Nos idos de 2016, quando a empresa Rosana, pertencente à Ingá, resolveu acabar com os cobradores, alguns deles, os mais antigos, foram realocados para a Ingá.
Nessa leva de cobradores, veio um irmãozinho muito sério e de pouquíssimas palavras. Negro de raiz nordestina, ele estava sempre com sua camisa de manga fechada na gola e de gravata por cima, mesmo trabalhando em carros sem ar condicionado, situação em que a empresa não requisitava o uso de camisa de manga longa, e muito menos da gravata.
Acontece que um velho e sacana cobrador da Ingá, o controvertido dinossauro Joair, cismou de ficar manjando o tal cidadão. E assim os dias se passavam e Joair se espantava vendo o bitelo, num calor des-gra-ça-do, trabalhando com aquela gravata apertando-lhe o pescoço, gravata que ele não tirava nem mesmo após largar do trabalho. Além do Joair, a galera toda já estava com medo:
"Vai que essa moda pega? Vai que o homem decide que todos devem usar gravata, mesmo no ônibus 'quentão'?"
Num belo dia de terrível calor, sufocante, Joair, após sair do trabalho e ver que o indivíduo largara ao mesmo tempo que ele, e se dirigia para o ponto de ônibus, sempre encapado até o gargalo, não aguentou mais e perguntou:
- Ô, ô meu irmão, com licença. Querido, um calor desses... porque você não tira ao menos essa gravata?
- Eu vou resolver um problema - respondeu o irmão, pego de surpresa.
Joair, que nunca foi de perdoar um mole, concluiu:
– Ué? Mas quem vai resolver o problema? É você ou a gravata?
Nessa leva de cobradores, veio um irmãozinho muito sério e de pouquíssimas palavras. Negro de raiz nordestina, ele estava sempre com sua camisa de manga fechada na gola e de gravata por cima, mesmo trabalhando em carros sem ar condicionado, situação em que a empresa não requisitava o uso de camisa de manga longa, e muito menos da gravata.
Acontece que um velho e sacana cobrador da Ingá, o controvertido dinossauro Joair, cismou de ficar manjando o tal cidadão. E assim os dias se passavam e Joair se espantava vendo o bitelo, num calor des-gra-ça-do, trabalhando com aquela gravata apertando-lhe o pescoço, gravata que ele não tirava nem mesmo após largar do trabalho. Além do Joair, a galera toda já estava com medo:
"Vai que essa moda pega? Vai que o homem decide que todos devem usar gravata, mesmo no ônibus 'quentão'?"
Num belo dia de terrível calor, sufocante, Joair, após sair do trabalho e ver que o indivíduo largara ao mesmo tempo que ele, e se dirigia para o ponto de ônibus, sempre encapado até o gargalo, não aguentou mais e perguntou:
- Ô, ô meu irmão, com licença. Querido, um calor desses... porque você não tira ao menos essa gravata?
- Eu vou resolver um problema - respondeu o irmão, pego de surpresa.
Joair, que nunca foi de perdoar um mole, concluiu:
– Ué? Mas quem vai resolver o problema? É você ou a gravata?
Fonte:
Ron Letta (Sammis Reachers). Rodorisos: histórias hilariantes do dia-a-dia dos Rodoviários.
São Gonçalo: Ed. do Autor, 2021.
Livro enviado pelo autor.
Ron Letta (Sammis Reachers). Rodorisos: histórias hilariantes do dia-a-dia dos Rodoviários.
São Gonçalo: Ed. do Autor, 2021.
Livro enviado pelo autor.
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