CURVA DO CAMINHO
Eis-me chegando à curva do caminho,
onde vejo os escombros do passado:
a casa em que nasci, cresci, malgrado
o quarto de dormir em desalinho.
Não me faltou, porém, muito carinho
vivendo no Sertão injustiçado,
onde o “mandante” sempre desalmado
faz o povo sofrer, no Pelourinho...
No entanto, a vida é bela e deslumbrante,
mesmo que a estrada se apresente escura
sempre brilha uma luz ao viajante...
... E quando eu me tornar uma saudade,
minha alma esquecerá a desventura
para cantar, em verso, a Eternidade!
* * * * * * * * * * * * * * * *
ELOGIO AO AMOR
Neste caminho eu sigo contemplando
a Natureza exuberante e bela,
passarinhos nos ramos saltitando
entoando canções em aquarela.
Aonde quer que eu vá, eu vou cantando
a pureza do amor, pintado em tela,
que Deus o produziu, por certo amando,
para mostrar ao mundo, em passarela...
O amor? Triste de quem não tem amor,
nem sentiu nesta vida alguma dor,
nem teve uma saudade a recordar?
Pois o amor é um sublime sentimento
que ferve, vibra e invade o pensamento,
e nos leva ao delírio para amar!
* * * * * * * * * * * * * * * *
IPUPIARA
Feliz é quem trilhou estes caminhos
que levam à vibrante Ipupiara,
ouvindo o som de belos passarinhos
numa paisagem deslumbrante e rara.
Ibipetum, Pintada e outros vizinhos
Sodrelândia, Vanique e Caiçara,
Chiquita, Bela Sombra com seus ninhos,
Brejões, Coxim que muito me ensinara.
Jamais vou esquecer... O Olho d´Aguinha,
Veríssimo, Barreiro e até Matinha,
Deus me Livre, Umbaúba e Boa Vista.
Felicidade, então, é ter nascido
e neste berço um dia ter vivido
com gente hospitaleira e idealista!
* * * * * * * * * * * * * * * *
RESSURREIÇÃO
Já não lamento o fim daquele sonho
que o tempo, impiedoso, me levou.
- Venturas e alegrias – pressuponho
tombaram pelo chão, nada sobrou.
Por que sofrer, chorar, viver tristonho?
Se o vendaval que assusta já passou?
Reconstruir é tudo o que me imponho
e gritar para o mundo: aqui estou.
Tal como a fênix ressurgir da morte
e as cinzas sacudir buscando a sorte,
embora os olhos marejados d´água.
Meus versos jorrarão como uma fonte
fervilhando de amor vencendo a ponte,
mesmo cobertos de saudade e mágoa!
* * * * * * * * * * * * * * * *
REVISITANDO A INFÂNCIA
Refaço, de memória, a longa estrada,
caminhos que trilhei desde menino.
De manhã cedo, ainda na alvorada,
eu preparava a terra, meu destino.
Tempos depois, aposentei a enxada,
para estudar, no chão diamantino.
A vida era feliz lá na Chapada,
quando brilhava a luz do sol, a pino...
Tudo passou, bem sei, tão de repente,
meu coração, parece, anda descrente
e o sentimento, quantas vezes, trunca...
Hoje, guardo no peito, com cuidado,
lembranças que marcaram meu passado
e uma saudade que não passa nunca...
Fonte:
Blog do Filemon - http://filemon-martins.blogspot.com/
Eis-me chegando à curva do caminho,
onde vejo os escombros do passado:
a casa em que nasci, cresci, malgrado
o quarto de dormir em desalinho.
Não me faltou, porém, muito carinho
vivendo no Sertão injustiçado,
onde o “mandante” sempre desalmado
faz o povo sofrer, no Pelourinho...
No entanto, a vida é bela e deslumbrante,
mesmo que a estrada se apresente escura
sempre brilha uma luz ao viajante...
... E quando eu me tornar uma saudade,
minha alma esquecerá a desventura
para cantar, em verso, a Eternidade!
* * * * * * * * * * * * * * * *
ELOGIO AO AMOR
Neste caminho eu sigo contemplando
a Natureza exuberante e bela,
passarinhos nos ramos saltitando
entoando canções em aquarela.
Aonde quer que eu vá, eu vou cantando
a pureza do amor, pintado em tela,
que Deus o produziu, por certo amando,
para mostrar ao mundo, em passarela...
O amor? Triste de quem não tem amor,
nem sentiu nesta vida alguma dor,
nem teve uma saudade a recordar?
Pois o amor é um sublime sentimento
que ferve, vibra e invade o pensamento,
e nos leva ao delírio para amar!
* * * * * * * * * * * * * * * *
IPUPIARA
Feliz é quem trilhou estes caminhos
que levam à vibrante Ipupiara,
ouvindo o som de belos passarinhos
numa paisagem deslumbrante e rara.
Ibipetum, Pintada e outros vizinhos
Sodrelândia, Vanique e Caiçara,
Chiquita, Bela Sombra com seus ninhos,
Brejões, Coxim que muito me ensinara.
Jamais vou esquecer... O Olho d´Aguinha,
Veríssimo, Barreiro e até Matinha,
Deus me Livre, Umbaúba e Boa Vista.
Felicidade, então, é ter nascido
e neste berço um dia ter vivido
com gente hospitaleira e idealista!
* * * * * * * * * * * * * * * *
RESSURREIÇÃO
Já não lamento o fim daquele sonho
que o tempo, impiedoso, me levou.
- Venturas e alegrias – pressuponho
tombaram pelo chão, nada sobrou.
Por que sofrer, chorar, viver tristonho?
Se o vendaval que assusta já passou?
Reconstruir é tudo o que me imponho
e gritar para o mundo: aqui estou.
Tal como a fênix ressurgir da morte
e as cinzas sacudir buscando a sorte,
embora os olhos marejados d´água.
Meus versos jorrarão como uma fonte
fervilhando de amor vencendo a ponte,
mesmo cobertos de saudade e mágoa!
* * * * * * * * * * * * * * * *
REVISITANDO A INFÂNCIA
Refaço, de memória, a longa estrada,
caminhos que trilhei desde menino.
De manhã cedo, ainda na alvorada,
eu preparava a terra, meu destino.
Tempos depois, aposentei a enxada,
para estudar, no chão diamantino.
A vida era feliz lá na Chapada,
quando brilhava a luz do sol, a pino...
Tudo passou, bem sei, tão de repente,
meu coração, parece, anda descrente
e o sentimento, quantas vezes, trunca...
Hoje, guardo no peito, com cuidado,
lembranças que marcaram meu passado
e uma saudade que não passa nunca...
Fonte:
Blog do Filemon - http://filemon-martins.blogspot.com/
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