À DERIVA
Quem me deixa à deriva, desconhece
Que meu barco é movido a sentimentos
Pois meus sonhos, toda vez que a maré cresce,
Agradecem ao poder feliz dos ventos.
Mesmo que a dor me exponha ao relento,
Movimento o meu amor com a fantasia
E é assim que sobrevivo : eu me alimento
Do momento que alimenta a poesia.
A magia de quem sofre e faz sua parte
Vem da arte que se despe da moldura,
Pois nem mesmo um folhetim é um encarte
Para a arte que se esculpe com ternura.
Só quem sabe repintar-se com nobreza,
Vê beleza em cada riso que se doa
E se um riso é feliz por natureza,
Num sorriso, a alegria empluma... e voa.
Num rabisco inusitado, a parceria
Que há com Deus, mais espontânea se revela...
É assim que Ele desenha a fantasia
Da poesia a que harmoniza a cor da tela.
Só quem tem dom de amar e transcrevê-lo
Faz quem lê-lo, transportar-se e compreender
Que a linha solitária de um novelo
Só termina, quando quem sabe tecer
Quem me deixa à deriva, desconhece
Que meu barco é movido a sentimentos
Pois meus sonhos, toda vez que a maré cresce,
Agradecem ao poder feliz dos ventos.
Mesmo que a dor me exponha ao relento,
Movimento o meu amor com a fantasia
E é assim que sobrevivo : eu me alimento
Do momento que alimenta a poesia.
A magia de quem sofre e faz sua parte
Vem da arte que se despe da moldura,
Pois nem mesmo um folhetim é um encarte
Para a arte que se esculpe com ternura.
Só quem sabe repintar-se com nobreza,
Vê beleza em cada riso que se doa
E se um riso é feliz por natureza,
Num sorriso, a alegria empluma... e voa.
Num rabisco inusitado, a parceria
Que há com Deus, mais espontânea se revela...
É assim que Ele desenha a fantasia
Da poesia a que harmoniza a cor da tela.
Só quem tem dom de amar e transcrevê-lo
Faz quem lê-lo, transportar-se e compreender
Que a linha solitária de um novelo
Só termina, quando quem sabe tecer
Abençoa o terno olhar embevecido
De quem vê, num simples risco de um bordado,
A ternura que repousa num tecido
Construído com amor, luz e cuidado.
Quem me deixa à deriva, não me deixa,
Alimenta minha eterna inspiração,
Porque, quando minha emoção se queixa,
Ela deixa tão triste meu coração...
Que até mesmo a invenção de alguma gueixa,
Complementa minha dor de solidão.
Quem me deixa, nunca foi meu par perfeito,
Não me deito com olhares insensíveis...
Conteúdos sempre têm algum defeito
E os defeitos também são imprevisíveis...
Meu navio só precisa de um motor:
É o amor que ainda tens para me dar
E se amar é recriar um sonhador,
Deixa ao menos, pelo menos, eu te amar.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
QUANDO A NOSSA DOR FAZ POESIAS
O amor é o nosso ponto de partida
em tudo que façamos... a razão
não sabe controlar um coração,
quando nossa emoção comanda a vida.
Não penses que só tu tens incertezas,
mágoas, medos, raivas... melancolias,
pois quando a nossa dor faz poesias,
copia simplesmente das tristezas.
Nem sempre o que te dói é o que perfura,
há pobres sem saber o que é pobreza
e quem é infeliz por natureza,
nem sempre compreende a alma pura.
A agua não desgasta a pedra dura...
apenas acomoda-a em seu leito,
assim é o coração: só dói no peito,
quando não tem mais jeito, a amargura.
Doutor nenhum conserta a criatura,
poeta, sim, engana até a dor,
e engana-se a si mesmo...ele é doutor
em conversar com a dor com mais ternura.
Quem diz que é grão-mestre em autoajuda,
mas não pratica nada do que ensina,
semeia um amor que não germina,
retira a proteína que o acuda.
A vida tem um tempo, o destino
não manda nos desígnios de Deus,
por isto, aprimora os gestos teus
e ensina-te com cada desatino.
Nós somos seres únicos, porém
somente somos dignos de nós,
quando passamos ter a mesma voz
daqueles que só querem nosso bem.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
SOMOS BARCOS QUE NAVEGAM SEM PARTIRMOS
A distância nos separa, mas sonhamos...
E nos sonhos, somos muito mais felizes,
Pois nas cores mais sensíveis que criamos,
Inventamos flores de novos matizes.
