quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 442)



Uma Trova Nacional

É com olhos inocentes
que nos vê toda criança;
do futuro são sementes,
recheadas de esperança.
–MIFORI/SP–

Uma Trova Potiguar


Sem passado e sem futuro,
a criança abandonada
vive num mundo obscuro,
sem esperança de nada...
–JOAMIR MEDEIROS/RN–

Uma Trova Premiada
2006 - São Paulo/SP
Tema: RESPEITO - Venc.


Desavenças de rotina;
palavras duras ao leito
o casamento termina
quando termina o respeito!
–SELMA PATTY SPINELLI/SP–

Uma Trova de Ademar

Confesso: tenho esperanças,
antes de ficar senil,
de ver, nas mãos das crianças,
o Progresso do Brasil!
–ADEMAR MACEDO/RN–

...E Suas Trovas Ficaram

Rezar é belo, criança,
não há mistério na prece...
Deus dá o pão da esperança
Enquanto o trigo não cresce!...
–ADELIR MACHADO/RJ–

Simplesmente Poesia

M O T E :
ADELMAR TAVARES/PE


É nossa alma uma criança,
que nunca sabe o que faz,
quer tudo que não alcança,
quando alcança, não quer mais.

G L O S A:
GILSON MAIA/RJ

É nossa alma uma criança,
vive no mundo dos sonhos.
Busca o amor, busca a esperança,
mesmo em caminhos tristonhos.

Meu coração, coitadinho,
que nunca sabe o que faz,
quer teu amor, teu carinho,
desde os tempos de rapaz.

Meu pensamento balança,
das paixões, aos vendavais.
quer tudo que não alcança,
por isso eu sofro demais.

Sobe o alpinista, procura
sucessos eventuais.
Busca o pico com bravura,
quando alcança, não quer mais.

Estrofe do Dia

Ao despertar deste ano
Uma vontade me veio
Do ar... do céu... do oceano...
De Deus, na verdade, veio,
De falar sempre do amor,
Sem preconceito, qual for,
Falar de um amor sublime,
Visando a paz das pessoas,
Falando de coisas boas,
Do grande amor que redime.
–RAIMUNDO SALLES BRASIL/BA–

Soneto do Dia

A Fome
–NILTON MANOEL/SP–


Pobre carrega em seu triste fadário
angústias amargas, broncas e pesares,
enquanto os barões arrotam pelos ares
que a inflação engorda em face do salário.

e o artesão da pátria, escravo do patrão,
com medo da fome que o leve a miséria,
mantém-se de pé, a morte é bem mais séria,
são juros e juras na hora do caixão

e pelos palanques, um tribuno eterno
na fome do voto em promessa, arrepia,
a vida do pobre em quimeras do inferno;

sem leite, sem pão, pagando a moradia,
devendo no empório os seus dias tristonhos,
o que pode ser quem não pode ter sonhos?

--
Fonte:
Textos e imagem enviados pelo Autor

Nenhum comentário: