quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Lívio (Poesias Avulsas)


De Lívio, um anjo poeta. Psicografia: Maju
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AH! DEIXA-ME SOMENTE SONHAR...

De escudeiro a lacaio me transportei,
à servir a mulher que tanto amei!
Minhas mãos oferecia para teus pés firmar,
quando em belos corcéis ias montar...

Nelas pisavas, antes de na relva macia e escorregadia,
começares a cavalgar...
A seiva do verde mato escorria, como fazias,
quando partias e meu coração deixavas
também a chorar...

A relva macia molhava as patas dos bravos cavalos,
que mansos se tornavam...
Também te amavam!...
E como os dominavas...
Ias em seu dorso montada,
até onde o Céu e o Mar se encontravam...

Ver a tarde se escoar; ali então lágrimas vertias;
Brilhavam a luz do luar,
a clarear a estrada por onde eu deveria chegar...
Como te entendia!...
Queria me amar e contigo também me levar...

Mas sabias! Nesta vida, permitido ainda não era te amar...
Olhava tristonho tua partida, pois sabia onde ias...
Seria onde a mata entrega seus filhos noturnos a piar!
E Sonhava...

Pois sabia que um dia ocultamente te seguiria...
Iria nas batidas do teu coração...
Pequeno então me faria, para em teu colo me ocultar,
e sentir o teu respirar...

Sofreríamos, quando à tarde lânguida se despedisse
e pedisse para a noite chegar...
Eu deveria retornar...
Um servo deve sua dama em seu lugar esperar...
Sua volta, aguardar...

Ah! Deixa-me somente sonhar!
O clarear de um trovão, mais uma vez me chamou a atenção!
Um passado relampejou e me chamou a razão!
Um duelo ao longe se fazia...

Alguém dizia!
E uma voz em minha mente se fez presente!
Em duelo, uma vida perdestes...
Uma outra vida deves escalar,
para em outra tua amada encontrar...

Mais uma vez separado, dela vais sofrer!
Teu destino vais entender...
São degraus! Sevem subir e ao alto chegar,
para lá se encontrarem...
Outras alturas galgarem
e a um Novo Mundo um dia chegarem...

Compreendi, que ainda nesta vida,
me pertencer livremente, não podias...
Te vi retornando e eu te esperando,
para do belo corcel descer, e agora te oferecer
não somente a mão,
mas também, meu coração...

Um dia, juntos estaremos...

VOCÊ

Afasto a Pedra do Meu Sepulcro Interno
Deixo o Corpo, Libero a Alma
Desfaço as Dunas Das Saudades
Criadas Pelas Monções das Ilusões

Foi Preciso que de Ti eu Me Ausentasse
De Mim te Libertasse
E Seguisse Livre.....
Solto ....

Foi Preciso Rasgar o Rótulo do Meu Ser
Vooar Pela Vida um Vôo Livre...
Sem Algemas...

Deixar de Ser Apenas um Alguém
Que Traz Impresso Na Alma,Coração e Mente
Somente
Você....

Apago Agora a Minha Imagem
Sou o Começo e o Fim de uma Estrada
Que Segue Com Mêdo
De Tanto Amar
Você...

A CIGANA

Certo dia, vi tuas mãos, as minhas prendendo...
Teus lábios docemente beijando...
Dizias um desejo ter; pr’a sempre entre as minhas, as tuas ficar...
Em Toques Mágicos, teus dedos, nos meus deslizavam...
Pareciam escalar montanhas, descer em profundos vales,
E como piratas, ir aos mais profundos e distantes mares...

Queriam se aventurar, mistérios decifras...
Eles sabiam quando deviam seguir, para ou afagar...
Se aventurar; mistérios decifrar...
Nessa escalada, entorpecestes os meus sentidos,
E minhas mãos confiantes, obedientes se entregavam...
Descortinando minhas emoções,
senti o seu oculto desejo, em me seduzir...

Duvidavas das minhas emoções;
Brincavas com os meus sentimentos e como cigana,
saias feiticeira a bailar...
Sem saber, que as linhas das minhas, são as mesmas das tuas mãos!
Elas marcam as mesmas encruzilhadas,
subidas, descidas, chegadas e partidas.
com a mesma hora prevista; marcada...

Os mesmos encontros, desencontros... A mesma Paixão.
Minhas mãos falam por ti, não precisas explorar...
São as mesmas linhas do Destino, a se encontrar.
Já estão presas, mas, deixo-as entre as tuas a pensares...
Que sou mais uma conquista tua!

Te enganastes minha Cigana, no querer me enganar...
Olhe Tuas Mãos... Toque-As...
Estás a Ti, em Mim a Descobrir...
Sou Teu... És Minha...
Iguais num Só Destino...

O SONHO DE UM POETA

Era uma tarde linda de primavera e o poeta se manifestou tranqüilo!
Pousando levemente a destra em sua pena de nuances prateadas,
como seus primeiros fios de cabelos brancos, reluzentes à luz do luar,
parou o “moiço” poeta a meditar: Tão moço e tão só!

Triste sina a sua...
Porque deveria então pensar, em noites de luar...
Nenhum romance a lhe esperar... Nenhuma esposa...
Mal conquistara a liberdade de usufruir desta regalia...
A de ser um poeta abandonado em noite de luar...

O que faz um homem olhar o luar e sonhar
o Amor de uma Mulher, mesmo que ela não tenha nascido ainda...
Mesmo que em seus sonhos nada se realize, mas mentaliza, que existe!...
Pior que Sofrer de Amor é Sofrer Sem Amor...

A Lua não lhe fala nada; a brisa não imita a amada
a soltar-lhe as madeixas de seus cabelos...
Nem mão a acariciar-lhe a fronte...
Mas, não sente falta disto; nunca amou...

Então porque este “moiço” poeta está a questionar?
Se nem chorar pode por alguém, pois nunca teve amor...

Moça:
As Almas sempre esperam por alguém que lhe completem a existência...

É o Sonho do Poeta, para que suas penas tracem
a trajetória de sua amada, pintando em letras douradas,
em páginas coloridas o traço de uma Alma Apaixonada...
É o Sonho de um Poeta Louco, que lhe enalteça um pouco a Alma...
Este pobre “moiço” loiro...

Fonte:
http://mjsv.no.comunidades.net/

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