domingo, 9 de outubro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 359)


Uma Trova Nacional

A distância, achando meios
para unir nossas metades,
somou nossos devaneios
e dividiu as saudades!...
–MARIA NASCIMENTO/RJ–

Uma Trova Potiguar


Nesta longa caminhada
que fazemos sempre a sós...
Nem o silêncio da estrada
quebra o silêncio entre nós!
–PROF. GARCIA/RN–

Uma Trova Premiada

2010 - Curitiba/PR
Tema: MADRUGADA - M/E


Na incerteza da jornada
que a vida me faz seguir,
nem mesmo de madrugada
vejo a saudade dormir!
–ELEN DE NOVAIS FELIX/RJ–

Uma Trova de Ademar

Esses meus versos doridos,
o amor, a fé, tudo enfim;
são retratos coloridos
que eu mesmo tirei de mim...
–ADEMAR MACEDO/RN–

.
..E Suas Trovas Ficaram

Quem nunca se desespera
nem pedras atira a esmo
vivendo em busca sincera
encontra a paz em si mesmo!
–ALBERTO FERNANDO BASTOS/RJ–

Simplesmente Poesia

Deus
–CASIMIRO DE ABREU/RJ–


Eu me lembro! eu me lembro! - era pequeno
e brincava na praia; o mar bramia,
e, erguendo o dorso altivo, sacudia,
a branca espuma para o céu sereno.

E eu disse a minha mãe nesse momento:
"que dura orquestra! que furor insano!
que pode haver maior do que o oceano
ou que seja mais forte do que o vento?"

Minha mãe a sorrir, olhou pros céus
e respondeu: - um ser que nós não vemos,
é maior do que o mar que nós tememos,
mais forte que o tufão, meu filho, é Deus.

Estrofe do Dia

Este é um capítulo da história
pelo tempo contada e definida,
um resgate da dívida compulsória
que há tempos atrás foi contraída;
conta estúpida, perversa e esquisita
que com juros o mundo deposita
nos extratos da vida da pessoa;
é um débito guardado em seus arquivos,
no caderno dos saldos negativos
que o gerente do tempo não perdoa.
–Diniz Vitorino/PB–

Soneto do Dia

O Cristo de Marfim
–ANTERO BLOEM/SP–


Quando depões sobre o teu Cristo amado,
- esse Cristo que pende de teu peito,
ungido de ternura e de respeito -
um beijo de teu lábio imaculado,

eu, sacrílego, sinto-me levado
- ou seja por inveja, ou por despeito -
a arrebatar o Cristo de teu peito
e em teu peito morrer crucificado.

Mas, quando vejo, do teu lábio crente,
cair sobre o Jesus a prece ardente,
talvez por nosso amor, talvez por mim,

ardo na chama intensa dos desejos
de, arrependido, sufocar meus beijos
nesse teu alvo Cristo de Marfim.
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