Ser pai é ser exemplo. Não de perfeição, mas de amor e de coragem.
Se
eu pudesse dividir um presente com a humanidade... Bem, seriam, na
verdade, alguns dos quais Deus me presenteou. Mas hoje, eu escolheria
dividir meu pai.
Se eu teria ciúmes? Não. Eu não teria. Pois
acredito que todas as pessoas precisam de um pai como o meu. Não quero
com isso fazer pouco caso de milhares de outros pais, que também são
maravilhosos. Acontece, gente, que o meu pai, Sr. Roberto Teixeira, o
"famoso" personagem da minha historinha infantil - Betão: o Super Herói.
Obra
especialmente criada em homenagem a ele, o cara mais trabalhador e
honesto que conheci na vida. É, de fato, especial demais. Betão, como é
conhecido por muitos, ou Teixeirinha, como é chamado por outros, já
passou por diversas dificuldades. Inclusive pelo preconceito de ser
honesto. É isso mesmo, por vezes, as pessoas que não conseguem se dar
bem na vida às custas de oportunidades ilícitas, são rotuladas como
"bobas", "fracas"...
E isso me faz lembrar aquela célebre frase
de Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as maldades; de tanto ver
prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver
agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a
desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser
honesto.”
Acho que esse famoso trecho de uma longa fala de Rui
Barbosa é o que mais se encaixa ao perfil do meu querido pai. Como
construtor, já fez a casa de muita gente, tanto aqui em Cachoeira do Sul
quanto em outras cidades. E pode ter coisa mais bonita do que construir
moradia, abrigo, onde famílias se formam e se aconchegam?
Cresci
vendo meu velho pai sair de casa para trabalhar, antes do dia raiar.
Sofrer diversos acidentes em seus múltiplos trabalhos: perfurar a mão,
cair do telhado, levantar e seguir trabalhando como se fosse um homem de
ferro, inquebrável!
Em tempos mais difíceis, até saía sem tomar
café da manhã, mas por seus filhos, ele batalhava, pois não podia deixar
seus pequenos irem para a cama sem alimentação. Apesar das dificuldades
todas, sempre foi uma pessoa acessível, amigável. E o mais incrível de
tudo, nunca deixou de estender a mão a quem precisa, especialmente para
aqueles que tanto lhe acusavam de fraqueza. E, mesmo agora, já velho,
ele continua assim: forte e ao mesmo tempo doce, sem amarguras. Ainda
não recebeu da vida nem a metade do que é de seu merecimento. Mas sei
que ainda há tempo.
Pai, eu não tenho a metade de suas virtudes,
mas essa minha tão mencionada sensibilidade, eu herdei do senhor...
Obrigada por tudo.
TE AMO! Um feliz mês dos papais!!!
Fonte:
Texto enviado pela autora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário