Era uma vez uma cidadezinha localizada no ventre da Bahia, chamada Santana do Agreste, e sua mais célebre filha. A bela e sensual pastora de ovelhas, Maria Antonieta – vulgo TIETA. Seu pai, o mesquinho Zé Esteves, ao descobrir através da invejosa Perpétua, sua filha mais velha, que Tieta, muito liberada e dona de si, não era mais virgem, expulsa a jovem pastora de casa e a espanca em praça pública.
Sentindo-se profundamente humilhada e sozinha, pois na praça ninguém parte em sua defesa, Tieta sai sem rumo, prometendo, a si mesma, um dia retornar rica e poderosa para calar a boca de todos aqueles hipócritas que a condenaram quando ela mais precisou de socorro.
E comprovando o poder de seus desejos, vinte e cinco anos depois, ela retorna se apresentando como viúva de um importante comendador.
Rica, ainda mais bonita e sensual. Volta em triunfo ao vilarejo. Com dinheiro e influência política, ajuda a família, que por interesses financeiros passa a tratá-la com deferência, Perpétua, a irmã traidora do passado é a que mais lhe presta bajulações.
Tieta também promove benefícios à comunidade que estava estagnada no tempo. Entre os benefícios estava a luz elétrica. Era a luz de Tieta a iluminar a pacata cidade.
A tal luz citada na composição de Caetano Veloso que assim diz:
“Toda a noite é a mesma noite
A vida é tão estreita
Nada de novo ao luar
Todo mundo quer saber
Com quem você se deita
Nada pode prosperar
É domingo, é fevereiro
É sete de setembro
Futebol e carnaval
Nada muda, é tudo escuro
E até onde eu me lembro
Uma dor que é sempre igual
Existe alguém em nós
Em muito dentre nós esse alguém
Que brilha mais do que milhões de sóis
E que a escuridão conhece também
Existe alguém aqui
Fundo no fundo de você de mim
Que grita para quem quiser ouvir
Quando canta assim
Eta, Eta, Eta, Eta
É a Lua, é o Sol é a luz de Tieta
Eta, Eta“
Tieta do Agreste, livro publicado em 1977, pelo amadíssimo Jorge Amado, é uma obra que retrata o povo brasileiro, é um verdadeiro patrimônio cultural do nosso país que virou novela, filme e letra de música. O best - seller, também é, sem sombras de dúvidas, um retrato que revela de maneira nua e crua o rosto lavado da hipocrisia da sociedade de ontem e de hoje. Sociedade essa, infeliz e julgadora. Que foi capaz de torcer o nariz, zombar e apedrejar uma jovem pelo fato de não ser mais virgem, e depois, como se nada tivesse acontecido, aceitar dinheiro das mãos da vítima, que por sua intolerância um dia foi expulsa da terra onde nasceu.
Sentindo-se profundamente humilhada e sozinha, pois na praça ninguém parte em sua defesa, Tieta sai sem rumo, prometendo, a si mesma, um dia retornar rica e poderosa para calar a boca de todos aqueles hipócritas que a condenaram quando ela mais precisou de socorro.
E comprovando o poder de seus desejos, vinte e cinco anos depois, ela retorna se apresentando como viúva de um importante comendador.
Rica, ainda mais bonita e sensual. Volta em triunfo ao vilarejo. Com dinheiro e influência política, ajuda a família, que por interesses financeiros passa a tratá-la com deferência, Perpétua, a irmã traidora do passado é a que mais lhe presta bajulações.
Tieta também promove benefícios à comunidade que estava estagnada no tempo. Entre os benefícios estava a luz elétrica. Era a luz de Tieta a iluminar a pacata cidade.
A tal luz citada na composição de Caetano Veloso que assim diz:
“Toda a noite é a mesma noite
A vida é tão estreita
Nada de novo ao luar
Todo mundo quer saber
Com quem você se deita
Nada pode prosperar
É domingo, é fevereiro
É sete de setembro
Futebol e carnaval
Nada muda, é tudo escuro
E até onde eu me lembro
Uma dor que é sempre igual
Existe alguém em nós
Em muito dentre nós esse alguém
Que brilha mais do que milhões de sóis
E que a escuridão conhece também
Existe alguém aqui
Fundo no fundo de você de mim
Que grita para quem quiser ouvir
Quando canta assim
Eta, Eta, Eta, Eta
É a Lua, é o Sol é a luz de Tieta
Eta, Eta“
Tieta do Agreste, livro publicado em 1977, pelo amadíssimo Jorge Amado, é uma obra que retrata o povo brasileiro, é um verdadeiro patrimônio cultural do nosso país que virou novela, filme e letra de música. O best - seller, também é, sem sombras de dúvidas, um retrato que revela de maneira nua e crua o rosto lavado da hipocrisia da sociedade de ontem e de hoje. Sociedade essa, infeliz e julgadora. Que foi capaz de torcer o nariz, zombar e apedrejar uma jovem pelo fato de não ser mais virgem, e depois, como se nada tivesse acontecido, aceitar dinheiro das mãos da vítima, que por sua intolerância um dia foi expulsa da terra onde nasceu.
Fonte:
Texto enviado pela autora.
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