Período disponível: 1931 a 1932
Local: Rio de Janeiro, RJ
Hierarchia foi uma revista de política, economia, cultura e questões sociais lançada no Rio de Janeiro (RJ) em agosto de 1931, tendo Lourival Fontes como diretor e Rodolfo Carvalho como diretor-comercial e diretor-secretário. A redação era na rua Teophilo Ottoni, passando depois para o nº 110 da Avenida Rio Branco (uma sala no prédio do Jornal do Brasil), e, já em 1932, para o nº 23 da praça Marechal Floriano, onde então funcionava a Casa Allemã.
Lourival Fontes se tornaria mais tarde diretor do Departamento de Propaganda e Difusão Cultural – que mais tarde se tornaria o famoso Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável também pela censura durante a ditadura do Estado Novo – e chefe do Gabinete Civil da Presidência da República. Admirador, tal como muitos quadros do governo Vargas, do Estado fascista, Lourival Fontes imprimiria à publicação um conteúdo nacionalista, antiliberal e anticomunista, o mesmo atribuído a sua congênere Política, também por ele fundada.
Em formato de livro e com 128 a 166 páginas, a revista era feita em duas colunas e dividida em seções. "Artigos Especiaes", a seção principal, tratava de temas como ensino religioso e ensino leigo, fascismo, diretrizes sociais do Brasil, família e divórcio, centralização e federação, economia, architetura, organisação nacional e defesa militar, democracia. Algumas de suas seções permanentes eram "O mez internacional" e "Revista dos llvros". Os artigos eram, em geral, longos e densos.
Entre os temas mais explorados estavam os rumos políticos do Brasil, a identidade nacional, questões relativas ao fascismo (concepção de Estado, relação com o catolicismo, organização sindical etc), economia e finanças do país, nacionalismo, democracia e corporativismo, política internacional, paz mundial, educação, ensino moral e religioso, família (ver "A família e o divórcio", no nº 2), relações entre Igreja e Estado, estudos sociológicos sobre o Brasil, questões militares, conflitos armados no mundo, eugenia e “limpeza étnica” (como o artigo "A primazia da educação hygienica e eugenica escolar", de Belisário Penna, no nº 2), cultura brasileira, literatura, belas artes (como o artigo de Cândido Portinari no nº 5, mar. e abr., 1932), paralelos entre o Brasil e a Rússia soviética, industrialismo, crise econômica mundial, direitos do operariado, federalismo no Brasil, saúde pública, arquitetura, figuras políticas de destaque, questões agrárias, direitos políticos femininos (nº 5), liberdade de imprensa, turismo etc.
Colaboram nas poucas edições da revista: Antônio José Azevedo Amaral, anos depois responsável pelas revistas Diretrizes e Novas Diretrizes, Sérgio Buarque de Hollanda, Plínio Salgado, Alceu Amoroso Lima (que assinava Tristão de Athayde), Cândido Portinari, Christóvam de Camargo, José Maria Bello, Oliveira Vianna, Octavio de Faria, Heráclito Sobral Pinto, Hélio Vianna, Bezerra de Freitas, Moacyr Pompéa, Alberto Gonçalves, Reis Carvalho, o padre Galdino Moreira, padre Leonel Franca, Mattos Pimenta, José Augusto, Luiz Schnoor, Mendes Fradique, Ildefonso Albano, Fábio Sodré, Povoas de Siqueira, Samuel Torres Videla, Saboya de Medeiros, Ribas Carneiro, Gilberto Amado, Belisário Penna, Anísio Teixeira, Fernando Magalhães, Francisco de San Tiago Dantas, Gustavo Lessa, A. Carneiro Leão, Gennaro Vidal, Pandiá Calógeras, Madeira de Freitas, Pantoja Leite, Bernardo Lichtenfels Júnior, Osório Lopes, Belmiro Valverde, Lino Piazza, Ítalo Balbo, Rego Lins, Geraldo Vieira, Basílio de Magalhães, Everardo Backheuser, João Neves da Fontoura, Levi Carneiro, Agenor de Roure, Vital Brasil, Vicente Licínio Cardoso, Arthur Torres Filho, Aguinaldo Rocha Lima, Graccho Cardoso, Ronald de Carvalho, Nicanor Nascimento, Sebastião Pagano, Daniel de Carvalho, João Prestes, Américo Silvado, Arthur Guimarães, R. P. Motta Lima, Hermínio Conde, Olbiano de Mello, Mesquita Pimentel, Paulo da Silveira, Arlindo de Assis, Waldir Niemeyer, Azevedo Lima, George Readers, Janine Boissounouse, além de Rodolfo Carvalho e Lourival Fontes.
A periodicidade oscilou entre bimestral e irregular. O nº 1 foi lançado em agosto de 1931, ao passo que o nº 2 data de outubro de 1931, o nº 4 de janeiro-fevereiro de 1932 e o nº 5, o último publicado, de março-abril de 1932. Esta 5ª edição foi a última.
