Pegadinha 35
Ele se acorda às seis horas todos os dias.
Nesta frase o pronome se está tornando a frase incoerente, isto é, o emprego desse pronome é inadequado. Em provas de vestibular e concurso público, esse tipo de ocorrência provoca a chamada incoerência textual ou linguagem inconsequente.
Ninguém acorda a si mesmo! Cada indivíduo, simplesmente, acorda ou, então, é acordado por alguém, algum som alto, um terremoto etc. Agora, decididamente, acordar a si mesmo é proeza que escapa à habilidade humana.
A frase equivocada, depois de corrigida, fica assim:
Ele acorda às seis horas todos os dias.
Pegadinha 36
O governo vai criar novos impostos.
A expressão criar novos é da mesma família de subir pra cima, descer pra baixo, chutar com os pés etc. Já que não é viável criar nada velho, escreva-se, pois, apenas criar, e pronto!
A frase inicial, depois de corrigida, fica assim:
O governo vai criar impostos.
Pegadinha 37
Não me importo que o Palmeiras perca.
Faz-se três construções com o verbo importar-se, sempre pronominal no sentido de ter importância ou interesse:
1 - quando o sujeito for uma oração introduzida pela conjunção integrante que, o verbo importar deve estar no subjuntivo (exclusivamente para casos como o da presente dica). Exemplos:
Não me importa que você discorde.
Não me importa que o partido perca.
2 - quando o sujeito não for uma oração, usa-se somente importa, sem a conjunção que:
Não me importa a derrota da Argentina.
3 - se ao verbo seguir a preposição com, emprega-se importo, forma do presente do indicativo. Exemplos:
Não me importo com tuas lamúrias.
Não me importo com frescuras.
Outros exemplos em outros tempos verbais:
Não me importará que ele vença a competição.
Não me importaria que Márcia dissesse a verdade.
Naquela época, não me importava que a economia fosse mal.
Não me importaram os elogios baratos.
Não me importou a vitória inglesa.
Não me importarei com divertimentos banais.
Não me importava com coisa alguma.
Depois da correção, a frase fica assim:
Não me importa que o Palmeiras perca.
Pegadinha 38
A palestra agradou os congressistas.
Esta é uma questão de transitividade verbal. O verbo agradar, usado como transitivo direto, significa fazer carinho, mimar, enfim fazer as vontades. Exemplos:
A mãe agrada o filho recém-nascido, a fim de que ele pare de chorar.
A namorada agrada o rapaz, com elogios e atenções desmedidos.
Conforme exposto acima, palestra nenhuma poderá agradar os congressistas ou quem quer que seja.
Uma boa palestra, mas só se for boa mesmo, poderá agradar aos congressistas (note a preposição a); pois o verbo agradar, usado como transitivo indireto, significa corresponder à expectativa, satisfazer, produzir agrado. Veja outros exemplos de frases com o verbo agradar, empregado como transitivo indireto. Exemplos:
O filme agradou aos estudantes.
A prova agradou aos candidatos.
O resultado não agradou a mim.
A frase inicial, depois da correção, se apresenta assim:
A palestra agradou aos congressistas.
Pegadinha 38
Ganho apenas um mil reais por mês.
Não se mistura um (singular) com mil (plural). Com mil só se usam os numerais dois, três, quatro e os que exprimirem valor superior. Exemplos:
Comprei mil quilos de farinha.
Vendemos mil quilos de peixe,
Transportamos dois mil suínos para o Nordeste.
Trouxemos seis mil sacas de cimento.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Ganho apenas mil reais por mês.
Pegadinha 39
O time perdeu porque seu centroavante não chutou em gol durante toda a partida.
Neste caso, quem acaba perdendo, verdadeiramente, é quem diz ou escreve uma frase dessas, desperdiçando a oportunidade de calar-se. O verbo chutar admite as seguintes regências: chutar a, chutar para, chutar contra ou, simplesmente, chutar. Exemplos:
O jogador chutou a gol.
O jogador chutou para o gol.
O jogador chutou contra o gol.
O goleiro chutou para fora.
O jogador chutou acima da trave. (E não: ... em cima da trave.)
A expressão dar chutes pode ser usada, também, com a preposição em. Exemplos:
O jogador deu chutes na bola contra o gol adversário.
