SONETO A LAURINDO RABELO
– In Memoriam –
Nascimento do poeta em 8.7.1826 - . –
Foi poeta... sofreu e fez seus versos,
clamando que seriam ais sentidos,
pois quanto mais tristonhos, mais perversos,
representando corações partidos...
Mas sua obra é vasta e os dias idos
na existência de sonhos tão dispersos,
lamentou como se fossem perdidos
os cantos que compôs, os mais diversos...
E no soneto “O Tempo” põe sua alma
arrependida de gastá-lo em vão,
tal como se fosse perder a calma.
Um conselho final então dos diz:
de não desperdiçarmos, sem razão,
o tempo em que se pode ser feliz...
SONETO PARA JAYME CAETANO BRAUN
– In Memoriam –
Jayme Caetano Braun, o inimitável poeta gauchesco e pajador, falecido há 12 anos, ou seja, em 8 de julho de 1999, aos 75 anos de idade.
Jayme Caetano Braun quando tu cantas,
eu me quedo silente a te escutar;
em teus poemas de belezas tantas,
encontro o Rio Grande a me falar.
Não posso compreender quem não encantas
no teu nobre e gauchesco linguajar;
sobre as coxilhas quando te levantas
eu vejo um farroupilha em teu lugar.
Primoroso cantor, valente e forte,
sem temor de lutar, de altivo porte
tal qual o lutador galo de rinha
que morre de tortura e não se entrega
e aguenta firme a ríspida refrega,
pois morre sem deixar dobrar a espinha.
SONETO A ARTHUR AZEVEDO
– In Memoriam –
Nascimento do escritor em 7.7.1855
Foi dramaturgo, poeta e contista,
com “Arrufos”, um soneto forte,
após desentender-se com a consorte,
fez uns ares de quem do amor desista...
Toma o chapéu e sai, sem que suporte,
fingir que não mais ama e se contrista,
mas algo o faz voltar e então persista
a manter a paixão até a morte...
Assim são os amores verdadeiros,
ao menos na aparência dos amantes,
que às vezes têm questiúnculas por nada...
E quando voltam ficam companheiros
para viverem todos os instantes,
seguindo adiante pela mesma estrada...
SONETO A SÃO FRANCISCO DE ASSIS
– Nascimento em 5 de julho de 1182 -
Quero ao “O Pobre de Deus” render meu preito
de gratidão por suas orações;
quando pregava às aves, com efeito,
ele atingia a todos os corações...
“Padroeiro dos Trovadores”, aceito
e venerado pelas multidões,
seu nome São Francisco tem conceito,
e nos consola em horas de aflições...
Pregou a paz entre os irmãos e santo
permanece p´ra sempre no seu canto
de amor sublime a todas as criaturas...
Hoje, no dia do seu nascimento,
que sua bênção traga um sentimento
de concórdia, de luz e de ternuras...
SONETO A ERNEST HEMINGWAY
– In Memoriam –
Morte do escritor em 2.7.1961
Lembra-me “Adeus às armas”, um romance
que li mais de uma vez, pois foi chocante
a emoção que senti naquele lance:
Catherine despede-se do amante...
Henry, desesperado, vive o instante,
e reza para um Deus, sentindo o transe
que o acomete, e não está confiante
que faça qualquer coisa ao seu alcance...
Um trágico final a um grande amor
em que Ernest Hemingway desenvolveu
a efemeridade da vida e a dor...
Com certeza, não há maior tortura
do que aquela em que ele descreveu
a passagem da amada criatura...
– In Memoriam –
Nascimento do poeta em 8.7.1826 - . –
Foi poeta... sofreu e fez seus versos,
clamando que seriam ais sentidos,
pois quanto mais tristonhos, mais perversos,
representando corações partidos...
Mas sua obra é vasta e os dias idos
na existência de sonhos tão dispersos,
lamentou como se fossem perdidos
os cantos que compôs, os mais diversos...
E no soneto “O Tempo” põe sua alma
arrependida de gastá-lo em vão,
tal como se fosse perder a calma.
Um conselho final então dos diz:
de não desperdiçarmos, sem razão,
o tempo em que se pode ser feliz...
SONETO PARA JAYME CAETANO BRAUN
– In Memoriam –
Jayme Caetano Braun, o inimitável poeta gauchesco e pajador, falecido há 12 anos, ou seja, em 8 de julho de 1999, aos 75 anos de idade.
Jayme Caetano Braun quando tu cantas,
eu me quedo silente a te escutar;
em teus poemas de belezas tantas,
encontro o Rio Grande a me falar.
Não posso compreender quem não encantas
no teu nobre e gauchesco linguajar;
sobre as coxilhas quando te levantas
eu vejo um farroupilha em teu lugar.
Primoroso cantor, valente e forte,
sem temor de lutar, de altivo porte
tal qual o lutador galo de rinha
que morre de tortura e não se entrega
e aguenta firme a ríspida refrega,
pois morre sem deixar dobrar a espinha.
SONETO A ARTHUR AZEVEDO
– In Memoriam –
Nascimento do escritor em 7.7.1855
Foi dramaturgo, poeta e contista,
com “Arrufos”, um soneto forte,
após desentender-se com a consorte,
fez uns ares de quem do amor desista...
Toma o chapéu e sai, sem que suporte,
fingir que não mais ama e se contrista,
mas algo o faz voltar e então persista
a manter a paixão até a morte...
Assim são os amores verdadeiros,
ao menos na aparência dos amantes,
que às vezes têm questiúnculas por nada...
E quando voltam ficam companheiros
para viverem todos os instantes,
seguindo adiante pela mesma estrada...
SONETO A SÃO FRANCISCO DE ASSIS
– Nascimento em 5 de julho de 1182 -
Quero ao “O Pobre de Deus” render meu preito
de gratidão por suas orações;
quando pregava às aves, com efeito,
ele atingia a todos os corações...
“Padroeiro dos Trovadores”, aceito
e venerado pelas multidões,
seu nome São Francisco tem conceito,
e nos consola em horas de aflições...
Pregou a paz entre os irmãos e santo
permanece p´ra sempre no seu canto
de amor sublime a todas as criaturas...
Hoje, no dia do seu nascimento,
que sua bênção traga um sentimento
de concórdia, de luz e de ternuras...
SONETO A ERNEST HEMINGWAY
– In Memoriam –
Morte do escritor em 2.7.1961
Lembra-me “Adeus às armas”, um romance
que li mais de uma vez, pois foi chocante
a emoção que senti naquele lance:
Catherine despede-se do amante...
Henry, desesperado, vive o instante,
e reza para um Deus, sentindo o transe
que o acomete, e não está confiante
que faça qualquer coisa ao seu alcance...
Um trágico final a um grande amor
em que Ernest Hemingway desenvolveu
a efemeridade da vida e a dor...
Com certeza, não há maior tortura
do que aquela em que ele descreveu
a passagem da amada criatura...
Fonte:
Sonetos enviados pelo autor
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