domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n.125)

Praça do Centro de Santana do Matos/RN
Uma Trova Nacional

Discórdias, sonhos frustrados,
e as mágoas não resolvidas,
são os nós não desatados
das cordas das nossas vidas...
(JOSÉ VALDEZ MOURA/SP)

Uma Trova Potiguar

Ó coqueiro pequenino,
que tanta água nos deu!
Que ironia o teu destino:
por falta d'agua morreu!!!
(PROF. GARCIA/RN)

Uma Trova Premiada

2006 > Pitangui/MG
Tema > TERÇO > Venc.

Reze seu terço baixinho,
sem atrair atenções,
que o Deus que escuta o sozinho
é o mesmo das multidões.
(ALTIVO CINTRA/MG)

Simplesmente Poesia

MOTE.
E a terra caiu no chão.

GLOSA:
Plantei um pé de roseira
dentro de uma lata rasa,
pendurei detrás de casa
numa vara da biqueira,
numa noite de fogueira
na véspera de são João,
o danado de um barrão
pensando que era batata
furou o fundo da lata
e a terra caiu no chão.
(CHICO DE SOUSA/PB)

Uma Trova de Ademar

Para alcançar a pujança,
basta-me ter, sem fadigas,
a força e a perseverança
do Trabalho das formigas!...
(ADEMAR MACEDO/RN)

...E Suas Trovas Ficaram

Hoje eu pergunto sem ira:
porque deixaste, meu Deus,
os brinquedos de mentira
parecerem que eram meus?...
(MILTON NUNES LOUREIRO/RJ)

Estrofe do Dia

Eu por ser infantil caí nos laços
das promessas do mundo deprimente
leiloei o meu corpo adolescente
nos bordéis frequentados por ricaços.
Atirei-me na noite dos devassos
paguei caro por minhas travessuras.
Pela boca das trevas mais escuras
meu destino fatal foi engolido,
o silêncio da noite é quem tem sido
testemunha das minhas amarguras.
(GERALDO AMÂNCIO/CE)

Soneto do Dia

– Rogaciano Leite/PE –
A BARCAÇA

O mar soluça e geme. A onda bravia
num véu de espuma contra o céu se envolve
e o leito enorme d’água se revolve
em convulsões de dor e de agonia.

Ao longe, uma barcaça fugidia
seu vulto branco às longas praias volve
como a garça cansada que resolve
tocar da costa a areia luzidia...

Eu vou como a barcaça em desalento,
que as águas corta por mercê do vento
e após mil temporais toca no porto...

Também após mil temporais da sorte,
do mar da vida para o cais da morte
meu coração vai navegando morto!

Fonte:
Ademar Macedo

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