Alopecia?
Tocando teu cabelo,
Percebi que
Estamos por um fio.
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Babel, de Brasil
Os sábios não dizem o que sabem,
Os tolos não sabem o que dizem e
Os políticos dizem que não sabem.
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De banda?
Cidades pequenas
Têm coração grande,
No coreto da praça.
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Fuga
O tempo voa?
Vou dar asas
À imaginação.
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Lado alado
Um lugar sagrado?
Qualquer lugar
Ao teu lado
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Olé
– Olha o picolé!
E voava pátio afora,
Dando olés.
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Pedras no telhado
Se tenho telhado de vidro?
Claro que eu tenho,
Para ver estrelas cadentes.
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Sangrado
O sagrado,
Sangrando,
Crucificado.
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Satélite
Pulso acelerado,
Um punhado de versos,
Meu pequeno universo era teu.
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Sem romance
Depois de certo ponto,
A vida não é mais um conto,
É crônica.
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Sete quedas
A vida é um erro?
Não é mesmo!
São vários.
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Veja…
Olhar é sair da própria carne,
É mandar-se para outro ente,
Sem, contudo, abandonar-se.
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Vivo-morto
– Vamos todos morrer?
– Não fale besteira…
Só os que estão vivos.
Fonte:
Maria Eliana Palma (org.). IV Coletânea dos Poetas de Maringá. Maringá: A. R. Publisher, 2016.
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