domingo, 8 de janeiro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 446)


Uma Trova de Ademar

Versos já fiz - não sei quantos -
relembrando a mocidade...
Hoje servem de acalantos
para ninar a saudade.
–ADEMAR MACEDO/RN–

Uma Trova Nacional


Contemplo o céu para vê-las
com um respeito profundo,
pois na raiz das estrelas
eu vejo o dono do mundo.
–RODOLPHO ABUDD/RJ–

Uma Trova Potiguar

Desperto e fico tristonho,
é triste o meu despertar,
ver acabado o meu sonho
antes do sonho acabar!
–PROF. GARCIA/RN–

...E Suas Trovas Ficaram


Voltas mais calmo... Vens triste...
E te juro amor infindo...
Foi mentindo que partiste,
e eu te recebo... Mentindo!...
–NYDIA IAGGI MARTINS/RJ–

Uma Trova Premiada

2011 - Niterói/RJ
Tema: MEMÓRIA - M/H


Pode ir embora, querida...
Que eu guardo a dor compulsória
de ter que arrancar da vida
quem tatuei na memória...
–MANOEL CAVALCANTE/RN–

Simplesmente Poesia

A Flor do Altar da Virgem
–THALMA TAVARES/SP–


Maria mais me encantava
quando aos cabelos prendia
a flor que eu sempre roubava
do altar da Virgem Maria.

E a Virgem sempre me olhava
com olhar de simpatia.
Penso até que perdoava
o meu gesto de ousadia.

Talvez tivesse entendido
que esse meu ato atrevido
era um gesto de ternura.

E ao dar a flor à Maria
eu juro que me sentia
enfeitando a formosura!

Estrofe do Dia

Se a saudade soubesse como estou
não faria tamanha ingratidão,
pediria ao meu pobre coração
mil desculpas por tudo que causou;
um estrago em meu peito ela deixou
que remédio nenhum faz mais efeito,
pra curar está dor não achei jeito
que a lembrança por dentro me corrói;
se a saudade soubesse o quanto dói
não faria comigo o que tem feito.
–JÚNIOR ADELINO/PB–

Soneto do Dia

Velho Órfão
–JOSÉ ANTONIO JACOB/MG–


Desde cedo esperei o que não vinha
E a minha vida foi perdendo o prazo:
Fui vendo a minha sombra mais sozinha
E o meu destino cada vez mais raso.

E, enquanto, andei do quarto até a cozinha,
Pesou-me os passos, e causou-me atraso,
Desfolharam-se os dias na folhinha
E o tempo foi morrendo em meu ocaso.

Súbitos longos anos tão estreitos,
Sinto vê-los perdidos sem proveitos,
E sem proveitos não me presto mais...

Eu sou aquele velho desolado,
Que vive a andar atrás do seu passado,
Como a criança órfã que procura os pais.
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