domingo, 22 de julho de 2012

Ialmar Pio Schneider (Soneto ao Dia do Cantor Lírico)

Quando a tarde indolente se reclina
no horizonte de fogo enrubescido,
dos pássaros nos ares o alarido
recorda do cantor a pobre sina.

E é como uma lembrança que fascina
o espírito de quem desprevenido
procura a solidão sem um gemido
para sofrer e amar na paz divina.

Depois a noite chega e a lua andeja,
caminhando nos céus embevecida,
é a rainha que não sabe o que deseja...

E na imensa amplidão já se vislumbra
as estrelas chorando a dor da vida
e a Terra envolta em pálida penumbra…
Fonte:
O autor

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