domingo, 20 de novembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 401)

Uma Trova Potiguar
Uma Trova Nacional

Dai-me perdão para o amor
contrário ao vosso preceito.
Sei muitas coisas, Senhor,
menos amar de outro jeito!
–NEWTON VIEIRA/MG–

Uma Trova Premiada

2011 - Cambuci/RJ
Tema: “TEMA LIVRE” - Venc.

Quando a versar me proponho,
contrito, com Deus converso
e numa trova eu deponho,
a minha alma, exposta em verso ...
–FABIANO WANDERLEY/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Eu luto desde menino,
com bravura redobrada,
neste jogo em que o Destino
joga de carta marcada.
–DURVAL MENDONÇA/RJ–

Uma Trova de Ademar


Vejo sentadas no chão,
vestidas de desamor,
crianças comendo pão
amanteigado de dor!
–ADEMAR MACEDO/RN–

Simplesmente Poesia

MOTE:
–ILZA TOSTES/RJ–

Quando a sonhar eu me ponho
– nas noites de lua nova –
de você, eu faço o sonho,
e do sonho – faço a trova.

GLOSA:
–RAYMUNDO DE SALLES/BA–

Nas horas de devaneio,
ou mesmo se estou tristonho,
retiro o véu do receio,
quando a sonhar eu me ponho.

Voo aos paramos azuis,
mas não preciso de prova,
que foi Deus que pôs a luz
– nas noites de lua nova –

Vejo a noite enluarada,
e esse céu todo risonho,
sem ter de fazer mais nada
de você, eu faço o sonho.

Com meu sonho alço outro voo,
a minh ‘alma se renova,
lá de cima um canto entoo,
e do sonho – faço a trova.

Estrofe do Dia

O aguaceiro no rio
desce fazendo manobra,
não procura um só desvio,
espuma fazendo dobra,
grande empecilho ou miúdo
passa por cima de tudo,
leva o que tiver na frente;
até o próprio rochedo
parece tremer com medo
dos abraços da corrente.
–CANCÃO/PE–

Soneto do Dia

Poema da Noite.
–ALPHONSUS DE GUIMARÃES/MG–

Encontrei-te. Era o mês... Que importa o mês? Agosto,
Setembro, outubro, maio, abril, janeiro ou março,
Brilhasse o luar que importa? ou fosse o sol já posto,
No teu olhar todo o meu sonho andava esparso.

Que saudades de amor na aurora do teu rosto!
Que horizonte de fé, no olhar tranqüilo e garço!
Nunca mais me lembrei se era no mês de agosto,
Setembro, outubro, abril, maio, janeiro, ou março.

Encontrei-te. Depois... depois tudo se some
Desfaz-se o teu olhar em nuvens de ouro e poeira.
Era o dia... Que importa o dia, um simples nome?

Ou sábado sem luz, domingo sem conforto,
Segunda, terça ou quarta, ou quinta ou sexta-feira,
Brilhasse o sol que importa? ou fosse o luar já morto?

Fontes:
Textos e imagem enviados pelo Autor
Montagem da trova potiguar por José Feldman

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