D. Águia fizera a sua casa na ramaria mais alta de um carvalho.
Mais tarde, D. Gata Brava foi também habitar na mesma árvore, mas a meio dos troncos, e algum tempo depois foi a Sr.ª Porca que veio morar para a mesma árvore, instalando-se nas raízes, que cavou fundo, abrindo uma galeria.
D. Águia teve filhos, D. Gata também e as três famílias viviam satisfeitas e em paz no mesmo carvalho.
Um dia, porém, D. Gata Brava teve desejo de ser má e trepando pelos troncos chegou ao ponto mais alto da árvore onde morava a D. Águia e disse-lhe:
- Ó vizinha, eu não gosto de falar mal de ninguém, mas também não posso saber que está para acontecer mal a qualquer e não avisar.
- Mas diga, D. Gata – convidou a Águia.
- Sei que a Porca se instalou aqui na árvore com a ideia de ir roendo as raízes até que tudo venha abaixo, para depois assaltar as nossas casas e se banquetear com os nossos filhos. Venho avisar a D. Águia para se acautelar.
- Que marota, vizinha! Agora, já nem saio de casa, para defender os pequenos.
Mas, de casa da D. Águia, a Gata desceu a casa da Sr.” Porca.
- Ó vizinha!
- Que é, D. Gata?
- Ouvi agora uma conversa que me arrepiou e venho avisá-la.
- Então que há?
- A D. Águia, há bocado, estava a dizer aos filhos que os seus meninos são tão gordinhos e desenxovalhadinhos que se fazia com eles um bom jantar. Diz que logo que a senhora saia de casa…
- Ah! não me diga isso, D. Gata! Que horror!
- Pois é verdade, Srª Porca, acautele-se.
- Valha-me Deus! Nem eu saio de casa, para tomar conta dos miúdos…
- Eu vou fazer o mesmo com os meus filhos, vizinha, porque com gente desta na vizinhança não podemos estar sossegadas. Até logo!
- Até logo, D. Gata, e obrigado!
A Gata foi-se embora e a Porca ficou em casa, aflita, a pensar nas más intenções da Águia. Esta, por sua vez, ficou desesperada com a maldade da Porca, e, as duas, temendo-se uma à outra, nunca mais saíram de casa, para tomarem conta dos filhos.
Assim, não mais foram procurar comida e não mais puderam alimentar os filhos. Foram enfraquecendo todos até não se poderem mexer e, quando os apanhou assim, a Gata foi primeiro a casa de uma e depois a casa de outra e comeu a mãe e os filhos.
E, assim, a pobre D. Águia e a pobre Srª Porca foram vítimas da maldade da D. Gata, por terem acreditado nas suas mentiras.
Não há pior do que uma mentira!
Fonte:
Luís Gaspar. Estúdio Raposa
http://www.estudioraposa.com/index.php/category/historias/
Mais tarde, D. Gata Brava foi também habitar na mesma árvore, mas a meio dos troncos, e algum tempo depois foi a Sr.ª Porca que veio morar para a mesma árvore, instalando-se nas raízes, que cavou fundo, abrindo uma galeria.
D. Águia teve filhos, D. Gata também e as três famílias viviam satisfeitas e em paz no mesmo carvalho.
Um dia, porém, D. Gata Brava teve desejo de ser má e trepando pelos troncos chegou ao ponto mais alto da árvore onde morava a D. Águia e disse-lhe:
- Ó vizinha, eu não gosto de falar mal de ninguém, mas também não posso saber que está para acontecer mal a qualquer e não avisar.
- Mas diga, D. Gata – convidou a Águia.
- Sei que a Porca se instalou aqui na árvore com a ideia de ir roendo as raízes até que tudo venha abaixo, para depois assaltar as nossas casas e se banquetear com os nossos filhos. Venho avisar a D. Águia para se acautelar.
- Que marota, vizinha! Agora, já nem saio de casa, para defender os pequenos.
Mas, de casa da D. Águia, a Gata desceu a casa da Sr.” Porca.
- Ó vizinha!
- Que é, D. Gata?
- Ouvi agora uma conversa que me arrepiou e venho avisá-la.
- Então que há?
- A D. Águia, há bocado, estava a dizer aos filhos que os seus meninos são tão gordinhos e desenxovalhadinhos que se fazia com eles um bom jantar. Diz que logo que a senhora saia de casa…
- Ah! não me diga isso, D. Gata! Que horror!
- Pois é verdade, Srª Porca, acautele-se.
- Valha-me Deus! Nem eu saio de casa, para tomar conta dos miúdos…
- Eu vou fazer o mesmo com os meus filhos, vizinha, porque com gente desta na vizinhança não podemos estar sossegadas. Até logo!
- Até logo, D. Gata, e obrigado!
A Gata foi-se embora e a Porca ficou em casa, aflita, a pensar nas más intenções da Águia. Esta, por sua vez, ficou desesperada com a maldade da Porca, e, as duas, temendo-se uma à outra, nunca mais saíram de casa, para tomarem conta dos filhos.
Assim, não mais foram procurar comida e não mais puderam alimentar os filhos. Foram enfraquecendo todos até não se poderem mexer e, quando os apanhou assim, a Gata foi primeiro a casa de uma e depois a casa de outra e comeu a mãe e os filhos.
E, assim, a pobre D. Águia e a pobre Srª Porca foram vítimas da maldade da D. Gata, por terem acreditado nas suas mentiras.
Não há pior do que uma mentira!
Fonte:
Luís Gaspar. Estúdio Raposa
http://www.estudioraposa.com/index.php/category/historias/
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