Mãe, continuas o mesmo rio
Insinuas em mim amor divino
Eu, pequenino afluente
Contente sigo pro teu leito
Em busca de teus mimos
De repente não te acho
Sinto-me riacho em deserto
Não sabia tristeza mais triste
Tu partiste para o grande mar
Misturaste às luzes do infinito
Não estás, mas estás em tudo
Meus olhos ardem na procura
Percorrem em loucura as folhas da vida
Como se orvalho fossem, mantêm o brilho
Mesmo sob a certeza da evaporação
Na minha pele morena teu Mato Grosso
Filho, tu ainda tens mãe
É o estribilho da canção que ouço
Ergo-me com as forças de “coluna prestes”
Faço em mim a revolução de que falavas
Então eu creio, respiro profundamente
No ar cheiro de seio que me alimenta
Mãe, sinto-me menino novamente
Gosto de manga no céu da boca
(Tua fruta preferida)
Muito riso e pouca zanga...
(Poema extraído do livro AROMA DE MÃE - 1993)
Fonte:
Poema enviado pelo autor
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