segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 409)

A "PEDRA DA CAVEIRA" EM PASSA E FICA/RN
Uma Trova Nacional

Cuidado com a falsa imagem.
Beleza é vago argumento:
plantas de linda folhagem
na raiz tem seu sustento!
–ELIANA PALMA/PR–

Uma Trova Potiguar

Eu sinto a força da vida
e a mão divina de Deus,
em cada manhã florida,
na aurora... dos versos meus!
–MARA MELINNI/RN–

Uma Trova Premiada

2005 - Belém/PA
Tema: DELÍRIO - M/E

Nesta fria madrugada,
num delírio sem limite,
beijei a boca deixada
lá no espelho da suíte!
–ANTONIO COLAVITE/SP–

Uma Trova de Ademar


Gentileza recebida,
mesmo aquelas mais banais;
não dura por toda vida...
Mas nos faz feliz demais!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Rosto tranquilo, sereno...
E, em sua fingida calma,
esconde todo o veneno
que destila dentro da alma...
ABIGAIL RIZZINI/RN–

Simplesmente Poesia

Cruviana Sertaneja
–FRANCISCO MACEDO/RN–

Ah cruviana...
Descobri-a numa noite da minha adolescência
no alpendre da casa grande de Coroas Limpas
na minha Santana do Matos.
Tremia feito "vara verde"
Não, não era o frio!
Era o medo de não saber se tu cruviana,
Seria uma onça ou uma alma penada.
E pela manhã fui dicionarisar o meu medo...
Beleza!
A grande descoberta!
CRUVIANA = É a Deusa do vento, a mulher do alvorecer.
Chega em tornado, acordam os trabalhadores das fazendas
e os envia fora para o trabalho. ...
Meu Deus, que alivio!
E o alpendre da velha casa de Coroas Limpas,
ganhava um "dormidor"
para curtir a cruviana de cada emadrugadecer!

Estrofe do Dia

Tenho pena de quem fuma nesse mundo
carregando para o corpo uma doença,
desde cedo pagando uma sentença
mergulhando de vez em poço fundo,
caminhando para ser um moribundo,
o pulmão transformado numa tela,
se prepare pra ver acesa a vela
pois a vida perdeu a qualidade;
eu fumando o cigarro da saudade
e a fumaça escrevendo o nome dela.
–HUGO ARAUJO/PE–

Soneto do Dia

Memória
–PROF. GARCIA/RN–

Esta dor que me fere e me magoa,
quando lembro da minha mocidade,
pouco me importa que ela tanto doa,
se doendo, não cura esta saudade.

Melancolicamente eu vou lembrando,
de saudade em saudade eu vou vivendo,
mas não posso esquecer, de quando em quando,
que em teus braços aos poucos vou morrendo.

Nesta luta sem trégua, em desatino,
eu me agarro nas rédeas do destino
dos arquivos ingratos da velhice;

mas não posso esquecer que fui criança,
guardarei para sempre na lembrança
a saudade feliz da meninice!

Fonte:
Textos e imagem enviados pelo Autor

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