quarta-feira, 28 de julho de 2021

Solange Colombara (Carreata de Micro-Contos) – 4 –

MEDO


Não sabe se foi o destino ou simplesmente medo que fez com que ficasse tanto tempo sozinha. Hoje, quase uma septuagenária, "mergulhou de cabeça" e vive intensamente esse grande amor.
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FRIAGEM

Do trem avistava aquele campo lindo, repleto de girassóis. Abriu a janela e sentiu o cabelo flutuando  no frescor da friagem matutina, enquanto sua mãe gritava: "— Fecha isso! Vai ficar doente!"
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MACARRONADA

Nos relances de lucidez sorria ao lembrar da família reunida aos domingos. Os homens jogando mora, a criançada correndo no quintal e o cheiro do molho da macarronada da nonna. Nesses instantes, cantava feliz aquela velha canção italiana.
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RETRATO
(micro-conto sobre a figura abaixo)

Todos os dias, no mesmo horário, ela ia naquele Café e não imaginava que o jovem pintor que ficava na calçada em frente, fazia seu retrato.

O tempo passou, o Café não existe mais e o que restou foi a tela em seu quarto.

Ainda sente o perfume dela nas tardes do verão parisiense.
 

Um comentário:

Solange disse...

É uma honra ver meus textos publicados.
Obrigada!!