quinta-feira, 7 de julho de 2022

Fabiane Braga Lima (O poeta estuda as almas)

Cheguei numa fase da vida que me sinto privilegiada. Sabe, aquela fase, onde desatamos os nós que nos prendia a tantas futilidades. Faço o que gosto, sem pressa e sem precisar agradar ninguém. Porque no fim, sempre acabamos sozinhos(as).

Como é bom acordar bem humorada! Não, com o semblante triste, envergonhado(a) por absolver tanto desprezo, e muitas vezes sermos chamadas de louca, ou vadia. Sinceramente, eu não me importo mais, não sou uma princesa, nem pretendo ser.

Sou apenas uma mulher, na qual quebra tabus, nada santa! Tenho paixão pela escrita de vários gêneros, posso ser pura e impura, depende do dia. Não sou de dar indireta, sou direta sempre e apenas uma vez.

Cresci psicologicamente! Gosto de pessoas com espíritos livres, mas nem sempre fui assim, me prendia muito ao passado. Hoje sou errante, não tenho destino. O vento me guia. Sofri muito no passado! Mas cá entre nós, o que o passado nos reserva!? Nada, pois passado é apenas passado. Exceto que ficam as lembranças boas ainda dói muito. Como dói! Mas a vida segue, somos instantes.

Quantas vezes chorei por amores passageiros. Hoje, restou-me o presente, onde me enxergo uma mulher, com rugas em volta dos olhos, alguns cabelos brancos, um corpão excitado, sonhadora, e ao mesmo tempo realista.

São tempos sombrios de amores líquidos, fuja! Lute, lute muito, tenha sempre expectativa na vida, mas se coloque em primeiro lugar. Se priorize, quebre tabus, e (amor-próprio) sempre.

Converse com o espelho e diga: — Mulher, como você é linda, tão pura e impura! Santa!? Só você pode responder...! Apenas uma mulher.

Fonte:
Texto enviado por Samuel C. da Costa

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