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CASTANHEIRAS
Esperei-te séculos!
Ergui-me viçosa e bela
Até que apareceste
Com ares senhoriais.
Eu sempre pensei
Nosso sexo
Assim mesmo:
Sem nexo.
Mas essa motosserra
Foi demais.
GAMELEIRA
A casta refletirá verdades
Que a selva não denuncia;
Braços embalar-se-ão
Ao sabor de brisas
Que tuas raízes jamais saberão.
Há um sonho escondido ali,
Amores e calumbis
Debaixo da gameleira.
O sol brinca de esconder
Por detrás da gameleira.
Jaz um pedaço do mundo
Debaixo da gameleira.
INFÂNCIAS
O mundo fez piruetas
Com o pé de manga-rosa
Pintou as bolas-de-gude
Com as sobras do arco-íris.
Brincavam de amarelinhas
Felizes muricizeiros.
Curiós, xexéus e sanhaços
Faziam o maior furdunço
Nas frutas, nos arvoredos.
Os anos de todos eles
A gente contava nos dedos.
Com argamassa dos sonhos
A terra forjava os homens:
Era Bruno, Erick, Carol e Rafa
Brincando de lobisomem.
Esperei-te séculos!
Ergui-me viçosa e bela
Até que apareceste
Com ares senhoriais.
Eu sempre pensei
Nosso sexo
Assim mesmo:
Sem nexo.
Mas essa motosserra
Foi demais.
GAMELEIRA
A casta refletirá verdades
Que a selva não denuncia;
Braços embalar-se-ão
Ao sabor de brisas
Que tuas raízes jamais saberão.
Há um sonho escondido ali,
Amores e calumbis
Debaixo da gameleira.
O sol brinca de esconder
Por detrás da gameleira.
Jaz um pedaço do mundo
Debaixo da gameleira.
INFÂNCIAS
O mundo fez piruetas
Com o pé de manga-rosa
Pintou as bolas-de-gude
Com as sobras do arco-íris.
Brincavam de amarelinhas
Felizes muricizeiros.
Curiós, xexéus e sanhaços
Faziam o maior furdunço
Nas frutas, nos arvoredos.
Os anos de todos eles
A gente contava nos dedos.
Com argamassa dos sonhos
A terra forjava os homens:
Era Bruno, Erick, Carol e Rafa
Brincando de lobisomem.
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Fonte:
www.antoniomiranda.com.br
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