O gato Tibert foi enviado pelo Rei Leão para avisar a raposa Renard que ela deveria comparecer ao tribunal dos animais para ser julgada.
De início, o gato ficou meio indeciso, pois não sabia qual seria a reação da raposa, mas foi cumprir a ordem enviada pelo Leão. Chegou ao castelo dela e disse-lhe:
- Você deve me acompanhar.
- Claro, o acompanharei, mas esta noite você fica em minha casa e amanhã, logo cedo, partiremos.
A raposa logo preparou a mesa para comer, mas só tinha mel para oferecer ao gato.
- Não gosto muito de mel - disse o gato - você não teria um rato?
- É verdade - disse a raposa - vamos até o celeiro e lá você encontrará quantos ratos quiser.
Saíram e foram ao celeiro.
- Entre, senhor gato, e divirta-se.
O dono do celeiro havia colocado uma armadilha e assim que o gato entrou, caiu na armadilha, que era uma ratoeira.
O dono do celeiro era um padre e imaginando que fosse a raposa começou a bater-lhe com um pau. O gato, então, cravou-lhe as unhas nas pernas, conseguiu destruir a corda e fugir. A raposa começou a rir.
Renard finalmente foi conduzida ao julgamento. Apareceram contra ela tantos crimes e várias testemunhas que acabou sendo condenada à morte.
Quando estava para ser executada, pediu licença para fazer uma confissão de todas as suas culpas, das quais estava arrependida, e, no discurso, suas palavras comoveram o rei Leão.
- Senhor rei - disse a raposa - em Flandres há um bosque enorme e lá, bem próximo a um rio, eu tenho um grande tesouro escondido com dinheiro e joias. Sinto-me como se fosse obrigada a doa-lo a Vossa Majestade, pois dessa maneira, com certeza, o senhor sempre há de se lembrar desta fiel súdita.
Os animais começaram a ficar preocupados, pois além de o rei Leão perdoar a raposa, deu-lhe um título de nobreza.
- A partir de hoje a raposa Renard é uma das minhas funcionárias oficiais e deverá ser respeitada - anunciou o rei.
A raposa agradeceu ao Leão e pediu licença para fazer uma peregrinação a Roma. Seguiu viagem e levou, embora contrariados, a lebre e o carneiro como seus servos.
A comitiva não tardou a chegar à casa de Renard que, em seguida, pediu que o carneiro Bellin esperasse ao lado de fora e a lebre entrasse para assistir ao encontro dela com a família. Assim que a lebre entrou, foi morta e devorada; a raposa saiu e deu um saco ao carneiro para que ele levasse ao rei.
- Onde está a lebre? - perguntou Bellin.
- Ah! Ela ficou conversando com a minha tia, mas pediu para você que fosse andando, pois não tardará em alcançá-lo.
O carneiro seguiu viagem e entregou o saco ao rei e disse-lhe:
- Senhor aqui está um presente da raposa Renard.
- Abra o embrulho! - o rei ordenou ao carneiro.
E qual foi a surpresa do rei ao ver no pacote a cabeça da lebre.
No dia seguinte, o coelho Laprel chegou chorando e dando gritos de dor:
- Oh! Meu rei, livre-nos dos ataques da raposa! Passei horas diante do seu castelo, depois ela veio falar comigo e eu a cumprimentei amavelmente, em vez de sair correndo; mas, assim que ela conseguiu se aproximar, de minha pessoa, me arranhou e quase me matou.
Em seguida entrou a gralha macho chamada Corbant, muito agitada, contando sua história:
- Oh! Senhor, ouça-me. Estava esta manhã no campo, quando vi Renard escondida de costas, aparentemente estava morta. Minha mulher foi até ela e meteu a cabeça dentro da boca da raposa para ver se ela respirava, quando a malvada deu-lhe uma dentada e cortou-lhe a cabeça. tentou investir contra minha pessoa, mas eu consegui voar, porém presenciei a morte de minha companheira - lamentou Corbant.
O rei enfureceu-se e mandou novamente chamar a raposa para um novo julgamento e de novo ela foi condenada à morte, mas conseguiu escapar, contando à sua majestade, o Leão, novamente sobre o tesouro que gostaria de doar-lhe, antes de morrer.
Depois de o rei ter perdoado Renard pela segunda vez, apareceu o lobo Insegrim, acusando-a de todas as espécies de crimes, e o rei decidiu que os dois tivessem um duelo para decidir qual deles tinha razão.
A raposa logo percebeu que para vencer aquele inimigo era necessário astúcia e lembrou-se de sua amiga a esposa do macaco, que lhe deu a sugestão de raspar o corpo todo e untá-lo com azeite. E Renard assim o fez.
A luta começou com a presença do rei e cada vez que o lobo queria agarrá-la, não conseguia, pois esta escapava-lhe das garras. Então, a raposa, com a cauda, batia fortemente no inimigo o mais que podia e atirava-lhe poeira nos olhos. O pobre lobo quase ficou cego. Renard tentou o quanto pôde, por fim deu-lhe uma patada que foi fatal e o lobo caiu. A raposa deu uma volta triunfante na arena.
Então, o rei perdoou a raposa e nomeou-a Ministra do Reino, ordenando que todos os seus súditos lhe prestassem as maiores homenagens.
Moral da Estória:
Ah! Infeliz rei que acreditou na astúcia da raposa.
