sábado, 21 de julho de 2012

Ademar Macedo (Mensagens Poéticas n. 614)

Uma Trova de Ademar

Uma Trova Nacional 

A sogra véia do Tião
é tão azeda e ranheta
que quando chupa limão
é o limão que faz careta!
–Regiane Ornellas/SP–


Uma Trova Potiguar 

Este teu corpo de misse
me deixa o coração tenso,
imagina, se eu te visse
daquele jeito que eu penso!
–Clarindo Batista/RN–


Uma Trova Premiada 

2002  Belém/PA
Tema  CAROÇO  M/E

Houve enorme estardalhaço,
um grande “angu-de-caroço”,
quando o Zé, no auge do amasso,
sentiu que a “moça” era um moço.
–Héron Patrício/SP–


...E Suas Trovas Ficaram 

Ao contrário do automóvel
com a tração na dianteira,
mesmo quando estás imóvel,
atração tens na traseira...
–Orlando Brito/MA–


U m a    P o e s i a 

O meu currículo de garanhão,
eu confesso, até triste, foi modesto,
se eu parar para fazer um aresto,
confesso: Não foi só decepção.
Mulheres lindas, mas também, “canhão,
umas, só “fiquei”, outras eu amava.
Uma feia de pseudônimo, Java,
era tão feia a danada da “criôla”,
que toda vez que cortava uma cebola,
era a pobre cebola quem chorava.
–Francisco Macedo/RN–


Soneto do Dia 


ADESÃO.
–Aloisio de Carvalho/BA–

Eu adiro, tu aderes, ele adere.
Todos nós aderimos prontamente,
a questão é ficar comodamente,
sem perder os proventos que se aufere.

O que se fez, 'stá feito. Derramar
sangue, por causa disto, é insensatez,
desde que, pra mostrarmos altivez,
basta a prosa da sala do jantar.

Quem tem mulher e filhos, meu amigo,
não ser prejudicado ao mais prefere.
Vir pra rua brigar — não é consigo;

em conflitos assim não interfere;
por isso, nos momentos de perigo,
eu adiro, tu aderes, ele adere.

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