101
Reprovação no caminho
Tem destes lances extremos:
Condenamos no vizinho
Aquilo que nós não temos.
XAVIER DE CASTRO
102
O mundo será feliz
Quando a mulher, sem receio,
Abrir a porta da casa
Aos órfãos do lar alheio.
IRENE SOUZA PINTO
103
Quem ama somente o rosto
Muito cedo perde a fé.
Alma diverge do corpo
Como o sapato do pé.
MÁRIO DE AZEVEDO
104
Dia dos Mortos? Balela!
Finados? Tontos assuntos!...
Nem flor, nem cinza, nem vela,
Nós todos estamos juntos.
CORNÉLIO PIRES
105
Quem sofre, quem se entedia,
Abrace a enxada do bem.
Caridade é como o Sol:
Nunca deserda a ninguém.
JOSÉ NAVA
106
Não existe reconforto
Que valha o ameno transporte
De rever um amigo morto
No instante de nossa morte...
COLOMBINA
107
O espírito reencarnado,
Quando a mentiras se aferra,
Quando mais fraco mais goza,
Quanto mais goza mais erra.
ANTÔNIO AZEVEDO
108
Ninguém na vida atribua
Pecado ao caminho alheio;
Há muito riso na rua
Que é soluço de passeio.
CHIQUITO DE MORAIS
109
Na luta de mais ruído,
Quem serve e persiste vence-a;
Coração que andas ferido,
Paciência, paciência.
JUVENAL GALENO
110
No Espaço, imenso e vibrante,
Saudade da alma que anseia
Parece canção distante
Em noite de lua cheia.
MACIEL MONTEIRO
111
Mãe entregue à sepultura
Vence trevas e empecilhos,
Para ser paz e brandura
À cabeceira dos filhos.
CELESTE JAGUARIBE
112
Caridade se concebe
Por angélico alvará;
Quem auxilia recebe,
Acreditando que dá.
EUGÊNIO RUBIÃO
113
Na Terra – abismo voraz,
Velho mar de luz e treva,
O berço – é a onda que traz,
A morte – é a onda que leva.
FÔCION CALDAS
114
Para quem ama, decerto
Engano não é desdouro...
Poeira na luz do sol
Parece chuva de ouro
CARLOS CÂMARA
115
Amor – canção que ressoa
No silêncio com que esbarro –
Recorda em cada pessoa
O céu num pote de barro.
ULISSES BEZERRA
116
Mãe que se abraça ao filhinho
Tem tanta luz nos seus traços,
Que lembra a aurora em caminho,
Trazendo o Sol entre os braços.
MARIA CELESTE
117
Faze o bem agora e sempre,
Persevera, persevera...
O mundo? Vida que passa.
A morte? Vida que espera.
LUÍS PISTARINI
118
Natal, quase sempre, é isto:
O luxo que se conforta,
Beijando a imagem do Cristo,
Com medo de vê-lo à porta.
BELMIRO BRAGA
119
Fiscaliza as palavrinhas.
De humilde e pequena brava,
Começa a lavrar o incêndio
Que devora toda a casa.
CASIMIRO BRAGA
120
Ventura – riso que passa
E nunca se identifica.
Saudade – dor que não passa
Daquilo que passa e fica.
DA COSTA E SILVA
121
Quando o corpo desce à campa,
Resíduo largado à treva,
Muita conversa de amor
É palha que o vento leva.
LUCÍDIO FREITAS
122
Toda dor canta vitória
Do bem uno e desigual,
Só não vale a dor inglória
Do mal de fazer o mal.
SEBASTIÃO RIOS
123
Aceita a lição e a prova,
Sofre, luta e faze o bem.
Feliz de quem se renova,
Enquanto a morte não vem.
AMÉRICO FALCÃO
124
Migalha de caridade
Mostra Deus no ser humano;
Pequena gota de mar
Tem o gosto do oceano.
VIVITA CARTIER
125
Na morte todo usurário
Tem a pena em que se humilha:
Os suplícios do inventário,
Nos tormentos da partilha.
VIRGÍLIO BRANDÃO
126
Guerras, incêndios, canhões:
Armas de crentes e ateus.
