BRUMAS E VARAS DE PESCA
Coberto por brumas
Corre o rio caudaloso
Águas, outrora serenas
Hoje, se mostram agitadas
Passam por corredeiras
Descem em cachoeiras
Cumpriram enfim o destino
Ao desaguar no oceano
Que acolherá em seu seio
Abarcando o estuário como
A mãe, aconchega o rebento
Assim, serão unos!
Duas varas de pesca
Arrastadas da margem...
Seguem junto, boiando
Frutos do esquecimento!
De um pescador desatento...
Objeto de esporte, a água levou
Só o samburá ficou...
Assim, navega o presente!
Levado pelo filho pródigo... rio
Que a casa dos pais retornará... o mar...
Qual o destino das varinhas?
Isso... Netuno... decidirá...
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
É PRIMAVERA
Cai a chuva indolente
entristecendo o dia
Que deveria estar radiante
até há pouco o sol ardia...
Mas as nuvens choram
lágrimas em pranto sentido
Pelo rosto de um deus destilam
o olhar da mulher, o deixa aturdido
Ante aflitiva confidência
e o coração da musa destroçado
Seus sonhos de amor esfacelaram...
Desapareceu seu homem amado!
apagou-se qual estrela cadente
Hoje as cores do arco íris desbotaram...
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
FLORES
Sopra uma brisa refrescante na ilha
Farfalhado as folhas dos coqueirais
Causando inveja às açucenas
Que ladeiam o cais...
= = = = = = = = = = = = =
RENDEIRA
Dedos ágeis da rendeira
Tecem a renda de bilro
Cruzam linhas e cores
Nos alfinetes o destino...
Dedos calejados
Labuta cansativa
Deixa vagar pensamentos
Mocidade e seus momentos
À sombra da choupana
Tem o mar como cenário!
Olhar triste e perdido
Desesperança surgindo...
Onde estará seu amor?
O Raimundo pescador
Exímio jangadeiro
A noite passou
O dia clareou
A tarde findou
E ele não regressou…
= = = = = = = = = = = = =
ROMANTISMO
Trago no peito a dor insuportável
lancinante, sufocante da doença
Instalada e classificada de incurável
o romantismo, arraigado, é esperança...
Do encontro almejado e, sempre adiável
diante dos obstáculos surge mudança
Resta-me exercitar a persistência, inabalável
atributo que extermina a desesperança
Finda e reinicia os anos, em longa espera
A visualizar ao longe teu semblante
Quem sabe são, lembranças de outra era!
Assim, nesta febre delirante
de uma paixão, não, efêmera
Percebas meu amor, abrasante!
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
(SÓ) ENTRE O BREU
Que os ais dos meus anseios
Misturem-se, ao vento a bramir
Dissipem meus devaneios
E a angustia, que tento oprimir
Sem perspectivas e galanteios
A dor da saudade vou suprimir
Apago assim, os candeeiros
Imaginando poder dormir...
(Só), entre o breu, trovoadas
Vejo o raio partindo um galho
No rosto, lágrimas desvairadas
Diante do portentoso carvalho
A chuva a cair como chibatadas
E um tapete de folhas, sobre o cascalho…
Coberto por brumas
Corre o rio caudaloso
Águas, outrora serenas
Hoje, se mostram agitadas
Passam por corredeiras
Descem em cachoeiras
Cumpriram enfim o destino
Ao desaguar no oceano
Que acolherá em seu seio
Abarcando o estuário como
A mãe, aconchega o rebento
Assim, serão unos!
Duas varas de pesca
Arrastadas da margem...
Seguem junto, boiando
Frutos do esquecimento!
De um pescador desatento...
Objeto de esporte, a água levou
Só o samburá ficou...
Assim, navega o presente!
Levado pelo filho pródigo... rio
Que a casa dos pais retornará... o mar...
Qual o destino das varinhas?
Isso... Netuno... decidirá...
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É PRIMAVERA
Cai a chuva indolente
entristecendo o dia
Que deveria estar radiante
até há pouco o sol ardia...
Mas as nuvens choram
lágrimas em pranto sentido
Pelo rosto de um deus destilam
o olhar da mulher, o deixa aturdido
Ante aflitiva confidência
e o coração da musa destroçado
Seus sonhos de amor esfacelaram...
Desapareceu seu homem amado!
apagou-se qual estrela cadente
Hoje as cores do arco íris desbotaram...
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FLORES
Sopra uma brisa refrescante na ilha
Farfalhado as folhas dos coqueirais
Causando inveja às açucenas
Que ladeiam o cais...
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RENDEIRA
Dedos ágeis da rendeira
Tecem a renda de bilro
Cruzam linhas e cores
Nos alfinetes o destino...
Dedos calejados
Labuta cansativa
Deixa vagar pensamentos
Mocidade e seus momentos
À sombra da choupana
Tem o mar como cenário!
Olhar triste e perdido
Desesperança surgindo...
Onde estará seu amor?
O Raimundo pescador
Exímio jangadeiro
A noite passou
O dia clareou
A tarde findou
E ele não regressou…
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ROMANTISMO
Trago no peito a dor insuportável
lancinante, sufocante da doença
Instalada e classificada de incurável
o romantismo, arraigado, é esperança...
Do encontro almejado e, sempre adiável
diante dos obstáculos surge mudança
Resta-me exercitar a persistência, inabalável
atributo que extermina a desesperança
Finda e reinicia os anos, em longa espera
A visualizar ao longe teu semblante
Quem sabe são, lembranças de outra era!
Assim, nesta febre delirante
de uma paixão, não, efêmera
Percebas meu amor, abrasante!
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(SÓ) ENTRE O BREU
Que os ais dos meus anseios
Misturem-se, ao vento a bramir
Dissipem meus devaneios
E a angustia, que tento oprimir
Sem perspectivas e galanteios
A dor da saudade vou suprimir
Apago assim, os candeeiros
Imaginando poder dormir...
(Só), entre o breu, trovoadas
Vejo o raio partindo um galho
No rosto, lágrimas desvairadas
Diante do portentoso carvalho
A chuva a cair como chibatadas
E um tapete de folhas, sobre o cascalho…
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