sexta-feira, 17 de abril de 2020

Vivaldo Terres (Poemas Escolhidos) XIV


ALMA ILUDIDA

Como é bela a juventude,
Nos áureos tempos da vida.
Enche-nos de esperanças,
E nos deixa a alma iludida.

Pensando que essa alegria,
E plena felicidade
Seguira por toda vida,
Sem tristeza e sem saudade.

Pobres jovens desconhecem
O transcorrer da existência,
Depois de muita alegria.
Dos amores do passado,
Vem-nos a melancolia,
A angústia e o desagrado.

Ah! Se a vida nos fosse sempre,
O fulgor da juventude.
De alegria e felicidade,
Sem tristeza e sem saudade.
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A MIM DEVOTOU TANTO CARINHO

Pretendo ser feliz com aquela,
Que um dia sem pensar a abandonei.
Hoje sinto a sua falta...
E sigo como loco arrependido,
Pelo mau que pratiquei.

Ela sempre me amou,
E a mim devotou tanto carinho.
Como fui fazer um ato desses,
E não seguir junto dela o mesmo caminho.

Ah! Como a mente às vezes não aceita...
Os apelos do coração até por que se aceitasse,
Evitaria tantas tristezas sofrimentos e desilusões.
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DOCE ENLEVO

Minhas noites são sofridas
Entro em desespero
Pois sonho sempre com ela
Com lágrimas molho meu travesseiro

Até por que no sonho ela aparece
Sempre bela e formosa a vista
Me beijando docemente não me faltando carícias

Depois desse doce enlevo
Em que a tristeza aparece
Olho pra onde ela estava e não a vejo
E fico desencantado
Espero que chegue à noite
Para sonhar com ela e se deitar ao meu lado
E ter de mim piedade
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NÃO SOU AMADO

Não sei por que vivo preso.
Na cela do meu coração,
Eu quero sair, mas não tenho condição.

Vivo por isso sofrendo,
Triste sacrificado.
Preciso abrir a cela,
Para ficar libertado.

Por este amor que um dia,
Mudou o meu jeito de ser.
Era feliz e alegre,
Hoje vivo a padecer.

Por tanto amar fiquei,
Um pobre coitado.
Fui parar em um manicômio,
Triste e desorientado.

Depois de muito tempo!
A insanidade acabou...
Voltei a racionar.
E a saber quem eu sou,

Hoje já não me preocupo.
Por ser um pobre coitado.
Pois sei que não mais a amo,
E também não sou amado.
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QUANDO AFAGO TEUS CABELOS

Quando afago teus cabelos
Faço isto a sorrir.
Quando beijo tua boca,
Penso logo no porvir.

Pois vejo este porvir
Com muita realidade,
Sinto só ter alegria,
E nem um pouco de saudade.

Pois o nosso amor é lindo,
E cheio de esperança.
Quando estou perto de ti,
Vejo-te como criança.

Mas, uma criança grande,
E repleta de carinho
E também cheia de sonhos,
Envolvendo o meu destino.
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TEMPESTADE
A tempestade destruiu...
A minha única esperança,
Pois ainda tinha de ti vaga lembrança.
Dos belos momentos por nós dois vividos.

Hoje ficou tudo destruído!
Por saber que no teu insensível coração,
Trocas-te o amor por uma paixão,
Onde me trouxe tristeza e desilusão.

Hoje apesar dos tempos,
É que eu pude entender,
Que a nossa separação,
Esta falta de amor
Esta falta de carinho por ti gerada!
É que eu já não era mais a pessoa amada.
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VIBRAVA COM LOUCURA

Ela que amo há muitos anos!
Foi o meu primeiro amor,
Como era linda e toda encantamento...
E sussurrava aos meus ouvidos,
Palavras de amor,

Porque partiu ainda não sei...
Apesar do tempo já passado!
Nunca mais pode saber,
Da mulher que foi sempre o meu agrado,

Seu beijo era diferente tinha outro sabor.
Quando me beijava, era com loucura,
E enlouquecida vibrava no amor!

Fonte:
Poemas enviados pelo poeta.

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