Fonte
http://hemerotecadigital.bn.br/artigos/hierarchia
Local: Rio de Janeiro, RJ
Hierarchia foi uma revista de política, economia, cultura e questões sociais lançada no Rio de Janeiro (RJ) em agosto de 1931, tendo Lourival Fontes como diretor e Rodolfo Carvalho como diretor-comercial e diretor-secretário. A redação era na rua Teophilo Ottoni, passando depois para o nº 110 da Avenida Rio Branco (uma sala no prédio do Jornal do Brasil), e, já em 1932, para o nº 23 da praça Marechal Floriano, onde então funcionava a Casa Allemã.
Lourival Fontes se tornaria mais tarde diretor do Departamento de Propaganda e Difusão Cultural – que mais tarde se tornaria o famoso Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão responsável também pela censura durante a ditadura do Estado Novo – e chefe do Gabinete Civil da Presidência da República. Admirador, tal como muitos quadros do governo Vargas, do Estado fascista, Lourival Fontes imprimiria à publicação um conteúdo nacionalista, antiliberal e anticomunista, o mesmo atribuído a sua congênere Política, também por ele fundada.
Em formato de livro e com 128 a 166 páginas, a revista era feita em duas colunas e dividida em seções. "Artigos Especiaes", a seção principal, tratava de temas como ensino religioso e ensino leigo, fascismo, diretrizes sociais do Brasil, família e divórcio, centralização e federação, economia, architetura, organisação nacional e defesa militar, democracia. Algumas de suas seções permanentes eram "O mez internacional" e "Revista dos llvros". Os artigos eram, em geral, longos e densos.
Entre os temas mais explorados estavam os rumos políticos do Brasil, a identidade nacional, questões relativas ao fascismo (concepção de Estado, relação com o catolicismo, organização sindical etc), economia e finanças do país, nacionalismo, democracia e corporativismo, política internacional, paz mundial, educação, ensino moral e religioso, família (ver "A família e o divórcio", no nº 2), relações entre Igreja e Estado, estudos sociológicos sobre o Brasil, questões militares, conflitos armados no mundo, eugenia e “limpeza étnica” (como o artigo "A primazia da educação hygienica e eugenica escolar", de Belisário Penna, no nº 2), cultura brasileira, literatura, belas artes (como o artigo de Cândido Portinari no nº 5, mar. e abr., 1932), paralelos entre o Brasil e a Rússia soviética, industrialismo, crise econômica mundial, direitos do operariado, federalismo no Brasil, saúde pública, arquitetura, figuras políticas de destaque, questões agrárias, direitos políticos femininos (nº 5), liberdade de imprensa, turismo etc.
Colaboram nas poucas edições da revista: Antônio José Azevedo Amaral, anos depois responsável pelas revistas Diretrizes e Novas Diretrizes, Sérgio Buarque de Hollanda, Plínio Salgado, Alceu Amoroso Lima (que assinava Tristão de Athayde), Cândido Portinari, Christóvam de Camargo, José Maria Bello, Oliveira Vianna, Octavio de Faria, Heráclito Sobral Pinto, Hélio Vianna, Bezerra de Freitas, Moacyr Pompéa, Alberto Gonçalves, Reis Carvalho, o padre Galdino Moreira, padre Leonel Franca, Mattos Pimenta, José Augusto, Luiz Schnoor, Mendes Fradique, Ildefonso Albano, Fábio Sodré, Povoas de Siqueira, Samuel Torres Videla, Saboya de Medeiros, Ribas Carneiro, Gilberto Amado, Belisário Penna, Anísio Teixeira, Fernando Magalhães, Francisco de San Tiago Dantas, Gustavo Lessa, A. Carneiro Leão, Gennaro Vidal, Pandiá Calógeras, Madeira de Freitas, Pantoja Leite, Bernardo Lichtenfels Júnior, Osório Lopes, Belmiro Valverde, Lino Piazza, Ítalo Balbo, Rego Lins, Geraldo Vieira, Basílio de Magalhães, Everardo Backheuser, João Neves da Fontoura, Levi Carneiro, Agenor de Roure, Vital Brasil, Vicente Licínio Cardoso, Arthur Torres Filho, Aguinaldo Rocha Lima, Graccho Cardoso, Ronald de Carvalho, Nicanor Nascimento, Sebastião Pagano, Daniel de Carvalho, João Prestes, Américo Silvado, Arthur Guimarães, R. P. Motta Lima, Hermínio Conde, Olbiano de Mello, Mesquita Pimentel, Paulo da Silveira, Arlindo de Assis, Waldir Niemeyer, Azevedo Lima, George Readers, Janine Boissounouse, além de Rodolfo Carvalho e Lourival Fontes.
A periodicidade oscilou entre bimestral e irregular. O nº 1 foi lançado em agosto de 1931, ao passo que o nº 2 data de outubro de 1931, o nº 4 de janeiro-fevereiro de 1932 e o nº 5, o último publicado, de março-abril de 1932. Esta 5ª edição foi a última.
Fonte
http://hemerotecadigital.bn.br/artigos/hierarchia
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