sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 392)


Uma Trova Nacional

Busquei-o além do horizonte
nas águas do mar sem fim,
mas curvando a minha fronte
senti Deus dentro de mim.
–RITA MOURÃO/SP–

Uma Trova Potiguar

Nunca juntei-me aos tristonhos,
jamais chorei despedidas.
Eu sou pescador de sonhos
nas enxurradas da vida.
SEBASTIÃO SOARES/RN–

Uma Trova Premiada

1991 - Amparo/SP
Tema: FONTE - 4º Lugar

Sem avistar horizontes,
no vale do meu desgosto,
meus olhos são duas fontes,
regando o chão do meu rosto.
–DIVENEI BOSELI/SP–

Uma Trova de Ademar

Descobri no envelhecer
que a musa que me enaltece
não deixa o verso morrer,
pois musa nunca envelhece!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Para matar as saudades,
fui ver-te em ânsias, correndo...
– E eu, que fui matar saudades,
vim de saudades morrendo!
–ADELMAR TAVARES/PE–

Simplesmente Poesia

Imagem da Paz.
–EFIGÊNIA COUTINHO/SC–

Poeta, tu conheces da alma a moradia:
é uma trama urdida em ouro pelo Espírito.
Tem compaixão desses reis sem autonomia;
por este caminho escutem o meu grito!

Nos olhos de todos vejo o receio
que como eu, eles sobem a montanha.
A fraga de Sísifo perguntando creio,
da vida o objetivo que existe e sonha!

Dessa montanha elevemos ao cume,
onde sombra e sol brincam sob o átrio,
uma cidade – espelho de verdadeiro lume
oferecendo às almas, todo amor mátrio!

A alma não foi feita de pedra bruta,
sente olhares enternecidos e espera.
E é na tua voz que sempre escuta
a esperança de Paz numa nova esfera!

Estrofe do Dia

Deus, nos mandou para cá
com destinos diferente,
um nasce para enricar
outro, pra ser penitente,
um nasce para o evangelho,
nasce um para morrer velho
e outro para morrer novo;
nasce um crente, nasce um ateu
e Ademar velho nasceu
pra fazer versos pra o povo!
–ADEMAR MACEDO/RN–

Soneto do Dia

Assim São Meus Versos
–SÔNIA SOBREIRA/RJ–

Assim são meus versos, enigmáticos,
como ventos que bailam nas andanças,
são mistérios, são fúlgidas lembranças,
luzeiros cintilantes, mas estáticos.

São girassóis altivos e fleumáticos,
são quimeras, retalhos de esperanças,
cantilenas que embalam as crianças,
fantasias dantescas de fanáticos.

Frágeis anseios a rimar cansaços,
que choram seus lamentos nos meus braços,
num desconsolo que jamais se acalma.

São espectros com dedos gigantescos,
desenhando nas pedras arabescos,
que entrelaçam pedaços de minh'alma.

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