquimós do Ártico, entre outros. Também ensina brincadeiras e jogos muito divertidos.

SOUZA, Iza Ramos de Azevedo. Pequenos contos para gente pequena.

Apresenta contos da tradição popular, incluindo alguns de origem indígena, como: Cantor das matas, Lenda do fogo, Lenda do guaraná, Árvore curupira, entre outros.

TAPAJÓS, Paulinho. Amor de índio.

Narra a lenda de Jaci, a lua. No tempo em que a noite era escuridão, sem lua nem estrela, havia uma indiazinha que, à noite, ia banhar-se nas águas calmas de um certo lago das almas. Por lá também vivia Guaraci, um indiozinho que também gostava do lago. Certa noite, encontram-se e se apaixonam. Mas não podem se ver direito e Guaraci, como forma de descobrir quem é sua amada, pinta-lhe o rosto com tinta bem forte, para de manhã reconhecê-la. Quando a encontra, descobre que está prometida, sendo seu amor impossível. Então, Guaraci, com suas flechas, forma uma escada até o céu, por onde Jaci sobe. Hoje, toda vez que anoitece, lá no céu a tal menina ilumina a noite e do seu pranto se formam as estrelas.

Fonte:
Moreira, Cleide de Albuquerque; Fajardo, Hilda Carla Barbosa. O índio na literatura infanto-juvenil no Brasil. - Brasília: FUNAI/DEDOC, 2003.

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