segunda-feira, 30 de julho de 2012

Ademar Macedo (Observação sobre Soneto)

Erroneamente postei ontem os poemas de Camilo, classificando como sonetos. Peço que me perdoem a falha.

Mas, graças a observação do Ademar Macedo, que percebeu o erro, alertando que os versos dele tem 14, 15, 16, e até 17 "Sílabas Métricas" , quando um Soneto só pode ter no Máximo até 12 "Sílabas Métricas", que é o Soneto Alexandrino.

O Ademar observa com texto que alega não ser de sua autoria: 

No soneto alexandrino há o hemistíquio. O hemistíquio é o meio, ou metade, do verso de doze sílabas (ou alexandrino) ; a 6ª sílaba, que deve ser tônica, divide os dois hemistíquios, no ponto que se chama cesura. Para isso, há algumas regras especiais:

01) a tônica da 6ª sílaba deve ser, de preferência, em palavra oxítona, quando a palavra tem mais de uma sílaba, ou de monossílabo tônico.
(Exemplos: papai, café, dor, fé, etc.)

02) quando a palavra do hemistíquio for paroxítona (cantiga, parada, etc.), a palavra seguinte deverá começar com vogal ou h mudo.

O soneto alexandrino tem essas complicações.

Já o decassílabo é mais simples:
O chamado decassílabo heróico tem acentuação na 6ª e na 10ª sílaba: "porém já cinco sóis eram passados" (Camões);

Já o decassílabo sáfico exige tônicas na 4ª, 8ª e 10ª sílabas, exemplo:
"Quando partimos no verdor dos anos" (pe. Antônio tomás).

Isso, sem falar dos rítmos e etc, etc e etc:

É esta pois, a explicação do que na verdade é um soneto...

Obs: não existe sonetos com mais de doze "sílabas métricas"

Fonte:
Colaboração de Ademar Macedo

Nenhum comentário: