CASCAVEL
Origem do Nome da Cidade
Conta a lenda que o nome Cascavel surgiu por causa de um grupo de colonos. Estes, ao pernoitarem na região, foram acordados pelo ruído de um ninho de cobras cascavéis. Assustados, os colonos levantaram acampamento na mesma hora. A notícia se espalhou e o local ficou conhecido como “de cascavéis”, ou “cascavel”, simplesmente.
Apesar de popularizado, o nome chegou a ser modificado, por influência do clero, dada o simbolismo da cobra na bíblia. O esforço foi inútil, pois Joaquim Silveira de Oliveira, conhecido como Nhã Jeca, um dos pioneiros, não aceitou na época esta interferência vinda do clero de Foz do Iguaçu, já sonhando com a emancipação de Cascavel.
CORONEL VIVIDA
Origem do Nome da Cidade
A princípio, o nome do município era para ser Pouso Alegre. Mas o nome de Coronel Vivida deu-se em razão do apelido de uma ilustre personalidade do município de Palmas, chamado Coronel Firmino Teixeira Batista.
O Coronel Firmino era chamado de “Coronel Vivida”, pois conta a história que sempre fazia uso da expressão “que vida!” No entanto, o coronel era gago, de modo que toda vez que ia pronunciar a expressão “que vida!”, acabava falando “que vivida!”
Origem do nome da novela Cavalo de Aço
Em razão da grilagem de pinheiros, que existiam em grande quantidade na região, mais propriamente em Coronel Vivida. Os grileiros se referiam às motoserras usadas no corte dos pinheiros como “cavalo de aço”. O tema central na trama da novela Cavalo de Aço, produzida e exibida pela TV Globo, foi dos grileiros derrubando as matas de pinheiros, com cenas gravadas no município. A tomada dos primeiros capítulos foram feitas na Mata de Pinheiros que ficava no terreno da família Schiavini.
O nome de Coronel Vivida foi citado no início da novela, como o local da trama; mas depois eles passaram a chamar de Coronel Viveiros e finalizaram as gravações da novela na região de São Paulo e Rio de Janeiro. Só que nesses locais eles derrubavam nas cenas matas de eucaliptos.
CRUZEIRO DO IGUAÇU
Lenda do Miserável
A ocupação efetiva da região do sudoeste, que fez parte do Território do Iguaçu, e está dentro da faixa de fronteira, começou com os primeiros posseiros na década de 1930. Em 1936, chega à região do sudoeste a família de Atanásio da Cruz Pires, proveniente do sul, fixando residência às margens dos rios Iguaçu e Chopim, hoje Foz do Chopim, município de Cruzeiro do Iguaçu.
Para o sustento da família, Atanásio utilizava-se do que a natureza oferecia em abundância, numa região coberta de mata nativa: a caça e a pesca. O couro dos animais era comercializado e a carne que não era consumida, jogada fora. Com isso, Atanásio ia conhecendo o território e a ele atribuindo suas nomeações históricas, hoje lendárias.
Numa época de muita chuva, Atanásio, acompanhado por seus filhos, seguia pela costa do rio Chopim, até a barra do Divisor, atual Rio Cruzeiro. Naquele local permaneceram por vários dias acampados sem pegar caça e pesca alguma. A chuva era torrencial e constante. Acabando o estoque de alimento e a fome aumentando, Atanásio acabou matando uma das suas cachorras de caça para se alimentar.
Nessa passagem, o velho disse aos seus filhos:
– Esse local é tão miserável que nem caça e pesca dá! A partir de hoje, matamos somente a caça que podemos comer”
Seu Atanásio considerou esse episódio um castigo, pois num dado momento haviam matado doze antas e jogado a carne ao rio. Em razão desses acontecimentos o local passou a dominar-se rio Miserável; mais tarde, deu a origem ao “Povoado Miserável”, hoje Cruzeiro do Iguaçu.
DOIS VIZINHOS
Origem do Nome da Cidade
Existem duas versões, na primeira delas se relata que os primeiros habitantes eram apenas dois moradores, que tinham suas casas próximas ao rio; estando elas localizadas uma em cada margem.
Por causa disso, passaram a chamar o local, tendo isso como referência. Dizia-se “...vamos nos encontrar lá onde tem dois moradores à beira do rio...”. Que então passaram a chamar o rio de rio Dois Vizinhos e com o povoamento, conseqüentemente, passou a denominar-se Dois Vizinhos.
A segunda versão diz que o nome de Dois Vizinhos se originou porque neste local havia dois rios, que se encontravam formando um só. Os caçadores que faziam o uso da canoa para seus transportes, sempre combinavam: “...vamos nos encontrar lá onde os rios se encontram... o rio Dois Vizinhos...”. E marcavam entre si seus encontros, exatamente onde ocorria a bifurcação dos rios. Então pernoitavam e planejavam suas caçadas.
Como conseqüência disso, o rio foi denominado Dois Vizinhos e, posteriormente, com o desenvolvimento do local e com a vinda de outros moradores o pequeno povoado passou a denominar-se Dois Vizinhos.
GENERAL CARNEIRO
O Passo do Inferno
Este relato nos faz voltar em meados do ano de 1890, entre as localidades do Iratim e Marco Quatro, hoje denominada Estrada Velha. Naquela época essa região era o corredor de passagem dos tropeiros. Neste local havia um riacho pequeno, chamado na época de Passo por possibilitar a travessia dos animais.
