Era uma vez uma pobre velha que vivia sozinha. Um dia, estava varrendo o quintal e encontrou uma moeda.
"Que farei com esse dinheirinho?" - pensou ela - "ah, já sei, irei ao mercado e comprarei um porquinho para me fazer companhia."
E assim fez. Quando voltava do mercado, teve que passar por uma pinguela. Mas o porquinho não quis atravessá-la.
A velhinha foi mais adiante e encontrou um cão.
- Cachorrinho, por favor, morde o porco que não quer atravessar a pinguela e, por isso, eu não posso voltar para casa.
O cão não lhe deu atenção.
Ela foi mais adiante e encontrou uma vara. Pediu-lhe, então:
- Varinha, bate no cão, ele não quer morder o porco, que não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
A vara não lhe deu importância.
A velhinha andou um pouco mais e encontrou um fogo.
- Foguinho, queima a vara; ela não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O fogo nada fez.
Ela continuou andando e encontrou a água. Pediu-lhe:
- Água, apaga o fogo; ele não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
A água não a atendeu.
A velhinha foi andando e encontrou um boi. Disse-lhe:
- Boizinho, bebe a água; ela não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O boi não a ouviu.
Mais adiante, ela encontrou um açougueiro e lhe falou:
- Açougueiro, mata o boi; ele não quer beber a água; a água não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O açougueiro não lhe respondeu.
A velhinha andou mais um pouco e encontrou uma corda.
- Corda, enforca o açougueiro; ele não quer matar o boi; o boi não quer beber a água; a água não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
Mas a corda não ouviu.
Mais adiante, ela encontrou um ratinho e lhe pediu:
- Ratinho, rói a corda; ela não quer enforcar o açougueiro; o açougueiro não quer matar o boi; o boi não quer beber a água; a água não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O rato nada fez.
A pobre velhinha andou mais um pouquinho e encontrou um gato. E assim lhe falou já desanimada:
- Gatinho, por favor, caça o rato; ele não quer roer a corda; a corda não quer enforcar o açougueiro; o açougueiro não quer matar o boi; o boi não quer beber a água; a água não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O gato então lhe respondeu:
- Se a senhora for até aquela vaca e me trouxer um pires de leite, eu caçarei o rato.
A velha foi até a vaca e esta lhe disse:
- Se a senhora for até aquele monte de feno e me trouxer uma porção dele, eu lhe darei o leite.
Ela foi até o monte de feno e trouxe uma porção para a vaca.
Assim que a vaca comeu o feno, deu o leite à velhinha. Ela levou o leite, num pires, ao gato. O gato bebeu o leite e pôs-se a caçar o rato. O rato começou a roer a corda. A corda começou a enforcar o açougueiro. O açougueiro começou a matar o boi. O boi pôs-se a beber a água. A água começou a apagar o fogo. O fogo pegou na vara. A vara bateu no cão. O cão mordeu o porco. O porco atravessou a pinguela e a velhinha voltou para casa.
"Que farei com esse dinheirinho?" - pensou ela - "ah, já sei, irei ao mercado e comprarei um porquinho para me fazer companhia."
E assim fez. Quando voltava do mercado, teve que passar por uma pinguela. Mas o porquinho não quis atravessá-la.
A velhinha foi mais adiante e encontrou um cão.
- Cachorrinho, por favor, morde o porco que não quer atravessar a pinguela e, por isso, eu não posso voltar para casa.
O cão não lhe deu atenção.
Ela foi mais adiante e encontrou uma vara. Pediu-lhe, então:
- Varinha, bate no cão, ele não quer morder o porco, que não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
A vara não lhe deu importância.
A velhinha andou um pouco mais e encontrou um fogo.
- Foguinho, queima a vara; ela não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O fogo nada fez.
Ela continuou andando e encontrou a água. Pediu-lhe:
- Água, apaga o fogo; ele não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
A água não a atendeu.
A velhinha foi andando e encontrou um boi. Disse-lhe:
- Boizinho, bebe a água; ela não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O boi não a ouviu.
Mais adiante, ela encontrou um açougueiro e lhe falou:
- Açougueiro, mata o boi; ele não quer beber a água; a água não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O açougueiro não lhe respondeu.
A velhinha andou mais um pouco e encontrou uma corda.
- Corda, enforca o açougueiro; ele não quer matar o boi; o boi não quer beber a água; a água não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
Mas a corda não ouviu.
Mais adiante, ela encontrou um ratinho e lhe pediu:
- Ratinho, rói a corda; ela não quer enforcar o açougueiro; o açougueiro não quer matar o boi; o boi não quer beber a água; a água não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O rato nada fez.
A pobre velhinha andou mais um pouquinho e encontrou um gato. E assim lhe falou já desanimada:
- Gatinho, por favor, caça o rato; ele não quer roer a corda; a corda não quer enforcar o açougueiro; o açougueiro não quer matar o boi; o boi não quer beber a água; a água não quer apagar o fogo; o fogo não quer queimar a vara; a vara não quer bater no cão; o cão não quer morder o porco; o porco não quer atravessar a pinguela e eu não posso voltar para casa.
O gato então lhe respondeu:
- Se a senhora for até aquela vaca e me trouxer um pires de leite, eu caçarei o rato.
A velha foi até a vaca e esta lhe disse:
- Se a senhora for até aquele monte de feno e me trouxer uma porção dele, eu lhe darei o leite.
Ela foi até o monte de feno e trouxe uma porção para a vaca.
Assim que a vaca comeu o feno, deu o leite à velhinha. Ela levou o leite, num pires, ao gato. O gato bebeu o leite e pôs-se a caçar o rato. O rato começou a roer a corda. A corda começou a enforcar o açougueiro. O açougueiro começou a matar o boi. O boi pôs-se a beber a água. A água começou a apagar o fogo. O fogo pegou na vara. A vara bateu no cão. O cão mordeu o porco. O porco atravessou a pinguela e a velhinha voltou para casa.
Fonte:
Universo das Fábulas
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