Fonte:
Universo das Fábulas
De início, o gato ficou meio indeciso, pois não sabia qual seria a reação da raposa, mas foi cumprir a ordem enviada pelo Leão. Chegou ao castelo dela e disse-lhe:
- Você deve me acompanhar.
- Claro, o acompanharei, mas esta noite você fica em minha casa e amanhã, logo cedo, partiremos.
A raposa logo preparou a mesa para comer, mas só tinha mel para oferecer ao gato.
- Não gosto muito de mel - disse o gato - você não teria um rato?
- É verdade - disse a raposa - vamos até o celeiro e lá você encontrará quantos ratos quiser.
Saíram e foram ao celeiro.
- Entre, senhor gato, e divirta-se.
O dono do celeiro havia colocado uma armadilha e assim que o gato entrou, caiu na armadilha, que era uma ratoeira.
O dono do celeiro era um padre e imaginando que fosse a raposa começou a bater-lhe com um pau. O gato, então, cravou-lhe as unhas nas pernas, conseguiu destruir a corda e fugir. A raposa começou a rir.
Renard finalmente foi conduzida ao julgamento. Apareceram contra ela tantos crimes e várias testemunhas que acabou sendo condenada à morte.
Quando estava para ser executada, pediu licença para fazer uma confissão de todas as suas culpas, das quais estava arrependida, e, no discurso, suas palavras comoveram o rei Leão.
- Senhor rei - disse a raposa - em Flandres há um bosque enorme e lá, bem próximo a um rio, eu tenho um grande tesouro escondido com dinheiro e joias. Sinto-me como se fosse obrigada a doa-lo a Vossa Majestade, pois dessa maneira, com certeza, o senhor sempre há de se lembrar desta fiel súdita.
Os animais começaram a ficar preocupados, pois além de o rei Leão perdoar a raposa, deu-lhe um título de nobreza.
- A partir de hoje a raposa Renard é uma das minhas funcionárias oficiais e deverá ser respeitada - anunciou o rei.
A raposa agradeceu ao Leão e pediu licença para fazer uma peregrinação a Roma. Seguiu viagem e levou, embora contrariados, a lebre e o carneiro como seus servos.
A comitiva não tardou a chegar à casa de Renard que, em seguida, pediu que o carneiro Bellin esperasse ao lado de fora e a lebre entrasse para assistir ao encontro dela com a família. Assim que a lebre entrou, foi morta e devorada; a raposa saiu e deu um saco ao carneiro para que ele levasse ao rei.
- Onde está a lebre? - perguntou Bellin.
- Ah! Ela ficou conversando com a minha tia, mas pediu para você que fosse andando, pois não tardará em alcançá-lo.
O carneiro seguiu viagem e entregou o saco ao rei e disse-lhe:
- Senhor aqui está um presente da raposa Renard.
- Abra o embrulho! - o rei ordenou ao carneiro.
E qual foi a surpresa do rei ao ver no pacote a cabeça da lebre.
No dia seguinte, o coelho Laprel chegou chorando e dando gritos de dor:
- Oh! Meu rei, livre-nos dos ataques da raposa! Passei horas diante do seu castelo, depois ela veio falar comigo e eu a cumprimentei amavelmente, em vez de sair correndo; mas, assim que ela conseguiu se aproximar, de minha pessoa, me arranhou e quase me matou.
Em seguida entrou a gralha macho chamada Corbant, muito agitada, contando sua história:
- Oh! Senhor, ouça-me. Estava esta manhã no campo, quando vi Renard escondida de costas, aparentemente estava morta. Minha mulher foi até ela e meteu a cabeça dentro da boca da raposa para ver se ela respirava, quando a malvada deu-lhe uma dentada e cortou-lhe a cabeça. tentou investir contra minha pessoa, mas eu consegui voar, porém presenciei a morte de minha companheira - lamentou Corbant.
O rei enfureceu-se e mandou novamente chamar a raposa para um novo julgamento e de novo ela foi condenada à morte, mas conseguiu escapar, contando à sua majestade, o Leão, novamente sobre o tesouro que gostaria de doar-lhe, antes de morrer.
Depois de o rei ter perdoado Renard pela segunda vez, apareceu o lobo Insegrim, acusando-a de todas as espécies de crimes, e o rei decidiu que os dois tivessem um duelo para decidir qual deles tinha razão.
A raposa logo percebeu que para vencer aquele inimigo era necessário astúcia e lembrou-se de sua amiga a esposa do macaco, que lhe deu a sugestão de raspar o corpo todo e untá-lo com azeite. E Renard assim o fez.
A luta começou com a presença do rei e cada vez que o lobo queria agarrá-la, não conseguia, pois esta escapava-lhe das garras. Então, a raposa, com a cauda, batia fortemente no inimigo o mais que podia e atirava-lhe poeira nos olhos. O pobre lobo quase ficou cego. Renard tentou o quanto pôde, por fim deu-lhe uma patada que foi fatal e o lobo caiu. A raposa deu uma volta triunfante na arena.
Então, o rei perdoou a raposa e nomeou-a Ministra do Reino, ordenando que todos os seus súditos lhe prestassem as maiores homenagens.
Moral da Estória:
Ah! Infeliz rei que acreditou na astúcia da raposa.
Fonte:
Universo das Fábulas
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