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Buarquianas n°1: No lugar
Ele já vai
e eu nem me despedi.
Vai resoluto,
ajeitando a gola
e eu aqui de camisola
de cor de luto.
Ele já foi
e eu nem me despedi.
Incontinenti,
bateu a porta,
assim como quem corta
o ar da gente.
Por quê assim,
se tantos anos se passaram em alegria,
e outros tantos, tantos dias,
tanta estrada,
entre prantos de esperança,
entre juras de mudança,
pra levar a nada ...
Fica a vida tão pequena,
a cama grande demais,
a saudade vem sem pena,
a tristeza não fica atrás.
Homenagem à RPBA
Samba composto em Candeias (Disul), 1983
Jorrou
o primeiro poço em Lobato
e ali começou de fato
um grande movimento
que teve o seu momento
com a Lei 2004
Fruto das aspirações brasileiras
de salvaguardar o país
da intromissão estrangeira
essa lei nos garantiu o monopólio
para industrializarmos
o nosso petróleo
E após tantos anos a velha Bahia
que não tem mais a primazia
dos novos e grandes achados
ainda trabalha com valentia
pra produzir
o seu volume provado
Prestamos a nossa homenagem
a essa Região de Produção
e de tradição:
Água Grande, Taquipe, Araçás, Lamarão
Fazenda Bálsamo, Miranga, Remanso, Dom João
Candeias, Brejinho, Imbé, Conceição
Malombê, Buracica, Mata de São João
Jorrou ...
Samba para o trabalhador do Recôncavo
Todos os Santos desceram do céu
com arco-íris, pincel e cinzel
e assim criaram, num lindo desenho
um monumento de arte e engenho ...
Mas o Recôncavo
não é só a riqueza de seu solo encantado
não é só a beleza e o nome histórico
é também o suor de seus anônimos heróis
que pela vida
vão deixando a força e a voz
É também a viagem
passagem num mundo de fé e coragem
onde a nobreza é a nascente e a foz
Por isso navega ...
Navega, navega
barcaça de cacau
nas ondas tão doces do canavial
Moinhos de sonho são dor e prazer
mão na massa, pé na estrada de massapê
Cavalga, cavalga
cavalo-de-pau
explora esses campos com alto ideal
que a luta, conduta de vida,
é força moral.
Salve o trabalhador:
Herói nacional !
Nossa parte
Enchi do vaso
o espaço terra.
Plantei
adubei
reguei.
Hei de colher,
que a flor
não erra.
Árvore que se planta
e rega,
não nega
a seiva.
O fruto-futuro,
sem eiva.
Fonte:
Goulart Gomes (organizador). Antologia do Pórtico.
Ele já vai
e eu nem me despedi.
Vai resoluto,
ajeitando a gola
e eu aqui de camisola
de cor de luto.
Ele já foi
e eu nem me despedi.
Incontinenti,
bateu a porta,
assim como quem corta
o ar da gente.
Por quê assim,
se tantos anos se passaram em alegria,
e outros tantos, tantos dias,
tanta estrada,
entre prantos de esperança,
entre juras de mudança,
pra levar a nada ...
Fica a vida tão pequena,
a cama grande demais,
a saudade vem sem pena,
a tristeza não fica atrás.
Homenagem à RPBA
Samba composto em Candeias (Disul), 1983
Jorrou
o primeiro poço em Lobato
e ali começou de fato
um grande movimento
que teve o seu momento
com a Lei 2004
Fruto das aspirações brasileiras
de salvaguardar o país
da intromissão estrangeira
essa lei nos garantiu o monopólio
para industrializarmos
o nosso petróleo
E após tantos anos a velha Bahia
que não tem mais a primazia
dos novos e grandes achados
ainda trabalha com valentia
pra produzir
o seu volume provado
Prestamos a nossa homenagem
a essa Região de Produção
e de tradição:
Água Grande, Taquipe, Araçás, Lamarão
Fazenda Bálsamo, Miranga, Remanso, Dom João
Candeias, Brejinho, Imbé, Conceição
Malombê, Buracica, Mata de São João
Jorrou ...
Samba para o trabalhador do Recôncavo
Todos os Santos desceram do céu
com arco-íris, pincel e cinzel
e assim criaram, num lindo desenho
um monumento de arte e engenho ...
Mas o Recôncavo
não é só a riqueza de seu solo encantado
não é só a beleza e o nome histórico
é também o suor de seus anônimos heróis
que pela vida
vão deixando a força e a voz
É também a viagem
passagem num mundo de fé e coragem
onde a nobreza é a nascente e a foz
Por isso navega ...
Navega, navega
barcaça de cacau
nas ondas tão doces do canavial
Moinhos de sonho são dor e prazer
mão na massa, pé na estrada de massapê
Cavalga, cavalga
cavalo-de-pau
explora esses campos com alto ideal
que a luta, conduta de vida,
é força moral.
Salve o trabalhador:
Herói nacional !
Nossa parte
Enchi do vaso
o espaço terra.
Plantei
adubei
reguei.
Hei de colher,
que a flor
não erra.
Árvore que se planta
e rega,
não nega
a seiva.
O fruto-futuro,
sem eiva.
Fonte:
Goulart Gomes (organizador). Antologia do Pórtico.
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