A criança dava chutes na porta.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
O time perdeu porque seu centroavante não chutou a gol durante toda a partida.
Pegadinha 40
Ninguém sabe aonde eu moro!
Aonde somente se emprega com verbos e expressões que indicam movimento:
E agora! Vamos aonde?
Determinaram sua ida aonde?
Já, para designar um local, usa-se onde:
Trabalho onde poucos teriam coragem de trabalhar.
A frase inicial, devidamente corrigida, fica assim:
Ninguém sabe onde eu moro!
Pegadinha 41
A obrigação do preenchimento da guia é do próprio contribuinte!
A palavra obrigação exige um tipo de preposição, conforme o elemento ao qual se refere. Referindo-se a nomes, no sentido de fazer uma determinada ação, obrigação exige a preposição a. Referindo-se a verbos, exige a preposição de. Já, referindo-se a nomes, usada sempre no plural (obrigações), no sentido de compromisso, exige a combinação das preposições para com. Exemplos:
A obrigação ao alistamento militar é intransmissível. (fazer o alistamento)
A obrigação de pagar as custas é do requerente.
Todo técnico de futebol tem obrigação para com seus jogadores.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
A obrigação ao preenchimento da guia é do próprio contribuinte!
Pegadinha 42
Toda a mulher casada deveria saber dirigir automóvel.
Toda a (note a presença do artigo) significa inteira. Depois desse entendimento, a frase parece esdrúxula da cabeça aos pés!
Toda (note a ausência do artigo) significa qualquer. Agora, sim, a frase passa a ter sentido, pois se quer referir, na frase inicial, a qualquer mulher, e não à mulher inteira.
Veja os seguintes exemplos:
Todo homem deveria falar uma língua além da materna. (qualquer homem)
Todo o homem tremia de frio. (o homem inteiro)
Toda a cidade festejou a vitória do time. (a cidade inteira)
Toda cidade tem problemas com drogas. (qualquer cidade)
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Toda mulher casada deveria saber dirigir automóvel.
Fonte:
126 Pegadinhas em Língua Portuguesa. www.softwareebookecia.com.
Ele se acorda às seis horas todos os dias.
Nesta frase o pronome se está tornando a frase incoerente, isto é, o emprego desse pronome é inadequado. Em provas de vestibular e concurso público, esse tipo de ocorrência provoca a chamada incoerência textual ou linguagem inconsequente.
Ninguém acorda a si mesmo! Cada indivíduo, simplesmente, acorda ou, então, é acordado por alguém, algum som alto, um terremoto etc. Agora, decididamente, acordar a si mesmo é proeza que escapa à habilidade humana.
A frase equivocada, depois de corrigida, fica assim:
Ele acorda às seis horas todos os dias.
Pegadinha 36
O governo vai criar novos impostos.
A expressão criar novos é da mesma família de subir pra cima, descer pra baixo, chutar com os pés etc. Já que não é viável criar nada velho, escreva-se, pois, apenas criar, e pronto!
A frase inicial, depois de corrigida, fica assim:
O governo vai criar impostos.
Pegadinha 37
Não me importo que o Palmeiras perca.
Faz-se três construções com o verbo importar-se, sempre pronominal no sentido de ter importância ou interesse:
1 - quando o sujeito for uma oração introduzida pela conjunção integrante que, o verbo importar deve estar no subjuntivo (exclusivamente para casos como o da presente dica). Exemplos:
Não me importa que você discorde.
Não me importa que o partido perca.
2 - quando o sujeito não for uma oração, usa-se somente importa, sem a conjunção que:
Não me importa a derrota da Argentina.
3 - se ao verbo seguir a preposição com, emprega-se importo, forma do presente do indicativo. Exemplos:
Não me importo com tuas lamúrias.
Não me importo com frescuras.
Outros exemplos em outros tempos verbais:
Não me importará que ele vença a competição.
Não me importaria que Márcia dissesse a verdade.
Naquela época, não me importava que a economia fosse mal.
Não me importaram os elogios baratos.
Não me importou a vitória inglesa.
Não me importarei com divertimentos banais.
Não me importava com coisa alguma.
Depois da correção, a frase fica assim:
Não me importa que o Palmeiras perca.
Pegadinha 38
A palestra agradou os congressistas.
