terça-feira, 17 de agosto de 2021

Silmar Böhrer (Croniquinha) – 30 –

A manhã nasceu trazendo o alarido dos ventos, cantando e zunindo nas copas das árvores e nas frinchas das habitações. Nuvens com jeito cabuloso envolveram a tarde, invadindo o anoitecer.

Previsões disseram que ventanias seguiriam noite a dentro. E seguiram. E barulharam. E bagunçaram com danos e prejuízos os antigos carrascais do Contestado.

Por volta da meia-noite raios, trovoadas, vendavais, assolaram a região, tendo o acréscimo do tornado que varreu os caminhos de São João de Campos Novos. O barulho, o medo, a ruína, vararam a madrugada assustando os viventes. No amanhecer, os danos que nunca esperamos - estragos, malefícios, o descalabro.

Manhãzinha. E o silêncio como se fosse em reverência... Nenhuma ave canora, nem o bulício do vento, estradas desertas.

E a pandemia (pandemônio) se transformou em caos nas planícies e serranias, nos caminhos e nas encruzilhadas do planalto catarinense.

Fonte:
Texto enviado pelo autor.

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