Guimarães Passos teve uma vida agitada, dividida entre a boemia, os versos, e um casamento infeliz. No entanto, apesar das atribulações cotidianas, o poeta era um homem de humor fino, sempre fazendo blague com a própria desgraça - e a dos outros.
CERTA VEZ ENTROU na Confeitaria Colombo, na Rua do Ouvidor, ponto de encontro dos poetas parnasianos e demais literatos de então. Achegando-se de um colega sentado junto ao balcão do restaurante, entabulou conversa:
- Como vai? Me paga uma cerveja aí! - ao que o outro replicou:
- Oh, rapaz! Não estás vendo que estou de luto? Perdi meu pai há alguns dias...!
- Oh, desculpa, não havia percebido... Meus sentimentos...!
E arrematou:
- Então me paga uma cerveja preta!
COM O CASAMENTO se esfacelando, atolado em dívidas, Passos estava prestes a ser despejado do lugar onde morava.
Numa noite estava junto às grades do Passeio Público com alguns colegas, enquanto um deles declamava versos para os demais, algo como:
"...Se eu pudesse expulsar a saudade que em meu peito mora!"
Suspirando, "Guima" aparteou:
- Como eu a invejo...
- Inveja a quem? - perguntou o poeta que fora interrompido.
- A saudade... Por que pelo menos ela tem aonde morar...
MAS A HISTÓRIA mais bizarra foi a do leão no zoológico. Passos e um colega estavam no Centro da cidade, esfomeados e sem um níquel. Até que um deles teve uma idéia:
- Já sei! - Vamos comer da carne que dão às feras de sua Majestade! - ou seja, "vamos ao Zoológico".
Tomaram um bonde para São Cristóvão e, lá chegando, ficaram rondando a jaula do leão, que naquele momento era alimentado por um tratador. Este, um tipo mal encarado, não gostou do assédio dos dois e ameaçou abrir a jaula da fera - o que realmente fez.
"Guima" e o outro só pararam de correr um quilômetro depois…
CERTA VEZ ENTROU na Confeitaria Colombo, na Rua do Ouvidor, ponto de encontro dos poetas parnasianos e demais literatos de então. Achegando-se de um colega sentado junto ao balcão do restaurante, entabulou conversa:
- Como vai? Me paga uma cerveja aí! - ao que o outro replicou:
- Oh, rapaz! Não estás vendo que estou de luto? Perdi meu pai há alguns dias...!
- Oh, desculpa, não havia percebido... Meus sentimentos...!
E arrematou:
- Então me paga uma cerveja preta!
COM O CASAMENTO se esfacelando, atolado em dívidas, Passos estava prestes a ser despejado do lugar onde morava.
Numa noite estava junto às grades do Passeio Público com alguns colegas, enquanto um deles declamava versos para os demais, algo como:
"...Se eu pudesse expulsar a saudade que em meu peito mora!"
Suspirando, "Guima" aparteou:
- Como eu a invejo...
- Inveja a quem? - perguntou o poeta que fora interrompido.
- A saudade... Por que pelo menos ela tem aonde morar...
MAS A HISTÓRIA mais bizarra foi a do leão no zoológico. Passos e um colega estavam no Centro da cidade, esfomeados e sem um níquel. Até que um deles teve uma idéia:
- Já sei! - Vamos comer da carne que dão às feras de sua Majestade! - ou seja, "vamos ao Zoológico".
Tomaram um bonde para São Cristóvão e, lá chegando, ficaram rondando a jaula do leão, que naquele momento era alimentado por um tratador. Este, um tipo mal encarado, não gostou do assédio dos dois e ameaçou abrir a jaula da fera - o que realmente fez.
"Guima" e o outro só pararam de correr um quilômetro depois…
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