Pintura de Richard Johnson |
França, 1844-1896
Pra vós são estes versos, pra consoladora
Graça dos olhos onde chora e ri um sonho
Doce, pra vossa alma pura e sempre boa,
Versos do fundo desta aflição opressora.
Porque, ai! o pesadelo hediondo que me assombra
Não dá tréguas e, louco, furioso, ciumento,
Multiplica-se como um cortejo de lobos
E enforca-se com o meu destino que ensanguenta!
Ah! sofro horrivelmente, ao ponto de o gemido
Desse primeiro homem expulso do Paraíso
Não passar de uma écloga à vista do meu!
E os cuidados que vós podeis ter são apenas
Andorinhas voando à tarde pelo céu
— Querida — num belo dia de um Setembro ameno.
Fonte:
http://www.citador.pt/poemas/a-uma-mulher-paul-verlaine
Graça dos olhos onde chora e ri um sonho
Doce, pra vossa alma pura e sempre boa,
Versos do fundo desta aflição opressora.
Porque, ai! o pesadelo hediondo que me assombra
Não dá tréguas e, louco, furioso, ciumento,
Multiplica-se como um cortejo de lobos
E enforca-se com o meu destino que ensanguenta!
Ah! sofro horrivelmente, ao ponto de o gemido
Desse primeiro homem expulso do Paraíso
Não passar de uma écloga à vista do meu!
E os cuidados que vós podeis ter são apenas
Andorinhas voando à tarde pelo céu
— Querida — num belo dia de um Setembro ameno.
Fonte:
http://www.citador.pt/poemas/a-uma-mulher-paul-verlaine
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