APRESENTAÇÃO
O presente trabalho pretende mostrar a indicação de soluções dos danos mais comuns em acervos bibliográficos. Descrevendo os processos de reparos em livros, relacionando os materiais necessários, as técnicas e os procedimentos inerentes. Orienta para evitar as causas da deterioração objetivando o prolongamento da vida útil dos livros e documentos.
I. PRINCIPAIS AGENTES DE DETERIORAÇÃO DE ACERVOS DOCUMENTAIS
1. INSETOS, FUNGOS E ROEDORES
1. INSETOS, FUNGOS E ROEDORES
Dentre os agentes de degradação de acervos documentais, os agentes biológicos como insetos, fungos e roedores constituem ameaças sérias devido aos danos que podem gerar, muitas vezes irreparáveis. Em razão disso, vigilância e controle de proliferação devem ser adotados permanentemente dentro da política de preservação de acervos, pois a proliferação destes organismos ocorre de modo bastante rápido se as condições da biblioteca forem inadequadas. Os métodos de controle envolvem freqüentemente o emprego de produtos químicos que, quando aplicados, necessita de orientação devido aos riscos de danos à integridade das obras e à saúde dos funcionários e usuários da biblioteca.
2. AÇÃO DO HOMEM
Sem dúvida a ação do homem contribui demasiadamente para a degradação do acervo, tanto pelo descuido que muitos têm com as obras, como pela ação de vandalismo: furto, destruição, dano, mutilação, etc. Os danos causados são, muitas vezes, irreversíveis, daí,a necessidade de um trabalho de educação do usuário criando-lhe uma mentalidade preservacionista e desenvolvendo a noção do valor do patrimônio da biblioteca para a coletividade. Não se deve esquecer que a adoção de normas e procedimentos básicos contribuem consideravelmente para melhor conservação do acervo:
Nunca usar fitas adesivas em virtude da composição química da cola;
Ao pegar um livro deve-se estar com as mãos sempre limpas;
Nunca retirar um livro da estante puxando-o pela borda superior da lombada. O correto é retirar o livro segurando-o pela parte mediana da lombada;
Nunca umedecer os dedos com saliva ou qualquer tipo de líquido para virar as páginas de um livro. O ideal é virar a página pela parte superior da folha;
Evitar colas plásticas ou em bastão, pois além de serem irreversíveis, favorecem a deterioração do papel devido aos componentes químicos;
Acondicionar os materiais em estantes próprias, com dimensões adequadas, preferencialmente metálicas, dando espaço suficiente entre uma e outra sem comprimi-las excessivamente;
Armários e estantes devem ficar afastados da parede 7 cm e 10 à 15 cm do chão;
Os livros grandes e grossos de estruturas fracas devem ser guardados na horizontal, sem empilhar. Para evitar o declínio dos livros nas estantes, utilizar bibliocantos adequados;
Os documentos devem ser desdobrados (se possível) retirando grampos, alfinetes e clips metálicos para evitar que provoquem manchas de ferrugem;
Nunca apoiar os cotovelos sobre os livros durante a leitura. Este procedimento acarreta uma pressão nas costuras dos cadernos e nas lombadas, provocando o rompimento e o desdobramento dos cadernos do volume;
Não apoiar os livros em superfícies irregulares;
Evitar a luz direta do Sol;
Não encostar as estantes em paredes úmidas;
Não fumar ou alimentar-se em áreas destinadas ao trabalho e manuseio dos livros;
Utilizar transporte adequado para os livros. O ideal é fazer uso de carrinhos construídos para esse fim.
Continua... Umidade e Temperatura; Higienização
Fontes:
DIVISÃO DE PRESERVAÇÃO; Preservação e Recuperação de Material Bibliográfico. Biblioteca Pública do Paraná, Curitiba, 2001.
MILEVSKY, Robert J.; Manual de Pequenos Reparos em Livros; Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos. 2ª edição, Rio de Janeiro, 2001.
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