quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Roberto Pinheiro Acruche (Meus Poemas n. 9)


OBRA DIVINA

Veja Amor, como é linda esta paisagem!
A luz dourada do sol sobre a mata,
a água cristalina da cascata...
Indescritível, tal uma miragem.

Olhe aquelas árvores, que beleza!...
Esta vastidão plena, tão florida,
exuberantemente colorida,
climatizada pela natureza.

Cenário encantador, impressionante!
Harmoniosamente perfumante,
modulado com a magia do amor...

Minudenciosamente preciso,
somente quem criou o paraíso
adviria... ser seu escultor!

ABSTINENTE

O que mais ambicionas que eu faça
para receber de ti o que sonho?
Vendo-te tão reservada, suponho...
Que nessa união, não sintas mais graça.
Por que insistes negar-me o teu carinho
se a ti me entrego com amor e ternura,
e deixas-me sentir a desventura
de estar só, mesmo não estando sozinho?

Imploro teu amor... e abstinente...
Já rezei, chorei, pedi pôr favor...
Contudo persistes indiferente.

Rejeitado, vou padecendo a dor,
aprisionado por este amor,
transformado num pedaço de gente!

PALHAÇO

Eu sou palhaço!
Eu sou palhaço!...
Você na está vendo?
Eu sou o palhaço que brinca,
que ri e que chora!

Brinco porque tenho alma de criança,
divirto pelo prazer de fazer sorrir...
De fazer sorrir a criança alegre,
a criança triste,
a criança que tem e a que não tem brinquedo.

Mas eu também choro!
Eu choro!...
Eu choro pela criança abandonada,
pela criança que sofre,
pela criança maltratada,
pela criança que tem fome,
pela criança incompreendida,
pela criança violentada.

Mas eu continuo palhaço
da cara pintada
fazendo dá risada.

Eu tenho que alegrar a criançada!
Viva... Eu sou palhaço, no circo
ou aqui fora,
não importa o lugar e a hora,
eu sou o palhaço
que brinca, que ri e que chora.

CONTRA PONTO

Quando a saudade aperta
e o ciúme rasga o coração,
entre a raiva e a paixão...
travado no silêncio,
no momento mais forte
da imaginação...
Xingo-te, injurio-te,
ofendo-te com as mais agressivas
e insultuosas palavras.
Chamo-te, de cortesã,
devassa, meretriz,
safada, ordinária, vadia...
Mas quando me procuras
enlouquecida de desejo...
atiro-me em teus braços,
te abraço, te beijo
chamo-te de paixão
mulher da minha vida...
e entrego-me as volúpias
do teu amor;
e no desagravo
deixo de ser senhor
para ser teu escravo,
servil e devotado amante
acorrentado aos teus desejos.

POEMA PARA O MEU AMOR
Em você encontro a paz
a ternura que me satisfaz.

Em você encontro o perfume
das flores, o calor da paixão
e o ardor do ciúme.

Os seus lábios rosados,
as vezes pintados de carmim,
tão sedosos e formosos
são como as flores do alecrim.

Você é o meu aconchego,
minha inspiração,
a razão dos meus sonhos,
minha vitória, meu troféu,
a estrela do meu céu.

Você é minha alegria,
meus versos, minha poesia,
a melodia da minha cantiga,
o amor da minha vida.

Fonte:
O Autor

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