segunda-feira, 25 de junho de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 589)


 Uma Trova de Ademar

Quis saber qual mais doía 
mas descobri no entanto, 
que pranto, dor e agonia 
sempre dói do mesmo tanto! 
–Ademar Macedo/RN– 

 Uma Trova Nacional  

Por mais que em ti não pensasse 
uma lágrima escorria, 
irrigando a minha face 
onde eu plantei nostalgia. 
–Francisco José Pessoa/CE– 

 Uma Trova Potiguar  

Em cada beijo roubado, 
que roubo de ti, meu bem, 
sinto o gosto do pecado 
que o beijo roubado tem. 
–Prof. Garcia/RN– 

 Uma Trova Premiada  

2009 - Nova Friburgo/RJ 
Tema - SAUDADE - M/E 

Ah, saudade do passado !
tão presente e tão intensa,
que penso ouvir teu chamado,
buscando a minha presença.
–Sônia Sobreira/RJ– 

 ...E Suas Trovas Ficaram  

Menino, não tenha medo,
que a lei do retorno é certa:
se a vida estraga um brinquedo,
a mão do tempo conserta. 
–Carmen Ottaiano/SP– 

 Uma Poesia  

Sou a parte que não sei
sou o surreal da arte
sou a parte a qual faltei
sou a parte em toda parte
que se parte em pedacinhos
sou vários pequenininhos
sou até o que sobrou
e o que digo andando a esmo?
Se o que vejo de mim mesmo
é tal parte que não sou.
–Kerlle de Magalhães/PE– 

 Soneto do Dia  

ACENDEDOR DE LAMPIÕES.
–Jorge de Lima/AL– 

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
parodiar o sol e associar-se à lua
quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua
outros mais a acender imperturbavelmente,
à medida que a noite aos poucos se acentua
e a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
ele que doira a noite e ilumina a cidade,
talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
crenças, religiões, amor, felicidade,
como este acendedor de lampiões da rua!

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