As letrinhas do alfabeto:
Artilharia de Deus.
JOVINO GUEDES
127
Assembléias, multidões!...
Não te iludas a caminho...
Na alcova do coração,
Cada em vive sozinho.
JÔNATAS BATISTA
128
Ilusão dizer na morte:
Adeus para nunca mais!
Berço – navio afastando...
Sepultura – velho cais...
TEOTÔNIO FREIRE
129
Amor que a morte emudece –
Saudades tristes em bando!...
Quem fica, às vezes esquece.
Quem parte, fica lembrando!...
FRANCISCO OTAVIANO
130
Quem da Ciência duvida,
Decerto tem que aprender,
Quem diz que não há saudade,
Que morra para saber.
DA COSTA E SILVA
131
É triste, mas é verdade:
As nossas grandes feridas
São débitos de outra idade,
Pagamentos de outras vidas.
ARTUR RAGAZZI
132
Não choras!...Felicidade
É fazer feliz alguérm.
Desventura tem dez letras,
Felicidade também.
ANTÔNIO AZEVEDO
133
Descrever o amor nos cèus?
Inútil meu testemunho.
O maior amor que eu tive
Jamais passou de rascunho.
LUÍS PISTARINI
134
Verdade – luz permanente...
Mirante... cimo... alvorada...
Mente humana – vidro fosco
Que a reflete deformada.
PLÍNIO PEREIRA RIBEIRO
135
Mãe, quando a noite afervora
A tua oração no lar,
Teu filho morto, lá fora,
É a brisa querendo entrar.
MEIMEI
136
Um homem que nada faz,
Embora cheio de planos,
É um morto movimentado,
Inda que viva mil anos.
TELES DE MEIRELES
137
Bom conselho vale muito
Se cumprido onde ressoe.
O pastor guia o rebanho,
O passo pertence ao boi.
LOBO DA COSTA
138
Na Terra, a morte é um comboio,
Passagens todos já têm...
O que homem nenhum sabe
É a hora certa do trem.
ANTÔNIO DE CASTRO
139
Muitas paixões desregradas,
Que atormentam vida afora,
Começam com “não te esqueço”
E acabam com “vai-te embora”.
ANÍSIO DE ABREU
140
Ensinamento do bem,
Que não vai a sacrifício,
Recorda a beleza inútil
Do foguete de artifício.
JOVINO GUEDES
141
Quando a ilusão faz morada
Na carne que a desfigura,
Quanta mentira dourada
Na beira da sepultura.
HILDO RANGEL
142
Devemos interpretar
Toda mulher ao relento
Como sendo nossa mãe
Vagando no sofrimento.
VIVITA CARTIER
143
Há duas coisas horrendas,
No fim dos pobres mortais:
A mentira das legendas
E a pompa dos funerais.
FIDÉLIS ALVES
144
Esquece o mal infecundo...
A dor é luz rosicler,
Enquanto bater no mundo
Um coração de mulher.
ANTONIETA SALDANHA
145
Mãe que chora sobre a campa –
Luz que rompe o Grande Véu,
Flor prisioneira do mundo,
Lançando perfume ao Céu.
RUBENS DE SÁ
146
Sonhador atormentado,
Sobre a Terra, mal sabia:
O homem é um mascarado
Que a morte revela um dia.
JOSÉ BARTOLOTA
147
Fácil ver sem grande estudo:
Com requinte disfarçado.
Muito punhal em veludo.
Muito veneno em melado.
LOPES FILHO
148
Na Terra, amores violentos
São leiras de desenganos:
Sorrisos de alguns momentos,
Suplícios de muitos anos.
EUGÊNIO SAVARD
149
Alegria de quem ama:
Luz de paz brilhando em prece.
Quando o amor se vai embora,
No coração anoitece.
MÁRIO DE AZEVEDO
150
Buscas tempo que se agrade
Clamando sofrer em vão,
E, às vezes, felicidade
É o dia de provação.
EUFRÁSIO DE ALMEIDA
Fonte:
Francisco C. Xavier (psicografia). Autores Diversos. Trovadores do Além.
Reprovação no caminho
Tem destes lances extremos:
Condenamos no vizinho
Aquilo que nós não temos.
XAVIER DE CASTRO
102
O mundo será feliz
Quando a mulher, sem receio,
Abrir a porta da casa
Aos órfãos do lar alheio.
IRENE SOUZA PINTO
103
Quem ama somente o rosto
Muito cedo perde a fé.
Alma diverge do corpo
Como o sapato do pé.
MÁRIO DE AZEVEDO
104
Dia dos Mortos? Balela!
Finados? Tontos assuntos!...
Nem flor, nem cinza, nem vela,
Nós todos estamos juntos.
CORNÉLIO PIRES
105
Quem sofre, quem se entedia,
Abrace a enxada do bem.
Caridade é como o Sol:
Nunca deserda a ninguém.
JOSÉ NAVA
106
Não existe reconforto
Que valha o ameno transporte
De rever um amigo morto
No instante de nossa morte...
COLOMBINA
107
O espírito reencarnado,
Quando a mentiras se aferra,
Quando mais fraco mais goza,
Quanto mais goza mais erra.
ANTÔNIO AZEVEDO
108
Ninguém na vida atribua
Pecado ao caminho alheio;
Há muito riso na rua
Que é soluço de passeio.
CHIQUITO DE MORAIS
109
Na luta de mais ruído,
Quem serve e persiste vence-a;
Coração que andas ferido,
Paciência, paciência.
JUVENAL GALENO
110
No Espaço, imenso e vibrante,
Saudade da alma que anseia
Parece canção distante
Em noite de lua cheia.
MACIEL MONTEIRO
111
Mãe entregue à sepultura
Vence trevas e empecilhos,
Para ser paz e brandura
À cabeceira dos filhos.
CELESTE JAGUARIBE
112
Caridade se concebe
Por angélico alvará;
Quem auxilia recebe,
Acreditando que dá.
EUGÊNIO RUBIÃO
113
Na Terra – abismo voraz,
Velho mar de luz e treva,
O berço – é a onda que traz,
A morte – é a onda que leva.
FÔCION CALDAS
114
Para quem ama, decerto
Engano não é desdouro...
Poeira na luz do sol
Parece chuva de ouro
CARLOS CÂMARA
115
Amor – canção que ressoa
No silêncio com que esbarro –
Recorda em cada pessoa
O céu num pote de barro.
ULISSES BEZERRA
116
Mãe que se abraça ao filhinho
Tem tanta luz nos seus traços,
Que lembra a aurora em caminho,
Trazendo o Sol entre os braços.
MARIA CELESTE
117
Faze o bem agora e sempre,
Persevera, persevera...
O mundo? Vida que passa.
A morte? Vida que espera.
LUÍS PISTARINI
118
Natal, quase sempre, é isto:
O luxo que se conforta,
Beijando a imagem do Cristo,
Com medo de vê-lo à porta.
BELMIRO BRAGA
119
Fiscaliza as palavrinhas.
De humilde e pequena brava,
Começa a lavrar o incêndio
Que devora toda a casa.
CASIMIRO BRAGA
120
Ventura – riso que passa
E nunca se identifica.
Saudade – dor que não passa
Daquilo que passa e fica.
DA COSTA E SILVA
121
Quando o corpo desce à campa,
Resíduo largado à treva,
Muita conversa de amor
É palha que o vento leva.
LUCÍDIO FREITAS
122
Toda dor canta vitória
Do bem uno e desigual,
Só não vale a dor inglória
Do mal de fazer o mal.
SEBASTIÃO RIOS
123
Aceita a lição e a prova,
Sofre, luta e faze o bem.
Feliz de quem se renova,
Enquanto a morte não vem.
AMÉRICO FALCÃO
124
Migalha de caridade
Mostra Deus no ser humano;
Pequena gota de mar
Tem o gosto do oceano.
VIVITA CARTIER
125
Na morte todo usurário
Tem a pena em que se humilha:
Os suplícios do inventário,
Nos tormentos da partilha.
VIRGÍLIO BRANDÃO
126
Guerras, incêndios, canhões:
Armas de crentes e ateus.