O local, porém, transformava-se num grande atoleiro durante a passagem das tropas. Como conseqüência, os tropeiros sofriam um enorme desgaste físico na tentativa de salvar os animais, que acabavam encalhando. Muitas vezes, os tropeiros não tinham sucesso na travessia de todos os animais, por este motivo deram o nome ao local de Passo do Inferno.
Conta-se que um fazendeiro, neste mesmo ano, ao retornar de São Paulo, após efetuar a venda da sua boiada, trazia sobre o lombo dos animais uma considerável quantia de moedas de ouro e prata, avolumadas em bruacas. Nas proximidades do Passo do Inferno teve a impressão de estar sendo seguido por homens estranhos. Com medo de um assalto, resolveu pernoitar nos arredores. Antes, no entanto, enterrou o tesouro no mato. Ele, como temia, foi assaltado. Por não portar nenhum valor em moedas foi morto pelos malfeitores.
Após esse acontecimento, cidadãos que por ali passavam avistavam vultos estranhos. Muitos tentaram encontrar o dinheiro enterrado pelo fazendeiro, porém nunca se ouviu falar que alguém tenha encontrado alguma coisa. Mas, as bruacas com as moedas de ouro e prata continuam enterradas lá. No Passo do Inferno.
Fonte:
Renato Augusto Carneiro Jr. (coordenador). Lendas e Contos Populares do Paraná. 21. ed. Curitiba : Secretaria de Estado da Cultura , 2005. (Cadernos Paraná da Gente 3).
Para o sustento da família, Atanásio utilizava-se do que a natureza oferecia em abundância, numa região coberta de mata nativa: a caça e a pesca. O couro dos animais era comercializado e a carne que não era consumida, jogada fora. Com isso, Atanásio ia conhecendo o território e a ele atribuindo suas nomeações históricas, hoje lendárias.
Numa época de muita chuva, Atanásio, acompanhado por seus filhos, seguia pela costa do rio Chopim, até a barra do Divisor, atual Rio Cruzeiro. Naquele local permaneceram por vários dias acampados sem pegar caça e pesca alguma. A chuva era torrencial e constante. Acabando o estoque de alimento e a fome aumentando, Atanásio acabou matando uma das suas cachorras de caça para se alimentar.
Nessa passagem, o velho disse aos seus filhos:
– Esse local é tão miserável que nem caça e pesca dá! A partir de hoje, matamos somente a caça que podemos comer”
Seu Atanásio considerou esse episódio um castigo, pois num dado momento haviam matado doze antas e jogado a carne ao rio. Em razão desses acontecimentos o local passou a dominar-se rio Miserável; mais tarde, deu a origem ao “Povoado Miserável”, hoje Cruzeiro do Iguaçu.
DOIS VIZINHOS
Origem do Nome da Cidade
Existem duas versões, na primeira delas se relata que os primeiros habitantes eram apenas dois moradores, que tinham suas casas próximas ao rio; estando elas localizadas uma em cada margem.
Por causa disso, passaram a chamar o local, tendo isso como referência. Dizia-se “...vamos nos encontrar lá onde tem dois moradores à beira do rio...”. Que então passaram a chamar o rio de rio Dois Vizinhos e com o povoamento, conseqüentemente, passou a denominar-se Dois Vizinhos.
A segunda versão diz que o nome de Dois Vizinhos se originou porque neste local havia dois rios, que se encontravam formando um só. Os caçadores que faziam o uso da canoa para seus transportes, sempre combinavam: “...vamos nos encontrar lá onde os rios se encontram... o rio Dois Vizinhos...”. E marcavam entre si seus encontros, exatamente onde ocorria a bifurcação dos rios. Então pernoitavam e planejavam suas caçadas.
Como conseqüência disso, o rio foi denominado Dois Vizinhos e, posteriormente, com o desenvolvimento do local e com a vinda de outros moradores o pequeno povoado passou a denominar-se Dois Vizinhos.
GENERAL CARNEIRO
O Passo do Inferno
Este relato nos faz voltar em meados do ano de 1890, entre as localidades do Iratim e Marco Quatro, hoje denominada Estrada Velha. Naquela época essa região era o corredor de passagem dos tropeiros. Neste local havia um riacho pequeno, chamado na época de Passo por possibilitar a travessia dos animais.
O local, porém, transformava-se num grande atoleiro durante a passagem das tropas. Como conseqüência, os tropeiros sofriam um enorme desgaste físico na tentativa de salvar os animais, que acabavam encalhando. Muitas vezes, os tropeiros não tinham sucesso na travessia de todos os animais, por este motivo deram o nome ao local de Passo do Inferno.
Conta-se que um fazendeiro, neste mesmo ano, ao retornar de São Paulo, após efetuar a venda da sua boiada, trazia sobre o lombo dos animais uma considerável quantia de moedas de ouro e prata, avolumadas em bruacas. Nas proximidades do Passo do Inferno teve a impressão de estar sendo seguido por homens estranhos. Com medo de um assalto, resolveu pernoitar nos arredores. Antes, no entanto, enterrou o tesouro no mato. Ele, como temia, foi assaltado. Por não portar nenhum valor em moedas foi morto pelos malfeitores.
Após esse acontecimento, cidadãos que por ali passavam avistavam vultos estranhos. Muitos tentaram encontrar o dinheiro enterrado pelo fazendeiro, porém nunca se ouviu falar que alguém tenha encontrado alguma coisa. Mas, as bruacas com as moedas de ouro e prata continuam enterradas lá. No Passo do Inferno.
Fonte:
Renato Augusto Carneiro Jr. (coordenador). Lendas e Contos Populares do Paraná. 21. ed. Curitiba : Secretaria de Estado da Cultura , 2005. (Cadernos Paraná da Gente 3).
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