segunda-feira, 13 de julho de 2020

Carla Rejane Silva (Ser Feliz é Responsabilidade dos Outros? Não, Só Nossa)


Quando você se sente só, eternamente infeliz e desiludida é engraçado. De repente, do nada, você dá um encontrão com o tão sonhado amor. Então faz dessa paixão a sua prioridade. Seu mundo, seu tudo. E cada vez mais você se entrega à Luxúria do prazer de amar.

Depois de algum tempo, talvez muito tempo, percebe que não está feliz, que não é feliz, como nos livros de romances, onde tudo são flores e estrelinhas, nos ditos cujos existe sempre um começo, um meio, e um fim. Nessa desilusão sombria, ouvi de uma amiga querida, algo que mexeu com minhas emoções.

Quando impomos à alguém, seja quem for, a nossa felicidade ou infelicidade, na verdade estamos destruindo a nós mesmos, e em consequência levamos a pessoa de roldão, no mesmo barco. Ninguém tem por obrigação fazer alguém feliz, ou covardemente infeliz (seja família, parceiro, filhos, etc.). A pessoa é apenas um complemento de um todo.

Ser feliz é, portanto, responsabilidade nossa. Nossa somente, de mais ninguém. Como podemos despertar uma afeição profunda, um desejo eloquente, uma paixão arrebatadora, em uma grata persona, se a própria criatura não tem amor por si mesma, ou sequer respeito? Primeiro devemos nos amar, nos respeitar, nos colocarmos para cima. Depois então, distribuir-nos para os outros... Mesmo assim, em dosagens poucas.

O que adianta doar seu ego hipocondríaco, para satisfazer fulano ou beltrano? Onde certamente se predispõe uma atitude falsamente medíocre, ali está colado o nosso DNA. Como tudo nessa vida, é puramente insano, buscamos impensadamente reciprocidade. Contudo, quando isso não acontece por “A ou B”, nosso mundo desmorona de uma forma aterradora que nos faz ficar vazia, oca rés-ao-chão.

Depois disso tudo, vem aquela certeza que estamos errando feio diante de nós mesmos. Pior, jogando toda culpa de nossa incapacidade de enxergar os erros cometidos em alguém que não teve nenhuma culpabilidade.

Por que?!

Fraqueza! Fraqueza. Isso mesmo, fraqueza. É como querer obrigar que alguém lhe ame, ou que retribua, por igual, seus sentimentos. Ninguém pode gostar da outra, ou agir da maneira que melhor lhe convém. Ou, lado outro, retribuir o idêntico amor que é oferecido. Amor é entrega, é liberdade... Amor é paz e harmonia; nunca uma prisão.

Quer ser amada, e respeitada, ser digna de ter a felicidade plena? Então ache seu caminho de volta. Regresse. Vá de encontro ao seu próprio eu e seja responsável por trilhar o caminho de sua serenidade e completude. Ai sim será capaz de trazer a bem aventurança por onde passar, sem se anular, sem machucar ninguém, e o melhor de tudo, sem se machucar a si mesma.

Seja dona de si, de sua tão sonhada e propriamente dita. FELICIDADE.
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CARLA REJANE DA SILVA COSTA DOS SANTOS (nome literário: Carla Rejane Silva). Cinquenta e cinco anos, viúva. Sou mineira de Araguari, onde nasci em 1965. Escritora inveterada. Coleciono vários escritos. Pretendo lançar meu primeiro livro em um futuro próximo. Não penso, um dia, me tornar famosa. Sonho, todavia, em me perpetuar na literatura que é a minha paixão e quero, simplesmente, ser uma partícula dentro dela e, num futuro próximo poder embriagar os corações dos meus leitores. Ainda sou pequena, estou dando os primeiros passos como cronista. Tudo o que escrevo vem do coração.

Fonte:
texto enviado por Aparecido R. de Souza.

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