Nossas rosas são azuis sem as tingirmos,
Nossos mares são tranquilos ou selvagens,
Somos barcos que navegam sem partirmos,
Ninguém pode impedir nossas viagens.
Somos seres que transcendem sentimentos,
Nosso voo vai muito além da eternidade,
Recriamos nossos próprios pensamentos,
Nosso amor só sobrevive em liberdade.
Colorimos as imagens que queremos,
Encurtamos o espaço que separa
Quem nos ama, com o melhor amor que temos
E é assim que a solidão nos vira a cara.
Mesmo quando alguma dor nos surpreende,
Porque somos seres frágeis e mortais,
Só a nossa fantasia compreende
Esses nossos sofrimentos tão iguais.
Construímos nossas naus e viajamos
Para onde os sonhos possam nos levar
Pois em cada sonho bom que recriamos
Nós soltamos nossa solidão... no mar.
De quem vê, num simples risco de um bordado,
A ternura que repousa num tecido
Construído com amor, luz e cuidado.
Quem me deixa à deriva, não me deixa,
Alimenta minha eterna inspiração,
Porque, quando minha emoção se queixa,
Ela deixa tão triste meu coração...
Que até mesmo a invenção de alguma gueixa,
Complementa minha dor de solidão.
Quem me deixa, nunca foi meu par perfeito,
Não me deito com olhares insensíveis...
Conteúdos sempre têm algum defeito
E os defeitos também são imprevisíveis...
Meu navio só precisa de um motor:
É o amor que ainda tens para me dar
E se amar é recriar um sonhador,
Deixa ao menos, pelo menos, eu te amar.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
QUANDO A NOSSA DOR FAZ POESIAS
O amor é o nosso ponto de partida
em tudo que façamos... a razão
não sabe controlar um coração,
quando nossa emoção comanda a vida.
Não penses que só tu tens incertezas,
mágoas, medos, raivas... melancolias,
pois quando a nossa dor faz poesias,
copia simplesmente das tristezas.
Nem sempre o que te dói é o que perfura,
há pobres sem saber o que é pobreza
e quem é infeliz por natureza,
nem sempre compreende a alma pura.
A agua não desgasta a pedra dura...
apenas acomoda-a em seu leito,
assim é o coração: só dói no peito,
quando não tem mais jeito, a amargura.
Doutor nenhum conserta a criatura,
poeta, sim, engana até a dor,
e engana-se a si mesmo...ele é doutor
em conversar com a dor com mais ternura.
Quem diz que é grão-mestre em autoajuda,
mas não pratica nada do que ensina,
semeia um amor que não germina,
retira a proteína que o acuda.
A vida tem um tempo, o destino
não manda nos desígnios de Deus,
por isto, aprimora os gestos teus
e ensina-te com cada desatino.
Nós somos seres únicos, porém
somente somos dignos de nós,
quando passamos ter a mesma voz
daqueles que só querem nosso bem.
= = = = = = = = = = = = = = = = = = = = = =
SOMOS BARCOS QUE NAVEGAM SEM PARTIRMOS
A distância nos separa, mas sonhamos...
E nos sonhos, somos muito mais felizes,
Pois nas cores mais sensíveis que criamos,
Inventamos flores de novos matizes.
Nossas rosas são azuis sem as tingirmos,
Nossos mares são tranquilos ou selvagens,
Somos barcos que navegam sem partirmos,
Ninguém pode impedir nossas viagens.
Somos seres que transcendem sentimentos,
Nosso voo vai muito além da eternidade,
Recriamos nossos próprios pensamentos,
Nosso amor só sobrevive em liberdade.
Colorimos as imagens que queremos,
Encurtamos o espaço que separa
Quem nos ama, com o melhor amor que temos
E é assim que a solidão nos vira a cara.
Mesmo quando alguma dor nos surpreende,
Porque somos seres frágeis e mortais,
Só a nossa fantasia compreende
Esses nossos sofrimentos tão iguais.
Construímos nossas naus e viajamos
Para onde os sonhos possam nos levar
Pois em cada sonho bom que recriamos
Nós soltamos nossa solidão... no mar.
Um comentário:
Luiz Poeta
Grande Poeta e Amigo!
Logo que me aventurei pelos caminhos, internéticos
tive o prazer de conhecer os trabalhos dele, isso, no Site Portal Cen.
Bons tempos de aprendizados e brincadeiras, sinto saudade!
Parabéns ao Luiz Poeta e cumprimentos, a você José Feldeman, pela escolha desses belíssimos poemas, também por seu incansável trabalho divulgando a literatura!
Abraços.
Nadir D’Onofrio
Postar um comentário