sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Versos Verdes (Parte 1)


GABRYELE MAIA DA SILVA
São Luís / MA


Natureza, grandes belezas

No céu, na terra ou no mar
Com a natureza quero estar
Observando as maravilhas do seu luar

Junto com o sol nascendo
Trazendo alegria para o nosso olhar
Quero com os bichos brincar

A biodiversidade posso captar
E nas suas belezas posso navegar
Nas tuas florestas posso andar
E com seu pulmão posso respirar

Trazendo vida ao nosso coração
Sem cobrar nenhum tostão
Essa é a nossa relação

Se você ficar conosco
Vamos viver um tempão
Juntos numa só emoção

IVAN JOSE VIANA BARBOSA
CANDÓI / PR

Pássaro

Pássaro amigo meu é
Amigo dele sou
Ele canta e me encanta
Com sua cantiga durmo
E sonho
Noite após noite
Acordo e ele está lá ...
Me desejando Bom Dia!

LUCIANA OLIVEIRA
JABOATÃO DOS GUARARAPES / PE

O verde da natureza

O verde da natureza,
das folhas e das frutas que não estão maduras.
O verde da natureza
que está sempre nas matas na redondeza
na esquina da natureza no espaço da mãe natureza.
O alegre cabelo das árvores,
o brilho do modesto que tem.
Os pássaros cantando alegres no galho de folhas verdes
os bichos ouvindo a linda canção na sua casinha de barro
enfeitada de verde claro e escuro
e com lindas flores coloridas.

PAULA GIOVANA PEREIRA DOS SANTOS
CAÇAPAVA DO SUL / RS

Joaninha valente

Sou uma joaninha,
Que vivo na figueira.
Sou feliz porque
As meninas cuidam de mim.
Me chamam joaninha valente,
Eu fico tão contente.
Fui viver em outra figueira,
Mas lá, meninas não havia.
Aprendi...
Não troco mais de morada.

VILMAR WIEDERGRÜN
SANTA ROSA / RS

Rio sem alma

Rio que cheira a esgoto
Que traz a sujeira do mundo
Que muda de cor
Ora marrom, ora preto
Seus saltos são em vão
Não irão despoluí-lo.
Rio que vaga solitário
Que desce sem esperança
Cadê seus peixes?
Dentro de você não há ninguém
Nem uma vida a lhe povoar
Rio frio, sem graça,
Sem oxigênio
Onde tudo desce,
Onde ninguém sobe.
Ah, rio das mil cores,
Continuará descendo
Mais morto que vivo.
Será que vai resistir
Tendo o mundo contra você?
Assim como está
Será sempre um rio,
Mas sem alma.

VERÔNICA VINCENZA
ÁGUAS CLARAS / DF

O clamor verde

Eu quero a natureza de volta
A tiraram de mim, e isso me revolta!
Quero os pássaros, quero a mata, eu quero ar puro
E tudo isso não é capricho, eu juro

É o meu direito de cidadã
E de todos nós, estejamos aqui ou em Pontaporã
Quero tudo limpo e sem demora
Quero a natureza viva, já está na hora!

Cansei de esperar tanto descaso
Vejam como está o clima e como o rio está raso
Não quero saber de ganância
O que dá aos políticos relevância

Só sei que isso tem de ser feito
Por Presidente, Ministro, Prefeito
E todos nós temos dever de ajudar
A replantar o verde de nosso lugar

Pois sem ele, não viveremos mais
E não vai adiantar culpar os nossos pais
É hoje que devemos nos mexer
E plantar os frutos que queremos colher

Resgatar a natureza é o que faremos
Aqui, Ali, em todos os lugares estaremos
E o verde começará a brotar
Junte-se a nós e venha ajudar!

VALDIRENE DE ASSUNÇÃO PEREIRA
CAÇAPAVA DO SUL / RS

A árvore da vida

Nela vejo os frutos,
Nascerem como se fossem duradouros
Amizades amadurecerem
E ficarem com um sabor todo especial.
Alguns apodrecem e caem.
Em outros fica o prazer, no sabor de quem os saboreou.
Uns enfeitam, uma mesa deixam bela,
A árvore da vida, mostra suas folhas bem vistosas,
Como se fossem lugares,
Lugares por onde passamos que ficam pra sempre,
Outros caem de nossa memória.
Em suas flores está toda beleza da vida,
Sua pureza e sua alegria.
No seu caule a dureza,
Dos desencontros,
Dos desamores,
Das incertezas,
Das decepções,
Das magoas,
Dos desafetos,
Das desilusões,
Na sua raiz está a prova,
Que temos pra onde ir, um solo firme para pisar.
Uma certeza de um retornar,
Uma nova esperança para surgir,
Mostrando-nos que onde há vida,
Sempre restará uma esperança.

SÉRGIO RIBEIRO BORSOI JR
NITERÓI / RJ

Verde

Criou noite... alegrias.
Verdejantes sintonias.
Fizeram-se notas... melodias
Cantou-se tudo que se
podia.

Verdes foram aqueles
dias quem não lembra,
deveria.

Verdes eram as borboletas,
puras voavam e repousavam.
Verdes sombras que faziam
se tornando obsoletas.

O verde veio pra ficar
E as outras cores cativar.
Do escuro e tarde noite,
Surge o sol a verdejar.
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Fonte:
Versos Verdes. RJ: Câmara Brasileira dos Jovens Escritores, 2010.

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