Esta é uma questão de transitividade verbal. O verbo agradar, usado como transitivo direto, significa fazer carinho, mimar, enfim fazer as vontades. Exemplos:
A mãe agrada o filho recém-nascido, a fim de que ele pare de chorar.
A namorada agrada o rapaz, com elogios e atenções desmedidos.
Conforme exposto acima, palestra nenhuma poderá agradar os congressistas ou quem quer que seja.
Uma boa palestra, mas só se for boa mesmo, poderá agradar aos congressistas (note a preposição a); pois o verbo agradar, usado como transitivo indireto, significa corresponder à expectativa, satisfazer, produzir agrado. Veja outros exemplos de frases com o verbo agradar, empregado como transitivo indireto. Exemplos:
O filme agradou aos estudantes.
A prova agradou aos candidatos.
O resultado não agradou a mim.
A frase inicial, depois da correção, se apresenta assim:
A palestra agradou aos congressistas.
Pegadinha 38
Ganho apenas um mil reais por mês.
Não se mistura um (singular) com mil (plural). Com mil só se usam os numerais dois, três, quatro e os que exprimirem valor superior. Exemplos:
Comprei mil quilos de farinha.
Vendemos mil quilos de peixe,
Transportamos dois mil suínos para o Nordeste.
Trouxemos seis mil sacas de cimento.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Ganho apenas mil reais por mês.
Pegadinha 39
O time perdeu porque seu centroavante não chutou em gol durante toda a partida.
Neste caso, quem acaba perdendo, verdadeiramente, é quem diz ou escreve uma frase dessas, desperdiçando a oportunidade de calar-se. O verbo chutar admite as seguintes regências: chutar a, chutar para, chutar contra ou, simplesmente, chutar. Exemplos:
O jogador chutou a gol.
O jogador chutou para o gol.
O jogador chutou contra o gol.
O goleiro chutou para fora.
O jogador chutou acima da trave. (E não: ... em cima da trave.)
A expressão dar chutes pode ser usada, também, com a preposição em. Exemplos:
O jogador deu chutes na bola contra o gol adversário.
A criança dava chutes na porta.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
O time perdeu porque seu centroavante não chutou a gol durante toda a partida.
Pegadinha 40
Ninguém sabe aonde eu moro!
Aonde somente se emprega com verbos e expressões que indicam movimento:
E agora! Vamos aonde?
Determinaram sua ida aonde?
Já, para designar um local, usa-se onde:
Trabalho onde poucos teriam coragem de trabalhar.
A frase inicial, devidamente corrigida, fica assim:
Ninguém sabe onde eu moro!
Pegadinha 41
A obrigação do preenchimento da guia é do próprio contribuinte!
A palavra obrigação exige um tipo de preposição, conforme o elemento ao qual se refere. Referindo-se a nomes, no sentido de fazer uma determinada ação, obrigação exige a preposição a. Referindo-se a verbos, exige a preposição de. Já, referindo-se a nomes, usada sempre no plural (obrigações), no sentido de compromisso, exige a combinação das preposições para com. Exemplos:
A obrigação ao alistamento militar é intransmissível. (fazer o alistamento)
A obrigação de pagar as custas é do requerente.
Todo técnico de futebol tem obrigação para com seus jogadores.
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
A obrigação ao preenchimento da guia é do próprio contribuinte!
Pegadinha 42
Toda a mulher casada deveria saber dirigir automóvel.
Toda a (note a presença do artigo) significa inteira. Depois desse entendimento, a frase parece esdrúxula da cabeça aos pés!
Toda (note a ausência do artigo) significa qualquer. Agora, sim, a frase passa a ter sentido, pois se quer referir, na frase inicial, a qualquer mulher, e não à mulher inteira.
Veja os seguintes exemplos:
Todo homem deveria falar uma língua além da materna. (qualquer homem)
Todo o homem tremia de frio. (o homem inteiro)
Toda a cidade festejou a vitória do time. (a cidade inteira)
Toda cidade tem problemas com drogas. (qualquer cidade)
A frase inicial, depois da correção, fica assim:
Toda mulher casada deveria saber dirigir automóvel.
Fonte:
126 Pegadinhas em Língua Portuguesa. www.softwareebookecia.com.
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