Era um jurista dos cimos,
Lutando contra ladrões,
E morreu, legando aos primos
Quinhentos e dez milhões.
O homem tinha a sala escrava
De livros, do piso ao teto,
Depois, viu, no Além, que estava
No princípio do alfabeto.
Assinara noutra data
Leis cruéis, decretos vãos...
Mas na vida imediata
O pobre nasceu sem mãos.
Dizia beber um pouco
Por remédio e benefício...
Terminou, violento e louco,
Nas grades de velho hospício.
“Nada tenho para dar” –
Gemia a velha em tipóias,
No entanto, ao desencarnar,
Saiu dum colchão de jóias.
--
Lutando contra ladrões,
E morreu, legando aos primos
Quinhentos e dez milhões.
O homem tinha a sala escrava
De livros, do piso ao teto,
Depois, viu, no Além, que estava
No princípio do alfabeto.
Assinara noutra data
Leis cruéis, decretos vãos...
Mas na vida imediata
O pobre nasceu sem mãos.
Dizia beber um pouco
Por remédio e benefício...
Terminou, violento e louco,
Nas grades de velho hospício.
“Nada tenho para dar” –
Gemia a velha em tipóias,
No entanto, ao desencarnar,
Saiu dum colchão de jóias.
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Fonte:
Francisco Cândido Xavier (psicografia). “Trovas Do Outro Mundo”. Digitado Por: Lúcia Aydir
Francisco Cândido Xavier (psicografia). “Trovas Do Outro Mundo”. Digitado Por: Lúcia Aydir
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