segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ialmar Pio Schneider (Soneto para Guilherme de Almeida)

Guilherme de Almeida, retrato
por Dimitri Ismailovitch
– homenagem póstuma – falecimento em 11.07.1969

Dos poetas maiores que conheço,
um deles despertou-me alta emoção,
sua poesia trouxe-me o começo
para amar a saudade e a solidão...

Cantou que neste mundo de ilusão,
têm horas de prazer e de tropeço,
falando da fumaça e do carvão,
nos versos simples que jamais esqueço...

Também foi príncipe dos menestréis,
respeitado por todos seus fiéis
leitores dos poemas preferidos;

ó Guilherme de Almeida, nobre vate,
que aceitando reunir, num arremate,
nos brindou com “Meus Versos mais Queridos”!

Fonte:
Soneto enviado pelo autor

Um comentário:

ialmar pio disse...

SONETO

Ialmar Pio Schneider

Um dia ela passou em minha vida
e me disse a sorrir: - Triste poeta,
por que fazes dos versos tua lida?
O que tua alma tanto desinquieta?

Eu vi que era uma musa preferida
que me fez esta pergunta indiscreta,
e no instante ficou sendo a escolhida
para viver no sonho que me inquieta...

Entretanto, depois de tudo isso,
não tive a glória de viver com ela,
quem sabe, por ter sido tão remisso

de não acreditar ter vindo dela
a frase que me disse e que o feitiço
que me fez foi de uma sereia bela !...

Porto Alegre – RS, 11 de julho de 2011,
às 10h15min. – Tristeza.