As letrinhas do alfabeto:
Artilharia de Deus.
JOVINO GUEDES
127
Assembléias, multidões!...
Não te iludas a caminho...
Na alcova do coração,
Cada em vive sozinho.
JÔNATAS BATISTA
128
Ilusão dizer na morte:
Adeus para nunca mais!
Berço – navio afastando...
Sepultura – velho cais...
TEOTÔNIO FREIRE
129
Amor que a morte emudece –
Saudades tristes em bando!...
Quem fica, às vezes esquece.
Quem parte, fica lembrando!...
FRANCISCO OTAVIANO
130
Quem da Ciência duvida,
Decerto tem que aprender,
Quem diz que não há saudade,
Que morra para saber.
DA COSTA E SILVA
131
É triste, mas é verdade:
As nossas grandes feridas
São débitos de outra idade,
Pagamentos de outras vidas.
ARTUR RAGAZZI
132
Não choras!...Felicidade
É fazer feliz alguérm.
Desventura tem dez letras,
Felicidade também.
ANTÔNIO AZEVEDO
133
Descrever o amor nos cèus?
Inútil meu testemunho.
O maior amor que eu tive
Jamais passou de rascunho.
LUÍS PISTARINI
134
Verdade – luz permanente...
Mirante... cimo... alvorada...
Mente humana – vidro fosco
Que a reflete deformada.
PLÍNIO PEREIRA RIBEIRO
135
Mãe, quando a noite afervora
A tua oração no lar,
Teu filho morto, lá fora,
É a brisa querendo entrar.
MEIMEI
136
Um homem que nada faz,
Embora cheio de planos,
É um morto movimentado,
Inda que viva mil anos.
TELES DE MEIRELES
137
Bom conselho vale muito
Se cumprido onde ressoe.
O pastor guia o rebanho,
O passo pertence ao boi.
LOBO DA COSTA
138
Na Terra, a morte é um comboio,
Passagens todos já têm...
O que homem nenhum sabe
É a hora certa do trem.
ANTÔNIO DE CASTRO
139
Muitas paixões desregradas,
Que atormentam vida afora,
Começam com “não te esqueço”
E acabam com “vai-te embora”.
ANÍSIO DE ABREU
140
Ensinamento do bem,
Que não vai a sacrifício,
Recorda a beleza inútil
Do foguete de artifício.
JOVINO GUEDES
141
Quando a ilusão faz morada
Na carne que a desfigura,
Quanta mentira dourada
Na beira da sepultura.
HILDO RANGEL
142
Devemos interpretar
Toda mulher ao relento
Como sendo nossa mãe
Vagando no sofrimento.
VIVITA CARTIER
143
Há duas coisas horrendas,
No fim dos pobres mortais:
A mentira das legendas
E a pompa dos funerais.
FIDÉLIS ALVES
144
Esquece o mal infecundo...
A dor é luz rosicler,
Enquanto bater no mundo
Um coração de mulher.
ANTONIETA SALDANHA
145
Mãe que chora sobre a campa –
Luz que rompe o Grande Véu,
Flor prisioneira do mundo,
Lançando perfume ao Céu.
RUBENS DE SÁ
146
Sonhador atormentado,
Sobre a Terra, mal sabia:
O homem é um mascarado
Que a morte revela um dia.
JOSÉ BARTOLOTA
147
Fácil ver sem grande estudo:
Com requinte disfarçado.
Muito punhal em veludo.
Muito veneno em melado.
LOPES FILHO
148
Na Terra, amores violentos
São leiras de desenganos:
Sorrisos de alguns momentos,
Suplícios de muitos anos.
EUGÊNIO SAVARD
149
Alegria de quem ama:
Luz de paz brilhando em prece.
Quando o amor se vai embora,
No coração anoitece.
MÁRIO DE AZEVEDO
150
Buscas tempo que se agrade
Clamando sofrer em vão,
E, às vezes, felicidade
É o dia de provação.
EUFRÁSIO DE ALMEIDA
Fonte:
Francisco C. Xavier (psicografia). Autores Diversos. Trovadores do Além.
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