Pegadinha 14
Costuma se fazer bons negócios nesta feira.
O verbo concorda com o seu sujeito, na voz passiva. Observe que temos dois verbos, um auxiliar e outro, principal.
Veja outros exemplos de uso da voz passiva em situações semelhantes:
Não se podem prever essas situações. (Não podem ser previstas essas situações.)
Devem-se devolver os crachás ao final do evento. (Devem ser devolvidos os crachás ao final do evento.)
A frase inicial estaria corretamente escrita da seguinte maneira:
Costumam se fazer bons negócios nesta feira.
Pegadinha 15
Não exceda da dosagem alcoólica permitida.
O verbo exceder não admite preposição. Outros exemplos:
O motorista foi multado porque excedeu os limites de peso de carga de seu caminhão.
(Errado: O motorista foi multado porque excedeu dos limites de peso de carga de seu caminhão.)
Lotação: 42 passageiros. Não exceda este limite. (Errado: Lotação: 42 passageiros. Não exceda deste limite.)
O certo seria escrever a frase original do seguinte modo:
Não exceda a dosagem alcoólica permitida.
Pegadinha 16
Não estacione! Sujeito a guincho.
Nada pode estar sujeito a um objeto que, neste caso, é o guincho, mas sim a uma ação, que seria a de guinchamento. Em outras hipóteses, os que transgridem a lei penal estão sujeitos a prisão, mas não a preso; se a transgressão for grave, podem até estar sujeitos a banimento, mas não a banido; como também, uma latinha de cerveja, no freezer, está sujeita a congelamento, mas não a gelo.
A frase inicial, corretamente grafada, ficaria assim:
Não estacione! Sujeito a guinchamento.
Pegadinha 17
Não fiz o dever de matemática.
Para muitas pessoas, há uma confusão muito grande, envolvendo os significados das palavras dever e deveres. Inicialmente, determinemos suas semânticas, conforme os bons dicionários:
dever: obrigação;
deveres: tarefas (sempre no plural).
O exemplo seguinte economiza muita explicação e esclarece a questão:
O dever de cada estudante é fazer seus deveres escolares.
Talvez, esta regrinha ajude a estabelecer com mais clareza a distinção:
deveres (tarefas) se fazem;
dever (obrigação) se cumpre.
Outros exemplos:
Ele cumpriu o dever de pai.
O dever de todo militar é servir o seu país.
Deixei de fazer os deveres de geografia.
Ela não dá conta de realizar os deveres domésticos. Precisa de uma empregada.
A frase original, corrigida, fica assim:
Não fiz os deveres de matemática.
Pegadinha 18
Pare de atazanar os outros!
Eis uma pérola da linguagem popular. Se formos a um dicionário e chegarmos à excrescência atazanar, teremos como significado a remissão ao vocábulo atenazar, que significa torturar, aborrecer, irritar, apertar com tenaz. Atazanar é uma palavra sem origem, é uma anomalia resultante da pronúncia atrapalhada de atenazar. Fica-se, portanto, com esta grafia, que é a correta.
A frase original deve ser reescrita, assim:
Pare de atenazar os outros.
Pegadinha 19
O comandante nos disse que ficássemos alertas.
Aqui está uma dica de português para vestibular e concurso, a qual tem gerado muita controvérsia. A palavra alerta pertence à classe dos advérbios e, como tais, é invariável. Não se flexiona para indicar gênero (Ele está alerta.), como também para indicar número (Permaneço alerta. Permanecemos alerta. Eles permanecem alerta.). Só se admite variação, quando substantivada, isto é, quando a palavra estiver acompanhada de artigo (Esqueci os alertas do comandante.).
Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:
O comandante nos disse que ficássemos alerta.
Fonte:
126 Pegadinhas em Língua Portuguesa. www.softwareebookecia.com.
Costuma se fazer bons negócios nesta feira.
O verbo concorda com o seu sujeito, na voz passiva. Observe que temos dois verbos, um auxiliar e outro, principal.
Veja outros exemplos de uso da voz passiva em situações semelhantes:
Não se podem prever essas situações. (Não podem ser previstas essas situações.)
Devem-se devolver os crachás ao final do evento. (Devem ser devolvidos os crachás ao final do evento.)
A frase inicial estaria corretamente escrita da seguinte maneira:
Costumam se fazer bons negócios nesta feira.
Pegadinha 15
Não exceda da dosagem alcoólica permitida.
O verbo exceder não admite preposição. Outros exemplos:
O motorista foi multado porque excedeu os limites de peso de carga de seu caminhão.
(Errado: O motorista foi multado porque excedeu dos limites de peso de carga de seu caminhão.)
Lotação: 42 passageiros. Não exceda este limite. (Errado: Lotação: 42 passageiros. Não exceda deste limite.)
O certo seria escrever a frase original do seguinte modo:
Não exceda a dosagem alcoólica permitida.
Pegadinha 16
Não estacione! Sujeito a guincho.
Nada pode estar sujeito a um objeto que, neste caso, é o guincho, mas sim a uma ação, que seria a de guinchamento. Em outras hipóteses, os que transgridem a lei penal estão sujeitos a prisão, mas não a preso; se a transgressão for grave, podem até estar sujeitos a banimento, mas não a banido; como também, uma latinha de cerveja, no freezer, está sujeita a congelamento, mas não a gelo.
A frase inicial, corretamente grafada, ficaria assim:
Não estacione! Sujeito a guinchamento.
Pegadinha 17
Não fiz o dever de matemática.
Para muitas pessoas, há uma confusão muito grande, envolvendo os significados das palavras dever e deveres. Inicialmente, determinemos suas semânticas, conforme os bons dicionários:
dever: obrigação;
deveres: tarefas (sempre no plural).
O exemplo seguinte economiza muita explicação e esclarece a questão:
O dever de cada estudante é fazer seus deveres escolares.
Talvez, esta regrinha ajude a estabelecer com mais clareza a distinção:
deveres (tarefas) se fazem;
dever (obrigação) se cumpre.
Outros exemplos:
Ele cumpriu o dever de pai.
O dever de todo militar é servir o seu país.
Deixei de fazer os deveres de geografia.
Ela não dá conta de realizar os deveres domésticos. Precisa de uma empregada.
A frase original, corrigida, fica assim:
Não fiz os deveres de matemática.
Pegadinha 18
Pare de atazanar os outros!
Eis uma pérola da linguagem popular. Se formos a um dicionário e chegarmos à excrescência atazanar, teremos como significado a remissão ao vocábulo atenazar, que significa torturar, aborrecer, irritar, apertar com tenaz. Atazanar é uma palavra sem origem, é uma anomalia resultante da pronúncia atrapalhada de atenazar. Fica-se, portanto, com esta grafia, que é a correta.
A frase original deve ser reescrita, assim:
Pare de atenazar os outros.
Pegadinha 19
O comandante nos disse que ficássemos alertas.
Aqui está uma dica de português para vestibular e concurso, a qual tem gerado muita controvérsia. A palavra alerta pertence à classe dos advérbios e, como tais, é invariável. Não se flexiona para indicar gênero (Ele está alerta.), como também para indicar número (Permaneço alerta. Permanecemos alerta. Eles permanecem alerta.). Só se admite variação, quando substantivada, isto é, quando a palavra estiver acompanhada de artigo (Esqueci os alertas do comandante.).
Então, depois da correção da frase inicial, fica assim:
O comandante nos disse que ficássemos alerta.
Fonte:
126 Pegadinhas em Língua Portuguesa. www.softwareebookecia.com.
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