Solo de clarineta é uma obra múltipla: reflexões de um escritor sobre sua ficção e a arte literária, testemunho de um período da história brasileira e mundial, e retrato de uma família que parece tirado de um romance.
O leitor mergulha no caldo da matéria-prima de onde brotou a obra do autor de O tempo e o vento nos dois volumes que revelam a trajetória da família Verissimo, desde Érico garoto, passando pela decadência econômica da família, pela luta da mãe para manter os filhos com o trabalho de modista, pelas leituras de um menino à sombra de uma ameixeira-do-japão, até a consagração de Érico Verissimo como um dos escritores mais importantes da literatura brasileira.
Solo de Clarineta é dividida em dois volumes:
O primeiro volume de Solo de clarineta (1973) Veríssimo conta a sua infância e adolescência até a idade adulta quando abandona o cargo na UPA e sua filha Clarissa casa-se com o físico americano David Jaffe. No segundo, após relatar o nascimento de seus três netos e o denominar de O Arquipélago , relatando também o primeiro dos ataques cardíacos, Érico começa a contar sua viagens. A primeira é a viagem à Grécia. Depois conta sobre O Senhor Embaixador e então… Portugal! Veríssimo era apaixonado pelo país e conta de seu tour pelo país em 1959 junto com a esposa Mafalda, seu editor e seu filho Luís Fernando. Infelizmente, Érico morreu antes de concluir este volume, essa segunda parte foi organizada postumamente por Flávio Loureiro Chaves e publicada em 1976, segunda parte deste segundo volume, contando sobre a Holanda, a Espanha e um colóquio entre ele e o homem no espelho através do qual ele analisa a si mesmo, sua obra, suas opiniões e sua autobiografia: o que ele nos deu foi "não um concerto de jazz ou uma grande peça sinfônica, mas um solo de clarineta.”
Nessa edição, os volumes apresentam prefácio e apresentação inéditos, uma cronologia que cruza dados biográficos da família Verissimo com a vida dos personagens das obras mais famosas de Érico, e um caderno com fotos, manuscritos e desenhos.
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