Azulão – um azul-tinto
a mergulhar no azul do céu!...
Naquele tempo, muito mais gente ouvia
o canto em surdina dos azulões!...
Rompiam das matas para beirar nossas casas.
Certas tardes, um casal era visto...
A fêmea com traje azulíneo
e sua cauda negra... Elegante,
pousada na cerca do fundo do quintal...
Passaram-se os verões...
Foram queimadas, estilingues,
tantos senões...
Um tempo que vai distante -
o azul-tinto mergulhando no azul-celeste!...
Não mais os vemos,
nem mais se ouve falar dos azulões.
Por onde voam?
Ou quiçá, por onde andam?
Nas gaiolas?!...
O quanto isso me enfastia!...
Espero ainda aquele encantado dia
para que eu possa ver azulões
pousados na cerca do fundo do quintal!...
***
Fonte:
Texto e imagem enviados pelo autor
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