3. UMIDADE E TEMPERATURA
A umidade e a temperatura são fatores climáticos que contribuem significativamente para a deterioração do material bibliográfico.
São fontes de umidade:
Chuvas,
rios,
limpezas aquosas,
infiltrações por janelas,
paredes e tetos.
Existem diversos equipamentos para controle climático, desde um simples ar condicionado até os sistemas mas sofisticados como:
Sistemas centrais de resfriamento,
calefação,
umidificação e
desumidificação do ar.
Locais que não disponibilizam essas aparelhagens pode-se utilizar ventilação natural ou forçada como meio de controle simultâneo da umidade e da temperatura.
II. TRATAMENTOS BÁSICOS PARA CONSERVAÇÃO DO ACERVO
1. TRATAMENTO DE HIGIENIZAÇÃO
Esse tratamento é muito importante para a conservação do acervo, pois irá retirar do livro os agentes responsáveis pela sua deterioração como poeira, espórios e detritos de insetos. O ideal seria que esse trabalho fosse realizado em uma mesa apropriada, local ventilado e afastado das estantes para evitar que a poeira seja transferida para as outras obras.
1.1 HIGIENIZAÇÃO COM SABONETE NEUTRO
Utilizar sabonete neutro para limpeza das capas plastificadas e de material sintético. Proceder da seguinte maneira:
Material necessário:
- Sabonete
- Tecido de algodão (fralda)
Procedimento: · · · · ·
Colocar água em um balde; Molhar a fralda e torcer bem; Passar a fralda sobre o sabonete neutro (nunca molhar o sabonete); Aplicar sobre as capas removendo toda a sujeira; Passar uma fralda seca para retirar o excesso de umidade.
2. REPARAÇÃO DE LIVROS
O desgaste e a degradação do acervo é muito rápido, sobretudo quando se trata de coleções públicas maciçamente utilizadas. Por isso, faz-se necessário o reparo das obras para prolongar a vida útil do acervo nas bibliotecas. Os livros devem ser analisados para determinação do tratamento adequado a ser utilizado. Antes de começar o trabalho de reparação do livro devemos saber como ele é formado. Geralmente o livro é constituído por cadernos separados e em alguns casos são formados por páginas coladas juntas uma a uma (folhas soltas).
2.1 REMOÇÃO DE FITAS ADESIVAS
Os adesivos possuem componentes que com o tempo se degradam e descolam. A retirada dos mesmos merece atenção especial, considerando que em alguns casos nem com a utilização de solventes, se consegue remove-los. Neste caso, não insistir, pois o papel poderá ser danificado.
Material necessário:
– Cotonete ou vareta de madeira (usado por manicures),
- Algodão,
- Acetona acetato de etila;
- Pedaço de vidro ou celulóide (chapa de radiografia),
- Papel absorvente e
- Bisturi
Procedimento: · ·
As fitas adesivas podem ser removidas com uma espátula ou bisturi; O resíduo do adesivo que ficar no papel deve ser removido com acetona e espátula ou, se não tiver a espátula remove-las somente com a acetona ou acetato de etila.
Colocar a folha com a fita adesiva sobre um papel absorvente e as duas sobre um vidro ou celulóide; Umedecer o cotonete na acetona; Passar na fita adesiva pelos dois lados da folha (verso e direito); Com a ponta do bisturi, soltar cuidadosamente a fita adesiva para não danificar o papel.
2.2 LIMPEZA DA LOMBADA
É o processo onde se retira o excesso de cola, restos de papéis, fitas adesivas, etc... É usado quando a costura está perfeita e não necessita desmonte do livro.
––––––
Continua... Desmonte dos Livros; Conserto das Folhas; Costura
Fontes:
DIVISÃO DE PRESERVAÇÃO; Preservação e Recuperação de Material Bibliográfico. Biblioteca Pública do Paraná, Curitiba, 2001.
MILEVSKY, Robert J.; Manual de Pequenos Reparos em Livros; Conservação Preventiva em Bibliotecas e Arquivos. 2ª edição, Rio de Janeiro, 2001.
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